A cervicite é uma doença caracterizada pela secreção e inflamação no colo do útero, um tecido espesso que liga o útero à vagina. Ela costuma ser causada por doenças sexualmente transmissíveis, principalmente clamídia e gonorreia. Mais da metade das mulheres do planeta terá a doença pelo menos uma vez na vida. Algumas não apresentam sintomas, mas outras podem ter um corrimento vaginal anormal ou sangramento após as relações sexuais. Se você tem cervicite, é importante identificar e tratar a doença e as infecções que a causam. Caso contrário, você pode ter infecções no útero, nas trompas de Falópio ou nos ovários. Com o tempo, a cervicite não tratada pode gerar a doença inflamatória pélvica (DIP) e levar à infertilidade.
Passos
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Verifique a presença de um corrimento vaginal diferente. As mulheres saudáveis têm corrimento vaginal que pode variar na cor, quantidade e densidade ao longo do ciclo menstrual. O corrimento anormal, porém, pode ser um indício de cervicite ou de outra doença. Dessa forma, marque uma consulta com um médico. [1] X Fonte Confiável Cleveland Clinic Ir à fonte
- Como o corrimento vaginal varia bastante, “anormal” é um adjetivo muito amplo e só pode ser definido em cada caso específico. Sabendo disso, preste mais atenção a um corrimento vaginal que tenha odor, cor ou aparência incomum para você.
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Observe sangramentos de escape fora do período menstrual e depois do ato sexual. Esse tipo de sangramento entre as menstruações ou após a relação sexual pode ser um sinal de cervicite. Por ficar com o tecido mais fragilizado, o colo do útero inflamado sangra mais facilmente do que o normal. Vá ao médico se notar esse sintoma. [2] X Fonte Confiável Cleveland Clinic Ir à fonte
- Você pode perceber principalmente um sangramento pequeno após a relação sexual. Esse sangramento pode ser sintoma de outras doenças, portanto é preciso identificá-lo, independentemente do que seja.
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Perceba se há dor durante a relação sexual. A dor durante a relação, também conhecida como dispareunia, é um sintoma comum de vários tipos de doenças, inclusive de cervicite. Marque uma consulta com um médico para discutir o problema (e todos outros sintomas que você possa ter). Não tem motivo para achar que a dor durante o ato sexual é normal ou inevitável. [3] X Fonte Confiável Cleveland Clinic Ir à fonte
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Observe a sensação de peso no baixo-ventre. Algumas mulheres com cervicite experimentam uma sensação desconfortável de inchaço, pressão ou peso no baixo-ventre. Marque uma consulta médica se sentir isso.
- O peso no baixo-ventre pode ser um sintoma de outras doenças. Você deve fazer exames para descobrir a verdadeira causa.
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Conheça os sintomas comuns de coinfecções. As mulheres com cervicite às vezes têm uma inflamação vaginal relacionada (que provoca coceira, ressecamento e desconforto durante a relação sexual) ou no trato urinário (provocando micções frequentes, dor para urinar e sangue na urina).
- Tecnicamente, esses sintomas não são de cervicite, mas eles sugerem uma coinfecção. Sendo assim, consulte um médico.
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Conheça os sintomas menos comuns da cervicite. Além dos sinais acima, existem alguns outros que ocorrem muito raramente, apenas em poucos casos nos quais uma infecção se inicia como cervicite e depois se espalha para o resto do organismo. Alguns deles são: [4] X Fonte Confiável Cleveland Clinic Ir à fonte
- Náusea.
- Vômito.
- Diarreia.
- Um mal-estar geral.
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Marque uma consulta com um ginecologista. Não tente fazer o diagnóstico por conta própria, pois os sintomas da doença são facilmente confundidos com os de outras condições (como a candidíase) e principalmente porque a cervicite pode se desenvolver devido a uma infecção grave, como uma doença sexualmente transmissível (DST), o que exige tratamento médico.
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Faça um exame pélvico. O primeiro passo para diagnosticar cervicite é realizar um exame pélvico. O médico deve inserir um espéculo para observar o colo do útero, procurando sinais de vermelhidão, ulcerações, inflamação, inchaço ou corrimento anormal.
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Marque exames laboratoriais. Se o exame pélvico mostrar um indício de cervicite, o médico pode solicitar outros exames, como uma cultura da secreção vaginal, das células do colo do útero e, caso você tenha vida sexual ativa, exames de gonorreia, clamídia e outras doenças sexualmente transmissíveis.
- Dependendo dos resultados, saiba que ele pode pedir exames adicionais, incluindo a biópsia ou colposcopia (um exame feito com um aparelho especial de aumento) do colo do útero.
