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Pássaros pequenos, alegres e fascinantes, os mandarins se originaram na Austrália. São sociáveis e, em condições ideais, devem ser criados em pares ou grupos. Sua canção é uma espécie de gorjeio e a plumagem pode ter diversas cores, entre elas: original, castanho claro, prateado, branco (em pássaros albinos) e rajado. Uma vez que a expectativa de vida deles é de cinco anos, você deve pensar seriamente sobre o compromisso que vai assumir ao adotar um pássaro desta espécie. Jamais adquira um animal assim por impulso. Se você deseja criar e cruzar mandarins, descubra se haverá espaço para criar os filhotes que não encontrarem um lar.

Método 1
Método 1 de 5:

Preparando sua casa para receber o mandarim

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  1. Antes de criar mandarins em cativeiro, pense com cuidado em todos os elementos envolvidos na equação. Ter um animal de estimação é uma grande responsabilidade.
    • Quando você precisar sair de casa, por exemplo, precisará encontrar alguém que tome conta das aves na sua ausência. Existe alguém que pode fazer isso por você?
    • Se o seu trabalho exige que você faça muitas viagens, pergunte a si mesmo se seria justo deixar essas aves, para quem o convívio social é tão importante, sozinhas por tanto tempo.
    • Verifique se o espaço é seguro para pássaros. Leve em consideração todas as questões práticas — se você é ou mora com algum fumante, se tem o hábito de queimar incensos e velas perfumadas, entre outros. Isso porque os mandarins são extremamente sensíveis a poluentes atmosféricos. A fumaça do cigarro, por exemplo, torna a criação de pássaros inviável. E o aroma de velas perfumadas penetra na plumagem das aves, o que elas acham irritante e as faz limpar as penas freneticamente na tentativa de se livrar do cheiro.
    • Verifique se você e sua família têm problemas de saúde. Quem tem o sistema imunológico debilitado (ou seja, recém-nascidos, idosos, pacientes de quimioterapia e portadores de doenças que suprimem o sistema imunológico) fica mais sujeito a contrair infecções convivendo com pássaros. Alguns pássaros carregam doenças como a salmonela e a clamídia. Embora eles mesmos não sejam afetados por elas, colocam em risco pessoas vulneráveis à sua volta. [1]
  2. Sem essa precaução, existe a chance de o mandarim escapar. Para conter uma ave desse tamanho, o espaço mínimo entre as barras deve ser de 12 mm.
    • Gaiolas para canários e outros modelos com intervalos grandes entre as barras são inadequadas para mandarins.
    • Visite a pet shop local e encontre a gaiola apropriada.
    • Dê preferência a um modelo largo, mas não tão alto (como uma gaiola para papagaio), uma vez que mandarins preferem voar no sentido horizontal.
  3. Distribua-os em alturas diferentes, de modo que os pássaros possam saltar de um para o outro.
    • Também é importante que os poleiros tenham espessuras diferentes. Os grupos musculares usados pelo mandarim para se agarrar a um poleiro estreito são diferentes dos que usa para se agarrar a um largo.
    • Não abarrote a gaiola de poleiros. Isso estimularia o pássaro a se mover saltando de um poleiro para o outro em vez de voando. [2]
    • Tipos de poleiro incluem: galhos, cordas, poleiros de plástico, varal e plantas vivas ou artificiais.
  4. Além do jornal, você também pode usar sobras de papel de impressora. O forro serve para impedir que fezes, resíduos de comida e água caiam do fundo da gaiola. Existem forros especiais à venda em pet shops, mas eles são caros e desnecessários.
    • Não use materiais ásperos — como lixa de papel — para forrar a gaiola, pois eles danificam as patas dos pássaros.
    • Também não forre a gaiola com palha de milho, cascas de nozes e aparas de cedro, que seriam prejudiciais se ingeridos pelos pássaros. [3]
  5. Mantenha seu pássaro distraído com decorações e brinquedos como balanços, sinos e escadas.
    • Se você tem apenas um mandarim, coloque um espelho na gaiola para que ele pense que está acompanhado. Por outro lado, isso não deve ser feito se você tem dois animais ou mais, pois os pássaros machos se sentiriam ameaçados. [4]
  6. Os pássaros poderiam enrolar-se nas cordas, o que causaria danos sérios e até fatais. Isso serve para qualquer espécie de ave, não só o mandarim.
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Método 2
Método 2 de 5:

Adquirindo o mandarim

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  1. Vá a uma pet shop ou criadouro especializado e escolha um pássaro de aspecto saudável, ativo, de olhos brilhantes e penas macias. Criadouros tendem a vender pássaros mais saudáveis que pet shops. [5]
    • Outra pista para a saúde do animal é o estado das fezes na gaiola. Fezes de animais saudáveis são consistentes e têm partes marrons e brancas. Já fezes amarelas, verdes ou completamente líquidas são anormais. Evite comprar qualquer animal de uma gaiola com fezes assim. [6]
  2. Uma respiração a cada dois segundos é uma frequência saudável. Já animais doentes respiram muito rapidamente e, uma vez que isso requer muito esforço, suas caudas se movem para cima e para baixo no mesmo ritmo.
    • Ademais, eles têm a plumagem desgrenhada e tendem a ficar sentados no poleiro ou no fundo da gaiola. Tudo isso sugere um pássaro doente, que deve ser evitado. [7]
  3. O mandarim é muito vocal e normalmente canta o dia todo. Antes de adquirir um, confira se o som que ele produz não é irritante para você. [8]
  4. A plumagem de cada um tem cores diferentes. Machos têm desenhos elaborados, uma mancha alaranjada em cada bochecha, listras no pescoço e pontos brancos nas laterais do corpo. Seus bicos são de um vermelho vivo. Fêmeas têm cores chapadas — cinza, na maioria das vezes — e bicos alaranjados. [9]
    • Filhotes têm penas cinza e bicos pretos. A coloração adulta começa a aparecer aproximadamente aos 90 dias de idade.
    • Duplas de animais do mesmo sexo formam vínculos fortes e são muito felizes juntos. [10]
  5. Como têm uma forte natureza comunitária, eles prosperam quando vivem acompanhados. Será necessário comprar um casal se você deseja que eles procriem. Para minimizar as disputas por espaço, nunca coloque mais do que um casal na mesma gaiola.
    • Se você vai montar uma pequena colônia, cada pássaro deve ter bastante espaço para voar e a gaiola não deve ficar superpovoada. Talvez seja necessário dividi-los em várias gaiolas ou montar um aviário.
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Método 3
Método 3 de 5:

Alimentando o mandarim

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  1. O mandarim é vegetariano. Na natureza, sua dieta consiste de grãos, vegetais e sementes. O alpiste pode ser comprado em pet shops e deve ser adquirido às poucas quantidades. Compre-o embalado de fábrica em caixas ou recipientes selados, que preservam o frescor e os nutrientes do alimento por mais tempo. Não compre comida a granel, que, por passar muito tempo exposta ao ar, acaba perdendo o frescor e o potencial nutritivo. [11]
  2. Pássaros desta espécie regulam instintivamente a comida que ingerem de acordo com suas necessidades e, portanto, nunca comerão em excesso. Assim sendo, deixe o comedouro do pássaro sempre cheio.
    • A única exceção a essa regra são as sementes de girassol — deliciosas, mas ricas em gordura. Quando as tem à disposição, o mandarim não consegue se controlar, correndo o risco de se tornar obeso. Faça da semente de girassol um petisco ocasional. [12]
  3. Estas aves também se alimentam de algumas comidas caseiras, como vegetais e migalhas de pão, mas evite carnes e alimentos apimentados ou doces.
    • Remova diariamente os alimentos perecíveis rejeitados pelo pássaro.
  4. Divida-a em dois recipientes: um aberto (como aquele que vem de fábrica com a gaiola) e um dispensador de água, preso às barras laterais da gaiola e em cuja base há um bico ou abertura por onde o pássaro bebe. [13]
    • Assim, o pássaro se acostuma a beber água de várias maneiras diferentes, o que é importante caso ele precise ser doado para outra pessoa no futuro. Se a água for oferecida apenas de uma maneira e o próximo dono o fizer de uma maneira diferente, a ave não saberá como beber água, o que poderia levá-la à desidratação.
    • Coloque água limpa e fresca na gaiola todos os dias.
  5. A concha interna do choco, um animal marinho similar à lula, é um suplemento de minerais como ferro e cálcio. O pássaro bica a parte macia da concha, ato que o ajuda a repor os níveis de cálcio e a afiar o bico. [14]
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Método 4
Método 4 de 5:

Tomando conta dos seus mandarins

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  1. Mesmo que vivam numa grande gaiola, pássaros precisam exercitar-se diariamente num espaço maior. Abra a gaiola apenas quando seus animais de estimação estiverem habituados à gaiola e ao cômodo em que vivem. Feche todas as portas e janelas antes de libertar os pássaros. [15]
    • Uma alternativa seria criá-los num grande aviário externo abrigado sob alguma cobertura. Dentro do aviário deve haver caixas e abrigos onde eles possam aninhar-se e passar a noite. Não deixe o viveiro exposto à chuva ou ao vento. Se você vive numa região de clima intenso, criar as aves dentro de casa é a melhor opção. [16]
  2. Por reagirem exageradamente a qualquer estímulo, mandarins ficam perturbados por movimentos e barulhos repentinos. Embora sejam pássaros bem resistentes, eles precisam viver num ambiente tranquilo.
  3. Por ser muito delicado, ele precisa de tempo para se acostumar ao toque humano. Segure-o por pouco tempo no início e aumente esse período gradativamente. Manuseie-o com carinho e delicadeza.
  4. Quando o animal estiver ferido ou doente, ponha a gaiola num ambiente mais quente e chame o veterinário imediatamente.
    • Recolhimento, plumagem desgrenhada, períodos de descanso maiores que o normal, respiração acelerada, cauda trêmula, silêncio, perda de peso, fezes líquidas e falta de apetite são alguns dos sinais de que há algo errado. [17]
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Método 5
Método 5 de 5:

Cruzando mandarins

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  1. O mandarim atinge a maturidade sexual aos três meses de idade, contudo recomenda-se esperar que eles cheguem aos seis meses antes de cruzá-los.
    • Se você tem espaço para criar vários pássaros, tudo bem ter mais fêmeas que machos. Mas se usa gaiolas pequenas, seria ideal deixar apenas um casal em cada uma. [18]
    • Quando está satisfeito, o macho canta uma música especial para a fêmea e se sacode no poleiro para impressioná-la.
  2. A mãe põe aproximadamente oito ovos, o que significa que haverá dez pássaros dividindo o mesmo espaço quando os ovos chocarem. Se o espaço for pouco, todos os animais ficarão nervosos, o que pode resultar na doença e até na morte de alguns deles. [19]
  3. Providencie vários ninhos limpos e novos, e o casal escolherá um dentre eles para abrigar sua nova família.
    • O mandarim prefere ninhos em formato de caixa, com uma única passagem de entrada.
    • Vime é o material ideal para a caixa. Contudo, esse material não pode ser desinfetado, e assim a caixa só poderá ser usada uma única vez. Descarte-a após cada ninhada e use uma nova na próxima vez em que a fêmea botar ovos. [20]
    • Comprar ninhos prontos numa pet shop é uma boa alternativa.
    • Forre o ninho com um substrato quente e confortável. Feno de grama é um bom material. Seja cauteloso com substratos industrializados à base de algodão (como forro de gaiola de hamster), que contêm fibras que podem se enrolar em volta do pescoço e das patas dos pássaros.
  4. Aves desta espécie querem sentir-se seguros no próprio ninho. Prenda a caixa o mais perto possível do forro da gaiola (e nunca perto da base).
  5. Encontre o lugar mais calmo e silencioso da sua casa e deixe a gaiola ali. Quaisquer ruídos, especialmente aqueles emitidos por animais de estimação como cães e gatos, poderiam levar o mandarim a imaginar que há um predador por perto.
  6. Sem perturbar o ninho, registre o número de ovos que a fêmea botou. É provável que ela bote aproximadamente oito ovos, um por dia.
    • Assim que postos os ovos, a fêmea começará a incubá-los. Mais tarde, os ovos serão incubados por ambos os pais em turnos alternados, e chocarão depois de aproximadamente duas semanas.
  7. Se três semanas se passaram sem que algum dos ovos tenha chocado, tire-o do ninho rapidamente. Uma vez removidos os antigos ovos, a mãe botará outros.
    • Diferenciar os ovos novos dos não fertilizados é impossível, portanto, tente mantê-los separados.
    • Separe o casal entre as ninhadas. Assim, os pássaros poderão descansar antes do novo acasalamento.
  8. Depois de 21 dias, eles sairão do ninho para explorar o resto da gaiola. Às quatro semanas de idade, serão capazes de se alimentar por conta própria.
    • Às seis semanas, desenvolverão a plumagem e a coloração que terão quando adultos.
    • Os mandarins são ótimos pais e raramente precisam da ajuda humana para tomar conta dos filhotes.
  9. Quando a plumagem dos filhotes atingir a maturidade, coloque-os em outra gaiola.
    • Discuta a venda dos pintinhos com a loja de pássaros local. Você também pode tentar trocá-los por alpiste e suprimentos com uma pet shop.
  10. Se você pretende cruzar mandarins regularmente, identifique os filhotes com faixas coloridas permanentes. Elabore um sistema de cores para saber quem são os pais de cada um deles, o que lhe permitirá saber o grau de parentesco entre eles e evitar a endogamia no futuro.
    • Coloque a faixa na pata direita do pintinho aproximadamente aos oito dias de vida.
    • Os kits de identificação de pássaros podem ser adquiridos em lojas especializadas em criação de pássaros ou via internet. [21]
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Avisos

  • Se você não quiser mais o mandarim, não o liberte na natureza, pois ele não sobreviverá. Encontre alguém que possa adotá-lo se for impossível continuar a tomar conta dele.
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Referências

  1. ALDERTON, David. Ultimate Encyclopaedia of Caged and Aviary Birds .(Sem tradução para o português.)
  2. http://www.finchaviary.com/Accessories/Perches.htm
  3. http://www.birdsnways.com/wisdom/ww12eiii.htm
  4. http://www.ladygouldianfinch.com/features_toys.php
  5. http://santaclarafinchclub.org/articles/gettingstarted.html
  6. ALDERTON, David. Ultimate Encyclopaedia of Caged and Aviary Birds . (Sem tradução para o português.)
  7. ALDERTON, David. Ultimate Encyclopaedia of Caged and Aviary Birds . (Sem tradução para o português.)
  8. http://santaclarafinchclub.org/articles/gettingstarted.html
  9. http://www.efinch.com/species/zebra.htm
  1. http://www.bbc.co.uk/nature/14479670
  2. HANS; JURGEN. Zebra finches . (Sem tradução para o português.)
  3. Zebra finches . (Sem tradução para o português.)
  4. http://santaclarafinchclub.org/articles/settingup.html
  5. http://www.ladygouldianfinch.com/product_cuttlebone.php
  6. SAMUEL, Jennie. The easy approach to Finch Care . (Sem tradução para o português.)
  7. SAMUEL, Jennie. The easy approach to Finch Care . (Sem tradução para o português.)
  8. ALDERTON, David. Ultimate Encyclopaedia of Caged and Aviary Birds . (Sem tradução para o português.)
  9. HANS; JURGEN. Zebra finches . (Sem tradução para o português.)
  10. HANS; JURGEN. Zebra finches . (Sem tradução para o português.)
  11. HANS; JURGEN. Zebra finches . (Sem tradução para o português.)
  12. ALDERTON, David. Ultimate Encyclopaedia of Caged and Aviary Birds . (Sem tradução para o português.)

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