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A dilatação vólvulo-gástrica (DVG) é uma condição gravíssima em cães, exigindo atenção veterinária urgente para aumentar as chances de recuperação do animal. Mesmo que considere pequena a possibilidade de que os sintomas que seu cachorro apresenta estejam relacionados a essa síndrome, fale com o seu veterinário, leve o pet para o consultório ou hospital e mantenha a calma.
Passos
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Leve o cão ao veterinário quando notar que a barriga dele está inchada. Isso já indica que a situação é grave e a saúde dele vai se deteriorar rapidamente; a torção do estômago, ao ocorrer na hora de dormir, fará que o cão faleça no início da manhã ou às vezes até antes, em cerca de duas horas após o surgimento de sintomas. Devido a isso, é vital entrar em contato com um veterinário de imediato quando notar os seguintes sintomas. [2] X Fonte de pesquisa Clinical signs taken from: Small Animal Surgery. Therese Welch Fossum. Publisher, Mosby. 1st edition p279
- Os sintomas principais são a distensão do abdômen e a ânsia de vômito, sem expelir nada, alarmando o dono, que deverá falar com um veterinário o quanto antes. Outros sinais também poderão surgir, como discutido nos passos abaixo.
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Verifique se a região abdominal está inchada. A barriga é a região embaixo da caixa torácica e que se estende até a pélvis; o estômago fica dentro do “domo” do diafragma, mas se for preenchido por ar, ele “volta” para a região abdominal, fazendo com que um volume apareça na barriga. [4] X Fonte de pesquisa Small Animal Surgery. Therese Welch Fossum. Publisher Mosby. 1st edition. p278
- Em algumas raças grandes, como São Bernardos e o dogue alemão, é difícil detectar o inchaço do estômago porque há bastante espaço para ele se expandir no diafragma. Com isso, é possível concluir que apenas a ausência de um volume não deve ser o suficiente para descartar a dilatação vólvulo-gástrica, mas é um bom indicativo de que a condição está presente.
- Se houver alguma dúvida em relação ao tamanho da região abdominal, tire uma foto do animal de perfil, e repita a foto após cerca de 10 minutos para comparação. Se os retratos subsequentes indicarem que as paredes do corpo estão mais protuberantes, deve haver torção gástrica e a atenção veterinária é indispensável.
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Verifique se há abdômen timpânico. Na maioria das vezes, o estômago incha devido ao preenchimento de gases ou espuma; ao colocar a mão em um dos lados da saliência e apertar levemente, a sensação será de que a área está dura e que não pode ser comprimida. [5] X Fonte de pesquisa Clinical signs taken from: Small Animal Surgery. Therese Welch Fossum. Publisher, Mosby. 1st edition p279
- Se você der um leve tapa na área inchada com o dedo, como se fosse um tambor, o som pode ser parecido com o do instrumento porque há ar preso dentro do estômago distendido.
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Verifique se o cão está salivando. Quando o estômago vira, ele fica bloqueado, impedindo a escapada do conteúdo gástrico, bem como a entrada de saliva, alimentos e líquidos. Isso poderá fazer com que o animal expulse a saliva que não consegue deglutir.
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Analise se há ânsia ou vômitos. A distensão desencadeia receptores nas paredes estomacais, incentivando o animal a vomitar para expelir o conteúdo gástrico. No entanto, o estômago estará bloqueado, e mesmo que o cão faça o movimento de expelir conteúdo pela boca e tentar vomitar, apenas saliva será expulsa.
- Esse é um sintoma grave que exige atenção veterinária o quanto antes.
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Veja se o bichinho está com as costas arqueadas. À medida que o estômago incha, ele pressione o diafragma e empurra outros órgãos abdominais para trás, levando ao surgimento de desconforto no local; é bem possível que o animal tente adotar uma posição estranha, corcunda e com as costas arqueadas.
- Esse é um sinal geral de desconforto abdominal, e não de DVG, mas se for detectado junto a outros indícios, deverá acender o sinal de alerta.
