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Como o tal “brainrot” afeta os jovens e adultos.
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Se você passar tempo suficiente na Internet, se deparará com expressões como “brainrot” ou “cronicamente online.” São gírias usadas para descrever uma condição onde o excesso de tempo no celular ou em comunidades online começa a alterar o seu comportamento, fazendo com que o jeito que você fala e pensa fique confuso para uma pessoa comum. Nós estamos aqui para explicar tudo sobre a expressão, incluindo como usar "brainrot", como perceber conteúdos de "brainrot" no TikTok e como evitar opiniões afetadas pelo "brainrot". Se você acha que pode ter brainrot, repare se está com os sintomas descritos abaixo. Nota: "brainrot" também pode se referir ao cansaço mental causado pelo excesso de tempo de tela. Nós vamos explicar o problema com detalhes abaixo.

O que é Brainrot

“Brainrot” é uma gíria usada no TikTok para descrever opiniões, pensamentos e uma linguagem descoladas da realidade que as pessoas podem desenvolver quando passam tempo demais na Internet ou em comunidades online. "Brainrot" geralmente se refere a vídeos ou tweets que parecem completamente fora da vida real.

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Significado de Brainrot

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  1. Quando vir a palavra nos comentários do TikTok, no Youtube ou em Tweets, geralmente é uma forma atravessada de dizer que alguém perdeu a noção da realidade porque ficou muito tempo imerso em espaços da Internet. O resultado é que a pessoa terá opiniões malucas ou comportamentos bizarros sem nem perceber que a maioria das pessoas não pensa e nem age dessa forma.
    • Pessoa 1: “Sim, cara, ela rizou totalmente o skibidi até virar um macho sigma gyatt. Tinha como ser mais cringe?”
    • Pessoa 2 : “Cara, sai do TikTok um pouco. Você está com brainrot.”
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Usando a expressão “Brainrot”

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  1. Imagine que você viu um vídeo no TikTok implorando para você doar dinheiro para os fãs de uma série que será cancelada antes do final e precisam de terapia para ter “apoio emocional” nesta “situação difícil”. Loucura, não é? Você pode comentar “isso aí é brainrot” para fazer as pessoas acordarem para a vida, afinal, elas precisam perceber que estão um pouco imersas demais em sua própria fan base para ver o quanto o pedido soa estranho.
    • Afinal de contas, o cancelamento de uma série não é a mesma coisa que um evento traumático (que pediria terapia), então pedir dinheiro para isso é um tanto irracional.
  2. Às vezes, a gente se depara com pessoas na Internet que estão tão imersas em seus nichos tão específicos que não conseguem perceber que pessoas comuns não entendem o vocabulário, assunto ou linha de pensamento delas. Você pode comentar “cuidado com o brainrot” para fazer a pessoa se ligar.
    • Pessoa 1: “Quer dizer, eu tenho tilt canthal negativo e não tem o que fazer! Não tem mew me dê uma mandíbula de alfa ou olhos de caçador. Eu sempre serei beta.”
    • Pessoa 2: “Nossa, o seu brainrot está aparecendo.”
  3. Às vezes, o brainrot é só uma questão de ficar obcecado por alguma coisa por tempo demais. Tipo quando um amigo não consegue parar de falar do livro que ele está lendo, mesmo no velório da sua avó. Ou quando seu irmão acha que ele consegue consertar seu carro porque jogou um videogame de simulação de Fórmula 1 por 3000 horas.
    • Exemplo: “Cara, você acabou de tentar dar um salto duplo na vida real? Você está jogando videogame demais, deu brainrot.”
    • Exemplo: “Desculpa te tirar do brainrot, mas a vida real não é igual a um romance de fantasia. Não acho que o poder da amizade vai pagar o nosso aluguel.”
    • Exemplo: “Amor, larga esse brainrot e para de assistir vídeos de parkour no Minecraft com a voz do Walter White? A gente precisa planejar nosso casamento.”
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Significado médico de “Brainrot”

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  1. Não é um fenômeno médico, mas sim uma gíria usada para dizer que alguém passa tempo demais online ou na frente de alguma tela. [1] As pessoas usam a expressão para falar de coisas como “brain fog” (algo como um “branco na mente”), baixa capacidade de atenção ou de pensamento crítico, crença em notícias falsas ou só adoção de opiniões questionáveis.
    • Às vezes, “brainrot” é uma ofensa feita a usuários da Internet que expressam pontos de vista absurdos ou imaturos.
    • Não se sabe ao certo de onde veio a expressão, mas ela começou a ser usada no Twitter/X em já em 2007. [2]
    • Exemplo: “O João acabou de compartilhar um artigo que fala que os sapos estão conspirando contra a humanidade. Acho que passar tanto tempo na Internet o deixou com brainrot.”
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O que causa brainrot?

