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O vírus da imunodeficiência felina (FIV) é contraído quando fluídos corporais infectados (normalmente a saliva, mas pode ocorrer através de sangue e sêmen) entram em contato com o sangue de um gato saudável. O vírus enfraquece o sistema imunológico do gato, impedindo-o de combater infecções e causando a morte quando não tratado. Um gato FIV positivo pode levar uma vida normal e feliz por muitos anos com os cuidados adequados; o segredo é criar um ambiente e uma alimentação saudáveis, realizar os cuidados necessários e levar o bichano ao veterinário ao menor sinal de problema.

Método 1
Método 1 de 5:

Alimentando um gato FIV positivo

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  1. É importante que ele seja bem alimentado para que fique o mais saudável possível. Converse com o seu veterinário para que ele indique uma boa ração para o gato.
  2. Trata-se da melhor opção para os felinos, pois as comidas úmidas costumam ficar presas nos dentes, causando acúmulo de tártaro e infecções. O objetivo primário é fazer de tudo para evitar infecções, pois o gato com FIV é mais suscetível a elas. [1]
  3. Os veterinários recomendam que se dê ração seguindo as indicações das embalagens, pois elas são formuladas de acordo com as necessidades nutricionais dos gatos por idade. Existem versões para animais jovens (menos de 12 meses), adultos (entre um e sete anos) e idosos (mais de sete anos). Alimentar o gato de acordo com as recomendações pode ajudá-lo a viver saudável por mais tempo.
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Método 2
Método 2 de 5:

Tomando medidas preventivas

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  1. O vírus da imunodeficiência felina prejudica o sistema imunológico do gato, o que aumenta a susceptibilidade dele a outras doenças. Por conta disso, é importante reforçar as vacinas do bichano todos os anos.
    • Converse com o veterinário sobre quais vacinas dar ao gato, pois algumas doenças são mais comuns em determinadas regiões. [2] O profissional provavelmente sugerirá a vacinação contra cinomose felina e outros vírus felinos.
  2. Um gato FIV positivo tem menos chances de lidar bem com as infecções e precisa de todos os nutrientes possíveis. Muitos parasitas roubam os nutrientes dos gatos, enfraquecendo-os ainda mais. Trate o seu companheiro para livrá-lo de parasitas internos e externos. [3]
    • Controle os vermes (parasitas internos) com um vermífugo com milbecina, eficaz contra diversas classes de vermes. Os gatos que vivem dentro de casa devem receber uma dose do medicamento a cada três ou quatro meses. Os gatos que têm acesso à rua devem ser tratados mensalmente.
    • Parasitas externos, como pulgas e carrapatos, também podem comprometer a saúde do gato. Converse com o seu veterinário para descobrir qual o melhor medicamento para o bichano. Os remédios normalmente tratam todos os parasitas externos, assim como os vermífugos combatem os parasitas internos.
  3. É sempre uma boa ideia fortalecer o gato com vitaminas orais. Você pode administrar suplementos de vitamina E, vitamina A, vitamina C, selênio e zinco. [4]
    • Converse com o veterinário para descobrir qual a dose ideal para o seu gato de acordo com as possíveis deficiências dele.
  4. Se o gato estiver fraco e com dificuldade para comer, experimente as vitaminas injetáveis. Obviamente, converse com o veterinário que já conhece o animal antes de dar suplementos e remédios para ele.
    • Os tratamentos com vitaminas injetáveis normalmente são realizados com por cinco dias seguidos, com doses que variam de 0,5 ml a 2,5 ml. [5]
  5. Trata-se de um suplemento que previne o surgimento de erupções e infecções comuns em gatos FIV positivos. A lisina ajuda na produção de proteínas e está envolvida no reparo e na manutenção de tecidos. A dose recomendada normalmente é de 500 mg por dia, misturada na comida.
    • Converse com o veterinário antes de dar suplementos ao gato.
  6. No procedimento, o gato é tratado de modo intravenoso com interferons, substâncias que fazem parte do sistema imunológico e ajudam no combate de infecções bacteriana e virais. Ao aumentar o número de interferons no sistema, o gato se torna mais resistente e apresenta mais chances de viver uma vida feliz e longa. [6]
    • Os interferons são medicamentos especializados administrados por veterinários. O tratamento costuma ser caro e apresenta poucos efeitos colaterais. [7] [8]
  7. Os gatos FIV positivos têm muito mais dificuldade para combater outros problemas de saúde. Por isso, é melhor levá-lo ao veterinário assim que notar algo de errado. Não espere a situação se resolver por conta própria. Normalmente, basta um tratamento com antibióticos, mas o caso pode ser mais sério. Fique de olho em problemas como:
    • Tosse.
    • Espirro.
    • Corrimento nos olhos ou no focinho.
    • Perda de apetite.
    • Sede excessiva.
    • Vômito ou diarreia.
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Método 3
Método 3 de 5:

Mantendo o gato calmo

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  1. O temperamento do animal pode ter efeitos físicos nele quando o sistema imunológico está enfraquecido. Quando fica estressado, o corpo dele libera cortisol, um esteroide natural, para ajudar com a situação. A exposição de longo prazo ao cortisol suprime o sistema imunológico e reduz a habilidade dele de combater infecções, o que é ainda mais perigoso se o gato já estiver com o sistema imunológico enfraquecido. [9] :
  2. As mudanças podem estressar o gato, seja a chegada de um novo animal em casa ou uma mudança de residência. Tente criar uma vida normal e estável para o gato.
    • Não se esqueça de continuar brincando com o gato. Dê brinquedos e passe um tempo com ele. Não é bom desgastá-lo por conta da infecção, mas viva uma vida normal com o bichano.
  3. Compre um difusor que emita feromônios felinos para manter o gato calmo. O difusor Feliway é recomendado por muitos veterinários e tem uma versão sintética do feromônio e relaxa o gato.
    • O Feliway não emite cheiros para humanos, mas os gatos recebem uma "mensagem hormonal" que os relaxa.
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Método 4
Método 4 de 5:

Controlando as interações com outros gatos

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  1. É importante conhecer o modo de transmissão da doença para que os gatos FIV positivos levem uma vida normal e os gatos saudáveis não sejam contaminados. O vírus é transmitido principalmente através da saliva, mas também pode ser passado através do sangue e do sêmen. O modo mais comum de transmissão é a mordida de um gato infectado. [10]
    • Saiba que o vírus é relativamente frágil e não pode sobreviver ao ar livre por mais de alguns segundos. Fora do corpo do gato infectado, o vírus é danificado facilmente pelo calor, pela luz e por desinfetantes básicos, apresentando risco mínimo para os outros animais. Para que a infecção ocorra, o vírus deve ser transmitido diretamente da saliva de um gato para a corrente sanguínea de outro.
  2. Estudos comprovam que não é preciso manter os gatos separados caso eles se deem bem. Se os bichanos costumam brigar, entretanto, é melhor mantê-los separados.
    • Um estudo realizado pela Universidade de Glasgow descobriu que a taxa de transmissão da doença entre gatos infectados e saudáveis que conviviam juntos era de 1% a 2%. [11] Cabe a você decidir se o risco é aceitável ou não.
  3. Com a castração, os felinos se tornam menos agressivos, o que reduz significativamente a probabilidade de brigas. Se você tem um gato FIV positivo que deseja criar dentro e fora de casa, é uma boa ideia realizar o procedimento para evitar que ele morda outros animais em uma briga. [12]
  4. Como dono responsável, sua prioridade deve ser manter o animal saudável e garantir que ele não infecte outros animais. Os gatos machos costumam viajar por maiores distâncias e têm mais chances de encontrar outros gatos. Se o seu animal é briguento, mais um motivo para mantê-lo dentro de casa. [13]
    • Manter um gato territorial preso dentro de casa pode não ser ideal, principalmente se ele tem o costume de sair por aí. Infelizmente, esse pode ser o único modo de impedi-lo de espalhar a doença para os gatos da vizinhança.
  5. Discuta a incidência do vírus na região onde você mora e, caso haja uma população de gatos de rua infectados, pode ser uma boa ideia manter os animais saudáveis dentro de casa. Se a infecção for rara no local e houver uma grande população de gatos, é bom deixar o seu animal infectado em casa para evitar contaminações.
    • Se você mora em uma zona rural com baixa população de gatos, o risco do seu animal encontrar e brigar com outros bichanos é baixo. Nesse caso, é aceitável deixá-lo sair de casa.
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Método 5
Método 5 de 5:

Compreendendo a progressão do FIV

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  1. Confira o corpo do animal em busca de marcas de mordida com frequência e leve-o para uma consulta caso ele apresente machucados e febre. A FIV costuma causar uma febre forte que dura de três a sete dias. Ao levar o bichano ao veterinário, o profissional observará:
    • Inchaços nos nódulos linfáticos. Quando os gatos ficam doentes, os nódulos linfáticos deles incham bastante. O veterinário checará para ver se isso está ocorrendo com o seu animal. [14]
    • A contagem de glóbulos brancos. O FIV reduz a quantidade de glóbulos brancos no sangue e o veterinário deve fazer um exame para verificar isso.
  2. A maioria dos gatos se recupera do primeiro estágio da doença (a febre e a baixa nos glóbulos brancos) e para de exibir os sinais da doença, mas não está curada. O período de "saúde" pode durar meses ou anos. [15]
    • Seguir as dicas acima ajudará a prolongar a vida do gato e mantê-lo saudável por mais tempo.
  3. A infecção causa deficiência imunológica e pode fazer com que o gato desenvolva outros problemas de saúde. Caso encontre algum dos sintomas abaixo, leve o animal ao veterinário: [16] :
    • Infecções respiratórias crônicas causadas por bactérias e vírus.
    • Infecções gastrointestinais e diarreia (gastroenterite).
    • Feridas na pele.
    • Feridas na boca.
    • Sintomas neurológicos como problemas psicomotores (dificuldade para se locomover), problemas psicológicos, demência e convulsões.
    • Fraqueza.
    • Emagrecimento.
    • Problemas na pelagem.
    • Infecções urinárias crônicas.
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Dicas

  • Dê muito amor e carinho ao gato. O apoio pode fazer a diferença na saúde do bichinho.
  • O gato ainda é capaz de combater infecções através do sistema imunológico, mas ele é muito mais propenso a problemas.
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Avisos

  • Caso acredite que seu gato esteja infectado, leve-o ao veterinário imediatamente para que ele se recupere e permaneça saudável pelo maior tempo possível.
  • Leve o gato infectado ao veterinário ao menor sinal de problema.
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Referências

  1. http://www.aspca.org/pet-care/cat-care/feline-immunodeficiency-virus-fiv
  2. Feline CKD: Current therapies - what is achievable? Korman and White, J Feline Med Surg. 2013 Sep;15 Suppl 1:29-44. doi: 10.1177/1098612X13495241
  3. Small Animal Internal Medicine. Nelson & Couto. Publ: Mosby. 3rd Edition. P1278-1281
  4. Feline CKD: Current therapies - what is achievable? Korman and White, J Feline Med Surg. 2013 Sep;15 Suppl 1:29-44. doi: 10.1177/1098612X13495241
  5. The Merck Veterinary Manual 9th Edition
  6. www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16169599
  7. www.abcd-vets.org/guidelines/Pages/en-0803-Feline_Immunodeficiency_virus-FIV_infected_cat_management.aspx
  8. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16169599
  9. Small Animal Internal Medicine. Nelson & Couto. Publ: Mosby. 3rd Edition. P1278-1281

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