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O cão também poderá ficar inquieto. A dilatação estomacal será muito incômoda e causará náuseas. Ele não conseguirá encontrar uma posição confortável para ficar e permanecerá em constante movimento para tentar minimizá-la.
- Há cães que ficam girando e olhando para a parte de trás do corpo, enquanto outros até “chutam” a própria barriga com a pata traseira.
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Veja se há algum sinal de dor. A dilatação vólvulo-gástrica causa distensão estomacal e é bastante dolorida; cada animal demonstra sua dor de forma diferente, porém há alguns sinais mais comuns, como:
- Vocalizações excessivas (choramingar, rosnar ou gritar devido ao incômodo).
- Dilatação das pupilas.
- Expressão de preocupação
- Alteração no comportamento, com aumento da agressividade.
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É importante buscar tratamento veterinário imediato ao notar sinais de choque. À medida que as toxinas se acumulam, o cão pode entrar em estado de choque, com batimentos fracos — o pulso femoral se localiza na parte interna da coxa, em paralelo ao osso. Pode ser uma manifestação difícil de se detectar devido à baixa pressão arterial dentro da veia, e a mínima pressão do dedo pode fazer com que você perca o pulso dele.
- O ritmo cardíaco começa a subir e fica acima do normal: mais do que 100 batimentos por minuto em raças grandes e acima de 140 nas médias e pequenas.
- As gengivas ficarão pálidas, enquanto a cor normal é rosa, como a gengiva humana. Apertá-las com a ponta do dedo e constatar que demoram para readquiram a cor — mais de dois segundos — indica colapso circulatório.
- O cachorro também pode respirar de forma laboriosa, com dificuldade, ou mais rápido e de modo mais curto do que o normal (35 a 40 vezes por minuto).
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Identifique o colapso. Se o tratamento não for realizado, a condição do cão vai piorar e ele terá dificuldade em caminhar, caindo com frequência. À medida que o abdômen incha, o retorno do sangue ao coração diminui devido à pressão do estômago, comprimindo as veias aorta e cava, como se alguém estivesse pisando e evitando o fluxo normal de ambas, causando um colapso circulatório no pet.Publicidade
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Leve o cachorro ao veterinário ou hospital para animais assim que perceber tais sintomas. Lembre-se de que a DVG pode ser fatal e de nada adianta tentar fazer o tratamento em casa; é vital que um veterinário preste assistência emergencial o quanto antes. [9] X Fonte de pesquisa Clinical signs taken from: Small Animal Surgery. Therese Welch Fossum. Publisher, Mosby. 1st edition p279
- Mesmo se estiver com dificuldades financeiras e a cirurgia não for viável, fale, em último caso, com um veterinário para que ele realize a eutanásia no cão. É uma decisão muito difícil, mas evitará que o animal sofra com as fortes dores da torção gástrica.
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Saiba quais cuidados serão dispendidos pelo profissional. Geralmente, a terapia intravenosa com fluidos precisa ser agressiva para promover a circulação e diluir toxinas sistêmicas. Quando o pet estiver estabilizado, o veterinário ministrará anestesia geral e laparotomia, reposicionando o estômago e uma fazendo uma incisão para liberação dos gases.
- Uma lavagem é feita no estômago, seguida pelo corte de porções necrosadas do estômago, com pontos a serem feitos à parede do corpo para evitar futuros episódios de torção.
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Se for impossível levá-lo a um veterinário, conforte o cachorro. Fale com o bichinho de forma calma se não houver como transportá-lo; nos primeiros estágios, tente caminhar de maneira lenta com ele para minimizar um pouco das cólicas estomacais, permanecendo sempre ao lado para acalmá-lo. Muitos veterinários atendem a domicílio, ainda que não possam sempre visitar o cachorro de imediato, mas é uma opção mais adequada quando estiver impossibilitado de transportar o amiguinho ao consultório. [10] X Fonte de pesquisa Small Animal Surgery. Therese Welch Fossum. Publisher Mosby. 1st edition. p278
- O uso de qualquer tipo de medicamento oral será ineficaz, já que ele não passará pela torção no esôfago para adentrar o estômago e ser absorvido.