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Receba um diagnóstico médico. Existem duas categorias básicas de cervicite: infecciosas e não infecciosas. A cervicite infecciosa é muito mais comum do que a não infecciosa. O médico deve dizer qual das duas você tem. [5] X Fonte Confiável Cleveland Clinic Ir à fonte
- A cervicite infecciosa se desenvolve por conta de doenças sexualmente transmissíveis (DST), como a gonorreia ou a clamídia. A associação entre essas doenças e a cervicite é tão forte que o médico pode começar a tratá-las imediatamente, mesmo sem ter um diagnóstico específico confirmado por exames.
- A cervicite não infecciosa é muito menos comum. Ela pode ser provocada por objetos estranhos, como o dispositivo intrauterino (DIU) e capuz cervical, reações alérgicas ao látex que podem se desenvolver após o uso de preservativos nas relações sexuais, além de ducha vaginal.
- O médico pode ser referir à doença como cervicite “aguda” ou “crônica”. Em geral, a cervicite aguda é infecciosa e a crônica não.
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Tome a medicação receitada. No caso da cervicite infecciosa, o médico deve prescrever antibióticos para tratar infecções como clamídia ou gonorreia. Ele também pode indicar um medicamento antiviral para tratar doenças como herpes genital. Além disso, o uso de hormônios, como progesterona e estrogênio, ou em casos raros de glicocorticoides pode ser indicado para combater a inflamação.
- Os efeitos colaterais desses medicamentos incluem náuseas, dor de estômago e fadiga. O médico deve explicar tudo certinho antes de receitá-los.
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Faça uma cauterização. No caso da cervicite não infecciosa, os antibióticos e antivirais não resolvem o problema. Dessa forma, o médico pode sugerir uma entre três opções de tratamento cirúrgico. A primeira, a eletrocauterização, que é um procedimento cirúrgico no qual se remove o tecido indesejado com eletricidade.
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Discuta a opção de criocirurgia com o médico. Ele também pode recomendar essa opção para casos de cervicite não infecciosa. A criocirurgia (do grego kryos, que significa frio) envolve o uso de frio extremo a fim de “congelar” ou eliminar tecidos anormais. [6] X Fonte Confiável Cleveland Clinic Ir à fonte
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Avalie a terapia a laser. O médico também pode indicar a terapia a laser para cervicites não infecciosas. A terapia a laser utiliza feixes intensos de luz para queimar, destruir ou cortar com precisão os tecidos indesejados. [7] X Fonte Confiável Cleveland Clinic Ir à fonte
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Evite irritar a vagina. Enquanto busca a melhor opção de tratamento com o ginecologista, você também pode tomar medidas para evitar o desconforto. Passe longe de tudo que possa irritar a vagina ou o colo do útero, como duchas vaginais, sabonetes fortes e relações sexuais.
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Não tenha relações sexuais até que o tratamento esteja completo. Dependendo do tipo de tratamento, pode ser necessário dar um tempo com o sexo por até uma semana depois da conclusão. Pergunte ao médico quanto tempo você deve esperar antes de ter relações sexuais novamente.
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Informe o seu parceiro sexual. Se a cervicite for infecciosa, informe o seu parceiro para que ele também procure tratamento. Saiba que, mesmo sem ter sintomas, ele também pode estar infectado e pode voltar a transmitir a doença a você, mesmo depois de todo o tratamento recomendado pelo médico. [8] X Fonte Confiável Cleveland Clinic Ir à fonte Por isso, é muito importante que todos os envolvidos recebam tratamento médico.Publicidade
Dicas
- Os sintomas de cervicite podem ser desagradáveis, estressantes ou constrangedores, mas tente não se preocupar. A cervicite é muito comum e bastante tratável.
- Você pode evitar alguns tipos de cervicite ao usar preservativos masculinos ou femininos, principalmente se não tiver apenas um parceiro.
- Se os sintomas persistirem depois do final do tratamento, volte ao médico para uma reavaliação.
- As mulheres que têm clamídia ou gonorreia correm um risco alto de reinfecção dentro de seis meses após o tratamento. É importante fazer exames regulares para ver se há infecção nos três ou seis meses seguintes ao diagnóstico.
- Fazer sexo sem proteção e com múltiplos parceiros pode aumentar o risco de desenvolver cervicite infecciosa.
Referências
- ↑ https://my.clevelandclinic.org/health/articles/cervicitis
- ↑ https://my.clevelandclinic.org/health/articles/cervicitis
- ↑ https://my.clevelandclinic.org/health/articles/cervicitis
- ↑ https://my.clevelandclinic.org/health/articles/cervicitis
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