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A gestação é um trabalho pesado para as porquinhas-da-índia, que carregam diversos filhotes de uma vez por dois a três meses. [1] A taxa de mortalidade para as mamães porquinhas é de cerca de 20% (valor considerado alto), pois elas ficam vulneráveis à complicações e doenças como a toxemia. O ideal é que não se cruze porquinhos-da-índia intencionalmente, mas é comum trazer uma porquinha-da-índia para casa já prenhe. Abaixo, você encontrará dicas de cuidados que podem reduzir bastante os riscos de saúde para o animal e ajudá-lo na gestação.

Parte 1
Parte 1 de 8:

Descobrindo a gestação

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  1. Por mais que os sintomas físicos da gestação sejam difíceis de identificar e só apareçam no final da prenhez — sendo o mais evidente o crescimento da barriga —, ainda é possível notar algumas diferenças de comportamento, como o aumento na fome e na sede. Nunca aplique pressão na barriga da porquinha, ou você pode causar um aborto.
    • Lembre-se de que os porquinhos-da-índia começam a comer mais conforme crescem e um aumento na alimentação nem sempre indica uma gestação.
    • Os filhotes pequenos não causam um aumento significativo na barriga.
    • Todos os porquinhos-da-índia gostam de escavar o feno; nem sempre eles fazem ninhos por conta da prenhez.
  2. Se suspeita que ela está prenhe, é importante obter um diagnóstico profissional. O veterinário checará o abdome da porquinha-da-índia para tentar identificar os fetos e, em alguns casos, fará um ultrassom. Com isso, ele deve ser capaz de estimar uma data para o parto.
    • Só um profissional deve sentir o abdome da bichinha, pois é muito fácil para um leigo confundir os fetos com órgãos internos. Além disso, o processo pode ser perigoso e causar um aborto involuntário.
    • O ultrassom é um procedimento não invasivo que também pode confirmar a gestação, além de indicar quantos filhotes nascerão e quantos deles estão vivos.
  3. É possível que a porquinha-da-índia tenha sido adotada já prenhe ou que ela tenha acasalado com um outro porquinho-da-índia que você tem em casa.
    • Os vendedores dos pet shops nem sempre conseguem identificar o gênero dos porquinhos-da-índia; é possível que você tenha levado um macho achando que era uma fêmea. Para tirar a dúvida, leve os animais até um veterinário experiente.
    • Algumas pet shops também vendem os dois gêneros juntos; como alguns criadores não separam os filhotes de sexos diferentes, é possível que você tenha comprado a porquinha já prenhe.
  4. As porquinhas-da-índia precisam ter a primeira gestação entre o quarto e o sétimo mês de vida. Se a sua porquinha já esteve prenhe antes, ela deve ter menos de dois anos de idade.
    • Se a porquinha-da-índia não se encaixa nas exigências de idade, converse com o veterinário sobre um auxílio para a gestação. Caso ela seja muito nova, pode ser preciso suplementar a alimentação com medicamentos. Caso seja velha demais, pode ser preciso levá-la para parir os filhotes no veterinário, para caso uma intervenção seja necessária.
      • As porquinhas-da-índia novas demais correm mais riscos de sofrerem com deficiências vitamínicas durante a gestação.
      • As porquinhas-da-índia velhas demais correm mais riscos de não terem elasticidade suficiente na pélvis para parir os filhotes.
  5. As porquinhas-da-índia acima do peso correm mais risco de desenvolver toxemia da gravidez; caso a porquinha tenha ficado prenhe e esteja acima do peso, converse com um veterinário sobre a alimentação dela; é preciso ter muito cuidado, pois ela precisa emagrecer, mas não deve ter uma dieta restrita, afinal, os filhotes precisam se alimentar.
  6. Os porquinhos-da-índia dálmata e ruão carregam genes recessivos letais que podem fazer com que os filhotes morram ainda no ventre. Existem também outras doenças hereditárias que podem afetar os porquinhos-da-índia, o que torna importante checar a origem dos seus animais para descobrir mais informações.
    • Se houver alguma possibilidade dos filhotes nascerem com problemas hereditários, decida logo o que fazer. Se não se considera apto a cuidar deles, veja se um criador mais experiente se dispõe a fazê-lo. Em último caso, pode ser preciso conversar com o veterinário sobre sacrificá-los.
    • Os problemas congênitos mais comuns são: nascer cego, com dentes deformados, surdo ou com deformidades internas, principalmente nos órgãos digestivos. Tais filhotes costumam morrer no ventre ou alguns dias após o nascimento, mas alguns vivem por anos. Caso sobrevivam à primeira semana, saiba que eles terão uma expectativa de vida menor e que precisarão de grandes quantidades de cuidados médicos por toda a vida.
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Parte 2
Parte 2 de 8:

Mantendo a porquinha-da-índia saudável durante a gestação

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  1. A prenhez pode acabar desencadeando problemas de saúde, como a toxemia, ou até mesmo assustar a mamãe a ponto de ela não querer mais se alimentar. Minimize o estresse o máximo possível para manter a porquinha saudável. Algumas dicas:
    • Reduza a exposição a barulhos altos e luzes fortes.
    • Mantenha a porquinha longe da luz solar direta.
    • Estabeleça uma rotina diária e atenha-se à ela. A porquinha-da-índia prenhe precisa de consistência.
    • Faça as mudanças o quanto antes na gestação, quando o estresse terá menos efeito na mamãe.
    • Manuseie-a o menos possível.
      • Nas últimas duas semanas da gestação, não mexa na porquinha-da-índia. Faça com que ela entre em uma caixa ou suba em uma toalhinha por conta própria caso precise movê-la.
  2. É muito importante ficar de olho na futura mamãe algumas vezes ao dia. Sempre que for vê-la, observe o quanto ela comeu e quanta água ela bebeu.
    • Ao fazer verificações constantes, você conseguirá identificar o que é normal. Com isso, será possível descobrir se ela está com mais sede ou se está comendo menos.
    • Se a porquinha-da-índia não quiser mais comer, leve-a ao veterinário imediatamente para fazer exames. O profissional avaliará o estado dela e pode prescrever tratamentos como injeções de dextrose, esteroides e cálcio. A perda do apetite também pode ser sintoma de toxemia de gestação.
  3. Observe a porquinha-da-índia para procurar sinais de problemas (por exemplo, crostas formadas nos olhos, no focinho e nas orelhas ou afinamento da pelagem) e para pesá-la. Lembre-se de não manusear a porquinha nas três últimas semanas de gestação.
    • A futura mamãe deve ganhar peso gradualmente, tudo depende do tamanho da ninhada. Ela nunca deve perder peso durante a prenhez.
    • Em caso de dúvidas, leve-a a um veterinário.
  4. Como é importante minimizar o manuseio da porquinha-da-índia, lembre-se de deixar que ela cuide da própria aparência. Se ela tiver pelos compridos, corte-os bem curtinhos (principalmente na parte traseira) perto do fim da gestação para que ela consiga se limpar bem após o parto.
    • Não dê banhos na porquinha-da-índia prenhe.
  5. É importante deixar que a futura mamãe saia da gaiola e brinque um pouco, mas lembre-se de não manuseá-la muito — para retirá-la da gaiola, faça com que ela entre em uma caixa de papelão ou uma toalha. Os exercícios são necessários para prevenir a obesidade e manter um fluxo sanguíneo saudável, mas a porquinha-da-índia não deve se exercitar em excesso para evitar o aumento da pressão arterial.
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Parte 3
Parte 3 de 8:

Mantendo a casinha

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  1. Mantenha uma temperatura consistente e não utilize uma gaiola com vários andares para a segurança da futura mamãe. Clique aqui para encontrar mais informações.
    • A temperatura externa normalmente é baixa demais para uma porquinha-da-índia prenhe. Mantenha-a dentro de casa, de preferência em um cômodo mais aquecido, sem azulejos ou ou pisos frios.
    • Não deixe a porquinha-da-índia em uma gaiola com mais de um andar, pois ela terá dificuldade para subir as escadas e rampas. Além disso, o equilíbrio dela ficará prejudicado na gestação, o que torna os outros andares perigosos.
  2. Se você tem várias fêmeas em casa, retire-as da presença dos machos para não correr o risco de precisar lidar com outra gestação. Se tiver apenas uma fêmea, retire-a da presença do macho antes do 50º dia da gestação.
    • O macho deve ser removido o quanto antes, pois é possível que ele continue montando na fêmea, o que pode ser estressante ou doloroso. É possível que ela engravide novamente cerca de duas horas após o parto.
  3. É possível deixar a porquinha acompanhada de outras fêmeas caso elas se deem bem. Os porquinhos-da-índia são animais sociáveis que devem ser mantidos em grupo sempre que possível.
    • Se houver algum sinal de encrenca ou desentendimentos, remova as outras fêmeas da gaiola, mas mantenha a futura mamãe onde está. Assim que descobrir que uma das porquinhas está prenhe, compre outra gaiola temporária para os outros bichinhos.
    • Separe as gestantes. A placenta contém hormônios que podem promover as contrações. Se uma porquinha comer a placenta da outra, o parto dela pode ser adiantado.
  4. Limpe as fezes e a urina da gaiola todos os dias; troque o revestimento uma ou duas vezes na semana. Na hora da limpeza, utilize apenas um spray antibacteriano específico para gaiolas de porquinhos-da-índia.
    • Manter uma casinha e um ninho limpos prevenirá o acúmulo de amônia da urina; trata-se de uma substância irritante para porquinhos e pode causar infecções pulmonares na futura mamãe.
  5. Espalhe pelo menos 10 cm de revestimento macio (como lã ou feno) sobre toda a casinha da porquinha-da-índia. Evite fenos alfafa e secos, pois eles não são macios o suficiente.
    • Coloque uma caixa pequena de lado dentro da gaiola, em um local protegido de correntes de ar, para a porquinha se esconder quando estiver estressada. Como ela pode mastigar o papelão, tenha sempre algumas caixas reservas em casa.
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Parte 4
Parte 4 de 8:

Cuidando da alimentação durante a gestação

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  1. Na ração, cada pedacinho de comida é idêntico e tem os mesmos componentes, o que impede a alimentação seletiva, que ocorre quando se serve cereais do tipo muesli (nos quais é possível identificar os alimentos individuais, como milhos, ervilhas, entre outros). Obviamente, não exagere nas quantidades para que a mamãe não fique acima do peso. Confira o rótulo do produto para saber quanto servir.
    • A alimentação seletiva ocorre quando o porquinho escolhe quais pedacinhos mais gosta e deixa de lado os menos saborosos que, na maioria das vezes, são os mais nutritivos. Isso pode promover deficiência mineral com o tempo.
    • Se vai trocar o tipo de ração, faça uma mudança gradual; caso contrário, é possível que a fêmea não coma a nova ração.
  2. Todos os porquinhos-da-índia precisam de acesso liberado à água, mas isso é ainda mais importante durante a gestação. Esvazie a garrafa de água e encha-a novamente todos os dias para manter tudo fresquinho.
    • Se a água normalmente é colocada no alto para os porquinhos, coloque uma segunda garrafa mais baixa para que a mamãe não precise se esticar para beber água.
    • Limpe a garrafa semanalmente para prevenir o acúmulo de algas e bactérias; lave-a bem com água e detergente neutro.
  3. É importante disponibilizar feno de capim verde para os porquinhos, suplementado por feno alfafa, que é rico em proteínas e cálcio. A comida deve estar disponível o tempo inteiro para os animais; uma bola grande de feno é ideal, para que os porquinhos possam cavoucá-lo.
    • O feno alfafa é excelente para porquinhas jovens, amamentando ou prenhes, mas os níveis de cálcio são altos demais para porquinhos normais e podem causar pedras na bexiga.
  4. Todos os porquinhos-da-índia precisam de pelo menos uma xícara de verduras por dia; no caso das gestantes, aumente a quantidade para até duas xícaras ao dia. Clique aqui para mais informações sobre os tipos de verduras adequados]].
    • Não sirva a mesma verdura por dois dias seguidos para evitar o excesso de minerais específicos. Por exemplo, as cenouras contêm muito oxalato que, em excesso, pode causar pedras na bexiga dos porquinhos.
  5. Como as mamães porquinhas são vulneráveis à deficiências de vitamina C e cálcio, é importante suplementar a alimentação delas com vitaminas e suplementos recomendados por um veterinário.
    • Não compre complexos multivitamínicos; o excesso de vitamina C é passado pela urina e não é capaz de causar uma overdose, o que não acontece com outras vitaminas. Os excessos são sempre prejudiciais.
    • Não dependa de rações que aleguem ser ricas em vitamina C; trata-se de uma substância instável que perde as propriedades nutritivas se não consumida dentro de oito semanas após a fabricação. É bem provável que o conteúdo de vitamina C da comida não tenha mais efeito no momento da compra.
    • Nunca utilize tabletes solúveis de vitamina C. Além de ineficazes, eles podem fazer com que a porquinha evite a água; com o tempo, ela ficará desidratada e pode morrer.
  6. Sirva cubinhos de maçã, morangos e uvas (sem semente) a cada três dias para a porquinha prenhe.
    • As frutas devem ser servidas ocasionalmente, pois contêm ácido que pode causar úlceras nas bocas dos bichinhos. Ainda assim, elas ajudam a manter os níveis de açúcar altos no organismo, prevenindo a toxemia.
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Parte 5
Parte 5 de 8:

Preparando tudo para o parto

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  1. Use um veterinário especializado em porquinhos-da-índia, de preferência. Um profissional com experiência apenas em cães e gatos pode não poder ajudar muito em uma emergência.
    • Memorize o telefone do veterinário e salve-o nos contatos do celular por precaução.
      • Deixe uma cópia do número perto da gaiola dos porquinhos-da-índia. Assim, você não precisará ficar caçando ele em uma emergência.
    • Guarde também o telefone de um hospital veterinário 24 horas.
      • Se não houver atendimento 24 horas por perto, converse com seu veterinário para bolar um plano; é possível que o profissional o ajude no parto, mesmo fora do expediente, ou recomende um criador experiente.
    • Papinha especial para filhotes; converse com um veterinário ou um atendente de pet shop para encontrar a melhor opção para seu caso. Ter a papinha em mãos é importante para caso os filhotes não queiram se alimentar.
    • Toalhas limpas.
  2. Mesmo que o veterinário tenha dado uma estimativa, não é possível saber com precisão o dia do parto. Fique de olho na porquinha nas últimas semanas de gestação para tentar identificar um alargamento dos ossos pélvicos delas.
  3. Por mais que o parto ocorra naturalmente, é mais seguro ter alguém pelo menos supervisionando o processo. Cheque a gaiola a cada duas ou três horas; por mais que os partos costumem ocorrer durante o dia, eles também podem acontecer à noite.
    • Se não puder ficar de olho na porquinha por conta do trabalho ou de algum outro compromisso, peça que um amigo ou vizinho faça isso. Um criador de porquinhos-da-índia local também pode ajudar, se você conhecer algum.
  4. A toxemia da gestação e a deficiência de cálcio são dois problemas comuns que acontecem nas últimas duas semanas da prenhez. Ambos são fatais quando não tratados, portanto, é preciso atenção total aos sintomas, que incluem: falta de apetite, mudança nos níveis de consumo de água, sonolência, fraqueza, espasmos musculares e baba. Ao notar qualquer um dos sintomas acima, vá com a porquinha até um veterinário.
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Parte 6
Parte 6 de 8:

Ajudando no parto

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  1. Na hora de checar a porquinha gestante, tente identificar gemidos diferentes, que podem indicar o trabalho de parto. Mesmo que nunca tenha ouvido tais gemidos, é bem provável que você consiga identificá-los.
  2. O processo inteiro costuma durar menos de uma hora, com intervalos de cinco minutos entre os filhotes. A mamãe sentará, com a cabeça no meio das pernas, e começará a "soluçar".
    • Não segure a fêmea na mão.
    • Não fique muito em cima; o ideal é que haja apenas uma pessoa por perto, com outra do lado de fora para ligar para o veterinário, se necessário.
    • Não intervenha ou toque nos filhotes, a menos que seja necessário.
    • Não é preciso retirar as outras porquinhas do local, pois elas podem ajudar no parto.
  3. Caso surja qualquer sinal de complicação, não hesite! Ligue para o veterinário caso:
    • A mãe faça força por 15 minutos sem liberar nenhum filhote.
    • O parto dure mais de uma hora.
    • A mãe comece a gritar por conta do esforço.
    • A mãe pareça desistir por conta do cansaço.
    • A mãe comece a salivar ou espumar pela boca.
    • Haja sangramento excessivo (mais do que uma colher de sopa).
    • O veterinário pode precisar colocar os filhotinhos em posições adequadas para o parto, mas uma cesariana pode ser necessária.
  4. Caso a ninhada seja muito grande, ou os filhotes saiam com intervalos breves, a mãe nem sempre conseguirá romper o saco amniótico por conta própria. Em tais situações, pegue o filhote com uma toalha limpa e remova o saco por conta própria, limpando os fluidos da face dele; faça isso apenas se perceber que a mão não vai fazê-lo. Não use as unhas ou os dedos, pois você pode acabar arranhando os olhos dos filhotes.
    • É comum que os filhotes fiquem presos na passagem, e você não deve intervir. Apenas um veterinário habilidoso deve tentar manipular os filhotes antes de eles nascerem.
  5. Se um deles não estiver respirando, levante-o cuidadosamente e segure-o com o braço esticado e com a cabeça virada para longe do seu corpo. Gire-o uma vez para desobstruir as vias aéreas dele e fazer com que ele respire. Se não funcionar, esfregue suavemente as costas dele, com movimentos de vaivém. Não use força nunca.
  6. O normal é que ela coma a placenta e limpe todos os filhotes. Em alguns casos, as porquinhas comem também os fenos e tudo que estiver sujo de sangue.
    • Quando tiver certeza de que não há mais nenhum filhote para nascer, ajude na limpeza removendo os revestimentos da gaiola.
  7. As mães de primeira viagem, principalmente as mais novas, podem fugir dos filhotes por confusão. Ao notar isso, pegue-a e coloque-a perto deles, cuidadosamente. Logo os instintos maternos dela devem surgir.
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Parte 7
Parte 7 de 8:

Cuidando de tudo após o parto

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  1. Os porquinhos-da-índia filhotes devem abrir os olhos e ter pelos logo de cara. Eles também são capazes de ouvir, caminhar e comer quase que imediatamente.
    • Se um filhote estiver vivo, mas sem demonstrar sinais de alerta, entre em contato com o veterinário imediatamente.
    • Os filhotes não precisam de lâmpadas ou bolsas térmicas. Eles devem ser mantidos na mesma temperatura que a mãe.
  2. É importante permitir que a mãe e os filhotes repousem, desde que eles pareçam estar bem.
    • Se está preocupado com a mãe ou algum dos filhotes, por qualquer motivo, entre em contato com o veterinário.
  3. É comum que os porquinhos morram pouco após o parto e o único modo de saber se está tudo bem é pesando-os. Depois de finalizado o parto, pegue os filhotes cuidadosamente e pese-os.
    • Normalmente, os filhotes costumam pesar entre 70 g e 100 g.
  4. É bem provável que todos percam peso após o parto, mas se um deles estiver muito mais leve do que os outros, alimente-o com um pouco de papinha (seguindo instruções prévias do veterinário). Deixe que todos fiquem pelo menos 15 minutos a sós com a mãe, três vezes ao dia.
    • Espere 24 horas após o parto antes de alimentar os filhotes. Eles precisam de um tempo para conseguirem digerir tudo e se alimentar bem.
  5. A pesagem ajudará a determinar se algum dos porquinhos precisa de comida extra e se a mãe está saudável. A toxemia de gravidez e a deficiência de cálcio são problemas que podem surgir mesmo após o parto, portanto, fique de olho em sinais de problemas na mãe por mais alguns dias. A pesagem diária deve continuar por pelo menos três semanas.
    • Os filhotes provavelmente perderão peso nos primeiros três dias, mas devem engordar um pouco logo em seguida. Se o peso não começar a aumentar, converse com um veterinário.
    • É normal que o peso da mãe varie por alguns dias, mas ele deve estabilizar em uma semana. Se ele continuar caindo ou mudando após cinco dias, converse com um veterinário.
  6. Se todos estiverem bem, não é preciso correr. Ainda assim, leve-os para uma consulta ainda na primeira semana de nascimento para que o profissional veja se está tudo certo.
  7. Use feno alfafa para a mãe e para os filhotes, além de suplementos vitamínicos para a mãe. Sirva também verduras extras, principalmente conforme os filhotes crescem e comem mais nas semanas seguintes. Continue dando frutas para a mãe, mas não para os filhotes.
    • Os filhotes podem comer alimentos sólidos logo no primeiro dia; a mãe é responsável por apresentar as comidas para eles.
  8. Leve os bichinhos ao veterinário para saber com precisão quais filhotes são machos e quais são fêmeas. Mantenha as fêmeas com a mãe e leve os machos para outra casinha antes que eles tentem se reproduzir.
    • Apresente os filhotes machos ao pai ou aos outros porquinhos-da-índia machos que tiver em casa.
      • Faça uma transição gradual, pois os adultos são grandes e podem acabar machucando os filhotes. Os irmãos provavelmente se darão bem pelo resto da vida, mas é possível que os filhotes não se acostumem com os outros machos. Nesse caso, você precisará de casinhas separadas.
  9. O processo de desmame é natural e pode ocorrer um pouco antes ou depois. Eles devem pesar algo entre 150 g e 225 g.
    • Não é preciso dar mais suplementos vitamínicos para a mãe após o desmame, a menos que você já fizesse isso antes da gestação.
    • Se não tiver certeza de que os filhotes estão desmamados após o 21º dia, separe pelo menos os machos para evitar gestações. Eles já estarão comendo sólidos há um tempo e podem ficar sem o leite da mãe.
  10. Reintroduza gradualmente as outras porquinhas, mas fique de olho nelas. Será necessário algum tempo para que todos os porquinhos convivam bem juntos.
    • Mesmo sendo filhos de uma porquinha conhecida, isso não faz com que eles sejam aceitos imediatamente pelas outras fêmeas.
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Parte 8
Parte 8 de 8:

Prevenindo gestações futuras

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  1. Os machos tornam-se sexualmente maduros com menos de um mês de vida, enquanto as fêmeas precisam de pelo menos um mês.
    • É perfeitamente possível que um filhote engravide a mãe ou as irmãs.
    • Os filhotes são misturados nas pet shops, o que faz com que muitas pessoas comprem porquinhas já prenhes.
  2. Separá-los completamente é o jeito mais fácil de se prevenir uma gestação.
    • Separe os filhotes a partir da terceira semana de vida deles.
    • Lembre-se de que os porquinhos-da-índia são animais sociais que devem ser mantidos em grupos. Se você tinha um casal, deixe os filhotes machos com o pai e as fêmeas com a mãe.
  3. Outro modo simples de se prevenir a gestação é castrar os porquinhos machos. Também é possível esterilizar as fêmeas, mas o procedimento é mais complexo e arriscado. Ambos os procedimentos devem ser feitos por profissionais especializados, sempre.
    • O esperma dos porquinhos pode sobreviver no organismo dele por até quatro semanas, portanto, mantenha os castrados longe das fêmeas por esse tempo. É possível que ele emprenhe uma porquinha mesmo depois de castrado.
    • No geral, os porquinhos-da-índia não respondem bem à anestesia. Se possível, separe-os e deixe a castração de lado.
  4. A gestação de tais animais têm 20% de chance de ser fatal para a mãe e para os filhotes. Se gostaria de ter outro porquinho, procure uma loja ou um abrigo para animais em vez de cruzar os seus.
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Avisos

  • Seja muito cuidadoso ao manusear a mamãe porquinha. Faça-o apenas quando absolutamente necessário para evitar problemas.
  • A fêmea pode acabar machucando os filhotes sentando neles e eles podem tentar fugir da gaiola. Fique de olho neles!
  • As fêmeas podem engravidar novamente imediatamente após o parto, portanto, separe a mãe dos machos. [2] Duas gestações seguidas podem ser fatais para a mãe.
  • A porquinha pode morrer durante ou após a gestação por conta de complicações ou de toxemia. Trata-se de algo comum que aflige uma a cada cinco porquinhas. [3]
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Referências

  1. Handbook of Rodent and Rabbit Medicine. Laber-Laird, Swindle, & Flecknell. Publisher: Pergamon
  2. http://www.guinealynx.info/breeding.html
  3. http://www.guinealynx.info/breeding.html

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