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  1. Vamos aos fatos: como seres humanos, nós não estamos preparados para ver e ouvir tantas vozes com tanta frequência e por tanto tempo como fazemos na Internet. A sobrecarga e exposição tende a reformatar como o nosso cérebro e comportamento reagem, em escala pequena ou grande e, quanto mais tempo passamos online, mais tais comportamos são reforçados. [3]
    • Por exemplo, dizem que o TikTok diminui o nosso tempo de atenção focada por conta dos conteúdos curtos disponíveis aos montes.
    • Os algoritmos das redes sociais, muitas vezes, mostram conteúdos controversos de propósito só pelo engajamento, o que causa estresse emocional e ofensividade.
    • Além disso, o excesso de tempo em comunidades nichadas pode influenciar as crenças e opiniões das pessoas de forma negativa, principalmente sem a exposição a ideias contrárias para ajudar a equilibrar tais crenças.
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Sinais e efeitos do Brainrot

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  1. É difícil sair de perto do monte de conteúdo que mora nos nossos celulares. A verdade é que muitas redes sociais são feitas para serem viciantes, recompensando o seu engajamento com “curtidas” e outras interações, estimulando você a continuar descendo a tela. [4] Mas quando você está nas redes sociais, deixa de fazer outras coisas mais saudáveis, como exercitar o corpo e a mente.
    • O vício em Internet, muitas vezes, se manifesta na forma de apego às redes sociais ou a videogames.
    • O vício pode aparecer de outras formas também, como tentar deslizar a tela ao ler um livro para ir para a próxima, em vez de virá-la.
  2. É difícil acompanhar a velocidade com a qual as coisas acontecem na Internet, mas, mesmo assim, sentimos pressão para acompanhar. Quem tem “brainrot” terá muito conhecimento de fenômenos, gírias, fofocas e discursos presentes na Internet (e só na Internet). São coisas que as pessoas não discutiriam na vida real.
    • Seguindo o mesmo raciocínio, as pessoas podem crer em coisas estranhas ou até absurdas que encontraram na Internet, dando importância demais às opiniões que desenvolvem por conta disso.
  3. O mundo on-line é uma “economia que gira em torno da atenção”, ou seja, os sites, como as redes sociais, ganham dinheiro ao prender a sua atenção. Sendo assim, há muitos sites competindo pela sua atenção (e muitos usuários ficam trocando de um site para o outro rapidamente) ou têm conteúdos curtos feitos para manter as pessoas engajadas, o que corrói a sua capacidade de prestar atenção e até a sua memória. [5]
  4. A “alfabetização midiática” é a sua habilidade de ler e interpretar informações e artes que vê. Dizem que o brainrot prejudica o seu pensamento crítico e habilidade de se alfabetizar com relação à mídia, já que os usuários têm menos chances de checar os fatos ou pensar profundamente sobre as informações e narrativas com as quais se deparam. [6]
    • Muitas vezes, as pessoas que tem “brainrot” reagem aos conteúdos on-line de forma impulsiva ou de acordo com crenças superficiais, em vez de parar para pensar e avaliar seus sentimentos antes de dar sua opinião.
  5. Muitas pessoas adquirem o hábito de ficar rolando a tela nas redes sociais e nos feeds de notícias para ver todas as manchetes negativas e as opiniões dos outros sobre elas. É viciante, já que sempre tem alguma coisa nova para ver, e costuma afetar negativamente a sua saúde mental, aumentando o estresse e a chance de depressão. [7]
    • Ficar rolando a tela do celular é atrativo, porque dá a impressão de que você está fazendo algo útil lendo as notícias, mas é frustrante porque há pouco que você pode fazer sobre tais notícias.
  6. . O branco mental, ou “brain fog”, é um termo que surgiu na pandemia para descrever uma sensação de “lentidão” depois de se recuperar da COVID. Mas os sintomas do branco mental, como mau planejamento, tomada de decisões prejudicada ou perda da habilidade de fazer várias coisas ao mesmo tempo também podem aparecer em quem passa muito tempo na Internet. Na verdade, estudos sugerem que o excesso de tempo de tela pode até diminuir a massa cinzenta no cérebro. [8]
  7. O excesso de Internet pode impactar muito a sua autoestima, principalmente se você usa as redes sociais. Há uma corrida constante por curtidas e seguidores, e parece importante parecer perfeito. Se você não for perfeito, começará a se sentir inferior aos outros. [9] Se você se sente mal quando está vendo as coisas na Internet, pode ter um caso leve de brainrot.
  8. Ter “brainrot” é uma acusação direcionada a pessoas que parecem muito confrontativas ou nervosas online, ou até pessoalmente. A ideia é que a pessoa passou tanto tempo na Internet que ficou com uma perspectiva deturpada do mundo real e tem mais chances de brigar por coisas pequenas e sem importância. [10]
    • A acusação costuma ser acompanhada de expressões como “cronicamente on-line”, o que quer dizer que alguém fica tanto tempo grudado no celular que não consegue se desconectar.
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Evitando & revertendo o Brainrot

