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Escrever uma boa história de fantasia significa, antes de tudo, criar um mundo novo, capaz de prender a atenção dos leitores. Não importa se você quer escrever sobre bruxas e magos, sobre criaturas sobrenaturais ou sobre universos paralelos. O importante é que o leitor acredite que o seu mundo fantástico poderia ser real.

Parte 1
Parte 1 de 3:

Fazendo a preparação básica

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  1. Decida se o seu mundo vai ser medieval, futurista ou de alguma outra era. Tente visualizar o universo e os personagens que vivem nele. Faça anotações ou esboce uma descrição de como o mundo funciona. Caso existam criaturas sobrenaturais no seu mundo, por exemplo, pense nas regras que elas devem seguir para viver, como a proibição de se expor ao sol para vampiros. As regras vão ajudar a estruturar o seu universo.
  2. Caso a sua história não se passe na terra, pode ser uma boa ideia desenhar mapas e incluí-los no livro para que os leitores tenham uma boa ideia de como é o seu mundo fantástico. Não se preocupe muito com a qualidade do mapa. O objetivo é ajudar você a se lembrar de onde ficam os lugares mais importantes da história. Deixe para fazer um mapa bonito e detalhado mais tarde, se optar por incluí-lo no livro.
  3. Os melhores romances de fantasia são capazes de transformar o inacreditável em realidade oferecendo temas de fácil identificação para os leitores. Até mesmo protagonistas não humanos podem ter problemas humanos, como brigas de família, crises no relacionamento e questões pessoais pelas quais todo mundo passa. Os leitores vão sentir mais empatia e se importar mais com a história se conseguirem se identificar com os problemas enfrentados pelos personagens.
  4. Dê uma olhada nos livros mais vendidos de fantasia atualmente e tente descobrir o que faz de cada um deles um sucesso. Você pode até usá-los como fonte de inspiração. Só tome cuidado para não plagiar os seus escritores preferidos. Eles foram publicados porque escreveram histórias originais, logo, é essencial que você também encontre a sua própria voz.
  5. Você quer escrever um livrinho pequeno ou uma série de vários volumes? Faça um mapa mental para ter uma ideia de todos os resultados possíveis.
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Parte 2
Parte 2 de 3:

Desenvolvendo os personagens

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  1. Desenvolva a forma como eles pensam e agem, bem como a aparência física deles. Tente pensar também na história pregressa de cada um. Escreva tudo que lhe vier à cabeça em um lugar que você olhe com frequência. Você vai precisar dessas informações.
    • Os seus personagens podem ser desde seres humanos até criaturas totalmente novas.
    • Eles também podem ser criaturas comuns na literatura, como elfos ou vampiros. Nesses casos, tente dar um toque pessoal às raças fantásticas que optar por incluir na sua história.
  2. Assim, em vez de dizer que um determinado personagem é leal aos amigos, você poderá mostrá-lo em um momento de lealdade.
  3. O que o seu protagonista quer? Como ele pretende alcançar esse objetivo? Ele vai conseguir? Quais serão as dificuldades que ele encontrará?
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Parte 3
Parte 3 de 3:

Escrevendo a história

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  1. Escreva da forma que preferir. Só não se esqueça de manter um estilo consistente ao longo do livro. Ninguém gosta de histórias que mudam completamente de tom no meio do caminho.
  2. Descreva extensamente todos os lugares e acontecimentos. Só tome cuidado para não exagerar. Do contrário, a prosa vai ficar arrastada e difícil de ler.
  3. Esta etapa não é 100% necessária, mas pode ajudar a manter os leitores interessados. Aqui vão algumas das reviravoltas mais comuns: [1] :
    • Anagnórise , ou descoberta: quando o personagem subitamente percebe a verdadeira natureza ou identidade de uma pessoa ou o significado de um acontecimento. É o que ocorre quando, por exemplo, a personagem principal descobre que o melhor amigo dela é imaginário e nunca existiu.
    • Flashback: uma revelação significativa de eventos passados. Na literatura, é muito comum o flashback ser apresentado em itálico, com verbos no pretérito mais-que-perfeito, ou narrado do ponto de vista de um jovem narrador. Você também pode usar um recurso de antecipação em vez de um flashback.
    • Narrador não confiável: quando, no fim, é revelado que o narrador mentiu, inventou ou extrapolou aspectos da história.
    • Peripeteia : uma mudança de sorte lógica ou realista, tanto para o melhor quanto para o pior. É o que acontece quando um personagem prestes a desistir de uma investigação complicada de assassinato esbarra na peça que estava faltando no quebra-cabeça.
    • Deus ex machina , ou “Deus da máquina”: um personagem, objeto ou acontecimento inesperado, artificial ou improvável é introduzido com o objetivo de resolver um conflito central ou secundário.
    • Justiça poética: uma virada de mesa em que um personagem é recompensado ou punido pelas próprias ações, como no caso de uma compensação ou de uma morte súbita.
    • Arma de Chekhov: quando um personagem ou elemento narrativo é apresentado logo no começo da história, mas só tem a importância revelada mais para a frente. Trata-se de um elemento inicial que é retomado ao longo da trama.
    • Pista falsa: algo que leva os investigadores a uma conclusão incorreta. Sempre que o protagonista é iludido por uma pista falsa, o leitor também é enganado.
    • In medias res , ou no meio das coisas: quando uma história começa do meio em vez de do começo. O início dos acontecimentos é revelado por meio de flashbacks. No final, tudo leva a uma grande revelação.
    • Narrativa não linear: quando a trama e os personagens são apresentados fora da ordem cronológica. Ou seja, em vez de seguir a ordem começo, meio e fim, a história pode começar pelo fim, ir para o começo e chegar ao meio. Assim, o leitor será obrigado a montar o quebra-cabeça narrativo por conta própria. Ele só será capaz de entender plenamente a história quando uma informação crucial for revelada no clímax.
    • Cronologia reversa: uma forma de narrativa não linear que acontece quando a história começa do final e termina no início.
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Dicas

  • Leia. A leitura vai lhe dar uma boa base, além de ser uma grande fonte de inspiração. Ler livros de fantasia também ajudará você a ter uma ideia do que já foi feito. Assim, você não corre o risco de reinventar a roda.
  • Divirta-se. Ninguém vai se divertir lendo o seu livro se você não se divertir escrevendo.
  • O uso de clichês varia de autor para autor. Às vezes, eles funcionam. Às vezes, não. Use-os de forma a enriquecer a narrativa.
  • Não se esqueça de criar falhas para os seus personagens. Ninguém gosta de protagonistas perfeitos.
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Avisos

  • Esteja ciente dos riscos de uma reviravolta. Caso ainda não tenha a história inteira ou, no mínimo, um esqueleto na sua cabeça antes de começar a escrever e resolva colocar uma reviravolta no meio da trama, você corre o risco de apontar para um final falso ao longo de todo o livro. Isso pode irritar o leitor. Tenha isso em mente durante o processo de escrita.
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