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Construir o seu próprio ecossistema é uma atividade divertida e educativa. Você pode construir ecossistema aquático em um aquário ou, ainda, um terrestre em um terrário, com as plantas que desejar. O processo é bastante simples, mas encontrar o equilíbrio entre os organismos pode ser um desafio. Com tentativa e erro, tempo e persistência, você pode criar o seu próprio ecossistema autossustentável.

Método 1
Método 1 de 4:

Construindo um ecossistema aquático

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  1. Caso tenha acabado de começar a lidar com tais construções, você talvez prefira algo pequeno. Quanto menor o recipiente, mais difícil costuma ser manter o ambiente interno. Os maiores, por sua vez, possibilitam a inclusão de várias espécies e dão ao conteúdo espaço suficiente para crescer. Em todo caso, todos os recipientes devem ser transparentes para permitir a entrada de luz. [1]
    • Uma pequena tigela de vidro é rápida de preparar e não ocupa muito espaço. Tigelas menores são excelentes para iniciantes, pois permitem a realização de testes com o que funciona melhor para o seu caso. Elas são mais difíceis de se manter autossustentáveis, uma vez que não há muito espaço para o crescimento e a diversidade do conteúdo.
    • Os aquários médios (40 a 120 litros) têm mais espaço para o crescimento, mas são também mais caros e ainda limitados quanto ao tamanho que comportam.
    • Os aquários grandes (250 a 800 litros) têm bastante espaço para crescimento e diversidade do conteúdo interno, oferecendo as melhores chances de sucesso; no entanto, são muito caros e é difícil encontrar espaço para eles.
  2. As lâmpadas fluorescentes são importantes para o crescimento de plantas no ecossistema. Recomenda-se manter de 0,5 a 1 watt por litro de água em um aquário de água doce. [2]
    • A iluminação incandescente não auxiliará no crescimento das plantas.
  3. Trata-se do solo presente no aquário que possibilitará às plantas se firmarem e crescerem. Ele deve estar bem estabelecido antes de tudo para que o ambiente possibilite o desenvolvimento e a reciclagem de nutrientes. [3]
    • Se estiver usando uma tigela pequena, comece com 2,5 centímetros de areia e acrescente 1 centímetro de cascalho sobre ela.
    • Em aquários médios ou grandes, comece com 5 centímetros de areia e 2 a 5 centímetros de cascalho sobre ela.
    • Areia e cascalho podem ser comprados em pet shops ou encontrados em algum lago próximo.
  4. Ela é importante porque estabelece a primeira fonte de alimentação para peixes, algas e microrganismos. Você pode começar com água destilada ou mineral, água de torneira sem cloro ou água de um tanque de peixes ou aquário já presente no local. [4]
    • Caso prefira a água destilada ou mineral ou, ainda, a água de torneira sem cloro, misture um pouco de ração para peixes para estimular o crescimento.
    • Acrescentar água de um tanque já presente no local também ajuda no crescimento, uma vez que já possui os nutrientes essenciais.
  5. Ao escolher as plantas, você deve considerar: a velocidade com que elas crescem (com que frequência deve podá-las), o porte, se são ou não comestíveis para peixes e caramujos, e o local do aquário onde vão crescer (da base, da superfície, das bordas). Para cultivar um ambiente diverso, inclua algumas das seguintes: [5]
    • Crescimento a partir da base: Eleocharis parvula, Vallisneria spiralis ou Rotala indica .
    • Crescimento a partir da superfície: Lemnoideae sp., Lotus sp. .
    • Crescimento a partir das bordas: Riccia fluitans, Taxiphillum barbieri, Vesicularia montagnei ou Fissidens fontanus .
    • Você deve permitir que as plantas se assentem (dar a elas tempo para crescerem e se enraizarem) antes de acrescentar peixes ou caramujos ao ecossistema.
  6. O próximo passo na cadeia alimentar do ecossistema é acrescentar animais pequenos, como caramujos, pulgas de água e micro-planárias. Eles servirão como alimentos para todos os peixes que não se alimentam de plantas ou algas. Uma boa forma de preparar o tanque é fazer uso de filtros e acessórios, que podem ser comprados em pet shops e lojas especializadas. [6]
    • A maioria desses organismos não é visível a olho nu, mas vale a pena esperar pelo menos duas semanas para que se aclimatem plenamente antes de colocar os peixes.
  7. Assim que as plantas e os microrganismos estiverem já estabelecidos, você pode começar a introduzir os peixes maiores no aquário. É melhor começar com organismos menores, como barrigudinhos, Poecilia endlers ou peixes Neocaridina davidi , colocando sempre apenas um ou dois por vez. Tais peixes se reproduzem rapidamente e servem como auxílio à dieta de peixes maiores. [7]
    • Se tiver um aquário grande, você poderá acrescentar peixes em maiores quantidades e variedades. Equilibrar o habitat costuma ser um desafio e leva tempo, portanto, é importante que cada espécie tenha tempo para se ajustar antes de acrescentar mais à mistura.
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Método 2
Método 2 de 4:

Mantendo um ecossistema aquático

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  1. Os aquários requerem uma certa manutenção para que todos os organismos continuem vivos e bem. A cada duas semanas, 10 a 15% da água do aquário deve ser substituída por água fresca. Se você estiver usando água da torneira, deixe-a repousar em um balde ao ar livre por aproximadamente 24 horas para o cloro evaporar. [8]
    • Analise a fonte de água local para determinar se há a presença de metais pesados.
    • Use água filtrada se você tem preocupações sobre a qualidade da água da torneira.
  2. O aspirador de cascalhos é uma ferramenta bastante útil para ajudar a controlar o crescimento de algas no aquário. Ao trocar a água, aspire o cascalho ao mesmo tempo em que remove o excesso de algas e alimentos que possam ter se acumulado. [9]
    • Limpe as paredes com uma esponja de aquário ou uma escova magnética para evitar o acúmulo de algas no vidro.
    • Acrescente plantas, caramujos ou Poecilia endlers para ajudar no desenvolvimento orgânico do ecossistema.
  3. Conte os peixes pelo menos uma vez por semana para determinar se algum deles morreu. Os menores podem se decompor muito rapidamente, provocando picos nas quantidades de nitrito, amônia e nitrato, substâncias que podem ser nocivas aos outros peixes do aquário. Caso se depare com um peixe morto, retire-o assim que possível. [10]
    • Use um kit de testes para analisar os níveis de amônia, nitrito, nitrato e pH. Se estiverem altos demais, troque a água.
    • Os valores ideais desses componentes variam de acordo com os peixes que você cria. Em geral, porém, você deve ter uma concentração entre 0.0 e 0.25 mg/L de amônia. O pH deve ficar em torno de 6. [11]
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Método 3
Método 3 de 4:

Construindo um ecossistema terrestre

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  1. Qualquer jarra ou garrafa pode ser útil para esse terrário. No entanto, um recipiente com boca grande facilita o trabalho com o que está no interior. Você deve garantir que ele possa ficar bem vedado. [12]
    • Algumas opções incluem: uma tigela de doces com tampa pesada, um pote de macarrão ou, ainda, qualquer vasilha de vidro com tampa.
    • O recipiente deve estar bem lavado desde o início, a fim de que não haja resíduos antes de seu uso como terrário.
  2. As camadas de cascalho na base da tigela permitem que a água passe para o fundo e impedem o crescimento exacerbado das plantas. Coloque-os até uma profundidade de aproximadamente 2 a 5 cm. [13]
    • Não importa o tipo de cascalhos a serem usados. Você pode até mesmo usar cascalhos coloridos da pet shop para deixar tudo mais empolgante.
  3. Ela será importante para filtrar as impurezas presentes na água. Além disso, ela ajuda a manter o ecossistema limpo e saudável, diminuindo o fardo sobre matérias e fungos. Você não precisa de uma camada muito profunda, basta apenas cobrir os cascalhos por completo. [14]
    • O carvão ativado pode ser comprado em pet shops locais ou lojas especializadas.
  4. Trata-se de um solo rico em nutrientes que ajuda a reter a água e os nutrientes necessários para o crescimento das plantas. [15]
    • O esfagno pode ser obtido em viveiros locais.
  5. A camada final antes de colocar as plantas deve ser de solo de pote. As plantas poderão germinar nesse solo e obter a água e os nutrientes necessários pela combinação de todas as camadas que estão por baixo. [16]
    • Coloque solo suficiente para que a raiz das plantas cresça e tenha espaço para se desenvolver. Uma profundidade maior que a do pote em que a planta veio será suficiente.
    • A maioria dos tipos de solo de pote servirá a esse propósito. Suculentas e cactos requerem um tipo de solo especial.
  6. Qualquer planta que queira adicionar servirá ao terrário, mas é recomendável optar pelas menores. Prepare as plantas tirando-as de seus potes e amaciando o solo duro ao redor das raízes. Se houver raízes muito longas, pode-as antes do plantio. Cave um pequeno buraco no solo com uma colher e coloque nela as raízes da planta. Coloque um pouco de solo por cima e comprima-o nos arredores. [17]
    • Repita esse processo com o restante das plantas escolhidas, cuidando para manter as plantas longe das bordas do recipiente.
    • Evite que as folhas toquem as laterais do recipiente, tanto quanto possível.
    • Algumas ótimas opções de plantas são: Pilea involucrata, Fittonia sp., caroás, Pilea sp., Acorus gramineus, begônias de morangueiro, samambaias e musgos. [18]
  7. Coloque uma tampa ou rolha na entrada do terrário após adicionar as plantas. É sempre melhor deixar o terrário em um lugar que pegue luz solar indiretamente. O terrário secará rápido se você deixá-lo exposto à luz solar direta. Por outro lado, as plantas também morrerão se não pegarem sol. Prefira uma área próxima da janela.
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Método 4
Método 4 de 4:

Mantendo o terrário

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  1. 1
    Só regue as plantas quando for necessário. O terrário não exige muitos cuidados. Se você notar que ele parece um pouco seco, abra-o e regue um pouquinho. Por outro lado, se houver muita umidade dentro dele, deixe-o destampado por um ou dois dias para secar um pouco.
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    Remova insetos, se você notar algum. Você pode ter adicionado terra com alguns ovinhos de inseto no seu terrário. Se notar bichinhos dentro dele, remova-os e tampe novamente o terrário.
  3. Com luz solar e água suficientes, as plantas crescerão. Se elas ficarem grandes demais para o terrário, você deve podá-las para evitar que se sufoquem. Mantenha-as sempre com o tamanho desejado para que continuem a se desenvolver normalmente. [19]
    • Tire as plantas mortas que tiverem caído no solo.
  4. 4
    Limpe algas e fungos crescendo no local regularmente. Se algas e fungos crescerem nas laterais do terrário, você pode removê-los facilmente. Use um pano macio ou uma bola de algodão para remover as algas e fungos. Você deve conseguir enxergar o que está dentro do vidro com facilidade.
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