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  1. Uma das melhores formas de prevenir o brainrot é cortar o mau pela raiz. Não existe uma regra definida sobre quanto tempo seria tempo demais, mas os especialistas médicos recomendam sair do celular sempre que possível. [11] Comece limitando o tempo nas redes sociais para 30 a 60 minutos (ou menos) por dia.
    • Muitos celulares agora têm rastreadores de tempo de tela, onde você pode ver quanto tempo passou no celular e fazendo o quê, para controlar o seu uso.
    • Também existem vários aplicativos que limitam o tempo de tela desabilitando o celular quando ele é usado em excesso.
    • Você pode usar a solução de preferir qualidade a quantidade quando se trata do tempo de tela. Não é lá a melhor das ideias incluir programas como o Microsoft Word, Adobe Photoshop, Ableton Live e afins que são usados de forma criativa no grupo de "tempo de tela", que engloba redes sociais, videogames e memes. Aplicativos criativos, quando usados em um computador com foco produtivo ou para experimentar suas funções, exercitam o cérebro.
  2. As redes sociais são o que você escolher, e a melhor forma de reduzir o estresse e proteger você de opiniões mal formuladas (e até assédio) é bloquear as pessoas sem dó. [12] Escolha bem as pessoas que vai seguir e não hesite em parar de segui-las se ver o conteúdo delas deixar você ansioso ou deprimido.
  3. As redes sociais e outros conteúdos online são como fast food para o seu cérebro: elas mantém você entretido, mas não requerem muito esforço para processar ou digerir. Mantenha o seu cérebro jovem e saudável fazendo coisas mais desafiadoras, como ler livros, ouvir música, ver filmes ou até resolvendo jogos como o sudoku ou palavras-cruzadas, em vez de ficar na Internet. [13]
    • Pegue uma folha em branco e desenhe o que vier na sua cabeça ou troque o tempo nas redes sociais por escrever em um diário .
    • Você não tem que evitar telas para fazer isso, necessariamente, mas tente não ficar acessando as redes sociais no computador também!
  4. O exercício é importante para o cérebro tanto quanto jogos e desafios mentais! Ele ajuda o cérebro a desenvolver novas células nervosas e a circular sangue rico em oxigênio no cérebro, o que melhora a função cerebral. [14] Procure fazer, pelo menos, 30 minutos de exercício moderado por dia. [15]
    • Saia para correr, caminhar ou andar ao ar livre. Se preferir, participe de esportes em equipe para tornar o exercício uma obrigação na sua rotina.
  5. É muito fácil perder a habilidade de socializar quando a sua forma mais recorrente de socializar é usar a Internet. Você tem mais chances de esquecer como se interage pessoalmente e a etiqueta envolvida. Mantenha-se mais presente e bem ajustado procurando interagir com amigos, familiares e pessoas queridas com a mesma frequência que interage na Internet. Socializar é ótimo para o seu cérebro! [16]
    • Vá em uma lanchonete ou cafeteria, assista a um show ou só dê uma andada pelas gôndolas do supermercado para cumprir sua meta diária de tempo vendo pessoas reais.
  6. Se estiver sentindo que o tempo que passa no celular está causando um impacto negativo na sua vida e estiver com dificuldade de se livrar dele, procure um psicólogo. Um profissional de saúde mental pode ajudar você a desenvolver estratégias e encontrar soluções para tirar a sua atenção da Internet e voltá-la para o mundo real.
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