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Roubar é errado e todo mundo sabe disso. No entanto, por incrível que pareça, isso não impede muitas pessoas de roubarem diariamente. Quem tem seus pertences furtados pode sentir uma certa dificuldade em aceitar o fato e compreender os motivos de quem fez isso, mas existem diversos tipos e níveis de roubo que devem ser considerados. De bater carteira a desviar milhões de reais da saúde pública, essas ações sempre têm uma razão, perdoável ou não. Entender o que fez a pessoa escolher esse caminho é o primeiro passo para compreender a motivação de quem pega o que é dos outros.

Método 1
Método 1 de 3:

Analisando o aspecto patológico

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  1. A cleptomania é uma compulsão que faz com que a pessoa pegue coisas sem valor e das quais não precisa. Um cleptomaníaco pode até ter o dinheiro necessário para comprar aquele artigo, mas roubá-lo causa uma sensação de euforia prazerosa. [1] [2]
    • A intenção das pessoas não é enriquecer ou tirar vantagem, e elas também não formam quadrilhas para assaltar os outros. Na realidade, a vontade de roubar surge de uma hora para a outra, às vezes em lojas, às vezes na casa de amigos e familiares.
    • A cleptomania pode ser tratada com terapia e remédios. Se você conhece alguém com essa compulsão, sugira essas alternativas.
    • Diga “Eu vi você pegando aquele objeto na loja e sei que você tinha dinheiro para comprá-lo. Imagino que o tenha roubado por um desejo súbito e as possíveis consequências desse hábito me preocupam. O que acha de conversar com um profissional? Podemos ir juntos!”.
  2. Os cleptomaníacos sentem uma onda de adrenalina e não se importam com o valor do objeto, mas eles não são os únicos que roubam por questões patológicas; o vício em drogas também é um problema psicológico e pode ser detectado através de sinais como roubo e problemas financeiros.
    • Um dependente químico ou com vício em jogos pode pegar dinheiro de familiares, amigos e colegas de trabalho para bancar o vício e a mentira é parte essencial desse tipo de roubo; quando confrontado sobre o assunto, ele certamente negará. [3]
    • Outros sinais de que isso está acontecendo é ignorar amizades antigas em detrimento de pessoas novas, problemas com a polícia, queda de desempenho escolar ou profissional e relacionamentos instáveis. [4]
    • Consiga ajuda profissional imediatamente se conhece alguém esse problema. Fale algo como “Você tem agido estranho ultimamente, se distanciou dos amigos e não tem conseguido guardar seu dinheiro. Eu quero ajudá-lo, mas preciso que seja sincero comigo: você está usando drogas?”.
    • Caso a pessoa negue e você tenha certeza de que é mentira, faça uma intervenção com outras pessoas importantes para ela. Juntos, vocês deverão demonstrar sua preocupação e fazê-la entender que tem o apoio de todos, ajudando-a a enxergar que precisa fazer um tratamento para controlar o vício.
  3. Esses roubos têm uma finalidade, que costuma ter fundo emocional; além disso, essas pessoas sentem vergonha e culpa por terem roubado, mas mesmo assim não conseguem parar sem intervenção. [5]
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Método 2
Método 2 de 3:

Analisando razões não patológicas

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  1. O desespero é o causador de muitos roubos. Imagine uma pessoa desempregada ou com renda muito baixa tentando sustentar uma família. O desespero por não conseguir prover uma alimentação básica ou abrigo para uma criança, por exemplo, é uma das coisas que dão início à necessidade de furtar. [6]
  2. Andar com as companhias erradas também pode fazer alguém criar o hábito de roubar. Em tais casos, o valor do objeto também não importa muito, pois a intenção é a emoção de pegar algo alheio e a possibilidade de ser flagrado. Isso é muito comum entre os adolescentes que cedem às pressões dos amigos, em uma tentativa de impressionar e ser aceito pela turma. [7]
  3. Uma pessoa, adolescente ou não, que não tem a habilidade de pensar na situação como um todo e não reflete no impacto das próprias ações sobre os outros pode roubar sem pensar nas consequências. Esse não é um problema mental, pois o indivíduo em questão tem a capacidade de sentir empatia; mas o ato é conduzido impulsivamente, sem a reflexão do que isso pode acarretar para quem é roubado. Nesse caso, se alguém confronta o ladrão e o faz pensar sobre as consequências dos próprios atos, ele dificilmente voltaria a roubar.
  4. Algumas pessoas que passaram pelo trauma da separação ou perda podem roubar para se sentirem completas e amenizar a dor. [8] Alguém que sofreu um trauma relacionado aos pais ou cuidadores durante a infância pode roubar para preencher uma lacuna, pois suas necessidades emocionais não são atendidas. O problema é que o furto só causa a sensação de alívio momentaneamente, o que faz com que a pessoa roube cada vez mais. [9]
  5. Como diria vovó, a ocasião faz o ladrão. É uma pena, mas há quem roube pelo simples fato de ter a oportunidade, seja por curiosidade, pela emoção do desafio ou por pura ganância. [10]
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Método 3
Método 3 de 3:

Superando um roubo

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  1. Quando algo de valor for roubado, o primeiro passo é fazer um Boletim de Ocorrência. Informe a polícia com detalhe sobre o que aconteceu e ajude-os a encontrar suas coisas e quem as roubou. Tomar medidas imediatas é o melhor que pode ser feito para recuperar seus pertences e parar o ladrão. [11]
    • Documentos roubados devem ser comunicados à polícia imediatamente. Caso não possa ir a uma delegacia para fazer o B.O., faça-o pela internet. Procure a delegacia eletrônica de seu estado e siga as instruções do site. [12] [13]
  2. É importante voltar a sentir-se seguro depois de ser assaltado ou ter sua casa invadida por ladrões. Repare os estragos estruturais e entre em contato com uma empresa de vigilância e segurança para que inspecionem pontos de vulnerabilidade como janelas e portas. Além disso, alerte seus vizinhos para o que aconteceu e ajude-os a tomarem as precauções necessárias para se manterem seguros. [14]
    • É uma boa ideia desenvolver um plano de segurança para você e sua família seguirem em situações de emergência futuras. Pense em deixar seus pertences de valor guardados em um lugar seguro, tenha um lugar pronto para mandar as crianças se esconderem se um ladrão entrar em casa.
  3. Pode ser difícil retomar à vida como ela era antes, mas é necessário. Passar por um trauma pode deixá-lo apreensivo nos dias que se seguirem e isso é normal. No entanto, você não pode deixar o medo tomar conta de sua vida. [15]
  4. . Não entre em uma espiral de autopiedade e estresse; passar por um evento traumático pode deixá-lo apreensivo demais. Para combater esse efeito, tente dormir bem todas as noites, tenha uma dieta equilibrada e exercite-se para fortalecer seu corpo e mente. Cuidar desses aspectos amenizará os sentimentos negativos que você está sentindo. [16]
  5. Recorra aos vizinhos, amigos e familiares para se recuperar. Caso haja algo que essas pessoas possam fazer para aliviar seu medo, seja honesto e fale. Não tenha medo de pedir ajuda. [17]
    • Você poderia pedir para um vizinho ficar de olho em sua casa enquanto sai da cidade, por exemplo.
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Dicas

  • Preste atenção nas pessoas que o rodeiam. Passar muito tempo com pessoas em quem não pode confiar pode levar a eventuais furtos e até coisas piores. Além disso, “Diga-me com quem andas e te direi quem és”; fique longe de confusão.
  • Seja gentil consigo mesmo. Em geral, quem rouba não tem a intenção de prejudicar alguém específico, portanto não leve o que aconteceu para o lado pessoal. Essa é uma situação inconveniente, mas pode acontecer com qualquer um.
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Avisos

  • Se a sua casa foi facilmente invadida, pense em maneiras para melhorar o sistema de segurança.
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