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Familiarize-se com o conceito de dilatação vólvulo-gástrica (DVG). No início, o estômago se enche de gases e sofre distensão e dilatação, torcendo e virando ao contrário, bloqueando o esfíncter esofágico, que é a entrada do estômago, e o piloro, a saída. As bactérias que produzem gases ficam presas no órgão, continuando a fermentar e aumentar o surgimento de gases, agravando a distensão estomacal.
- Esta pressão de fora impede a circulação de sangue nas paredes estomacais. Sem a irrigação adequada, os tecidos necrosam. Toxinas são absorvidas pela corrente sanguínea e uma combinação de choque, toxicidade e insuficiência circulatória acontece, causando o óbito do cão se nenhuma medida de tratamento tiver sido realizada pelo veterinário.
- A maioria dos cães adoece com rapidez, dentro de quatro a seis horas, mas é possível que ele faleça em até duas horas, o que faz com que o atendimento veterinário seja indispensável.
- A dilatação vólvulo-gástrica é o termo oficial, mas geralmente o problema é descrito como distensão estomacal seguida de torção.
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Leve em consideração os fatores de risco que podem aumentar a chance de que um cachorro tenha DVG. Devido à anatomia, algumas raças possuem maior chance de terem esse tipo de problema, que são os de peito profundo, como dobermans, pastores alemães, dogues alemães, os setters irlandeses e Gordons, os galgos ingleses e os weimaraners. [11] X Fonte de pesquisa Small Animal Surgery. Therese Welch Fossum. Publisher, Mosby. 1st edition p278
- A chance de sofrerem torção gástrica é maior pelo “peito profundo” ou escavado e abdômen estreito, de modo que o estômago fique suspenso dentro do abdômen como uma rede entre árvores. O órgão adquire maior mobilidade dentro da barriga e pode acabar virando ao contrário quando esses dogs fazem atividades físicas logo após se alimentarem.
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Saiba quando a DVG ocorre. É normal que pequenas quantidades de gases sejam produzidos durante a digestão, causando eructações ou “arrotos”; inclusive, alimentos como cereais ou leguminosas — milho e ervilhas são exemplos — vão produzir mais gases do que outros.
- Como resultado da produção excessiva de gases na digestão, a distensão gástrica tem maior possibilidade de acontecer dentro de 90 minutos após a alimentação. Se o cão ficar rolando no chão ou correr, por exemplo, o peso do conteúdo estomacal pode fazer com que o órgão balance de um lado para o outro e, dependendo do impulso obtido, vire.
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Tenha atenção com o período de maior perigo. Esse intervalo de tempo corresponde às duas horas logo após a alimentação; qualquer animal de raça com peito profundo, predisposta à DVG, não deve se exercitar dentro de 90 a 120 minutos depois de comer. [12] X Fonte de pesquisa Small Animal Surgery. Therese Welch Fossum. Publisher, Mosby. 1st edition. p 277Publicidade
Dicas
- Apesar da anatomia de cães de peito profundo deixá-lo predisposto à DVG, qualquer raça pode ser afetada pela condição. Dessa maneira, não permita que o cão realize exercícios físicos após se alimentar e espere algumas horas antes de realizar exercícios mais vigorosos.
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Referências
- ↑ Clinical signs taken from: Small Animal Surgery. Therese Welch Fossum. Publisher, Mosby. 1st edition p279
- ↑ Small Animal Surgery. Therese Welch Fossum. Publisher Mosby. 1st edition. p278
- ↑ Clinical signs taken from: Small Animal Surgery. Therese Welch Fossum. Publisher, Mosby. 1st edition p279
- ↑ Clinical signs taken from: Small Animal Surgery. Therese Welch Fossum. Publisher, Mosby. 1st edition p279
- ↑ Small Animal Surgery. Therese Welch Fossum. Publisher Mosby. 1st edition. p278
- ↑ Small Animal Surgery. Therese Welch Fossum. Publisher, Mosby. 1st edition p278
- ↑ Small Animal Surgery. Therese Welch Fossum. Publisher, Mosby. 1st edition. p 277
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