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Por mais que juntar núcleos familiares diferentes seja algo natural e lindo, às vezes as pessoas precisam de tempo para se ajustar a certas mudanças. Por exemplo: você acabou de se casar com uma pessoa que tem filhos? Então pode ser que seus enteados demorem um pouco para aceitar sua presença. Isto é comum — e estamos aqui para ajudar. Siga as dicas deste artigo para melhorar não só sua relação com os filhos do seu cônjuge, mas também o casamento em si. Apesar de as novidades mais drásticas demandarem mais paciência, você logo vai notar os primeiros efeitos positivos dos passos abaixo.

Question 1 de 8:

Enteados podem ser motivo de divórcio?

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  1. Mesmo que você esteja se sentindo inseguro com o relacionamento, não perca as esperanças. É comum que certos conflitos com enteados afetem até seu casamento, mas falar com seu cônjuge (esposa ou esposo) sobre os problemas que surgem no dia a dia sempre ajuda a resolver ou mitigar a situação. [1] Manifeste-se se você notar um ou mais dos seguintes exemplos:
    • Se seu cônjuge sempre defende os próprios filhos, não importa o que eles façam.
    • Se vocês sempre discutem por causa dos filhos um do outro.
    • Se seus enteados descontam em você a raiva e a frustração que sentem com a separação dos pais. [2]
    • Se seu cônjuge dá poder demais aos próprios filhos por se sentir culpado. [3]
  2. Concentre-se em criar uma base forte no seu relacionamento. Muitos casais mostram certa dificuldade de cultivar essas raízes, sobretudo quando cada um já tem filhos de outras relações. Reserve um tempo para sua vida conjugal, pois isso vai gerar um efeito cascata positivo em toda a nova família que está se formando. [4]
    • Comece conversando com seu cônjuge. Diga "Parece que nosso relacionamento não tá tão forte quanto era antes. Te amo muito, então quero que a gente dê prioridade ao casamento".
    • Reserve um tempo para ficar a sós com seu cônjuge, bem como tempo para cada um passar com os próprios filhos. É normal haver certa "competição" pela atenção e pelo afeto da pessoa, mas dá para organizar tudo de modo que ninguém se sinta excluído.
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Question 2 de 8:

Como sobreviver a um casamento com enteados?

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  1. Como os filhos são a prioridade de todo pai responsável, é normal você achar que precisa se concentrar nas necessidades deles antes de tudo. Ao mesmo tempo, um casamento saudável acaba gerando uma família mais harmônica. Por isso, passe mais tempo a sós com seu cônjuge — sem que vocês deixem suas respectivas responsabilidades parentais de lado. [5]
    • Passe um tempinho a sós com seu cônjuge todos os dias, nem que seja por 20 ou 30 minutos.
    • Reserve uma noite da semana para vocês terem um encontro a dois.
    • Lembre-se de que vocês estão juntos para a vida inteira! Seus filhos vão crescer e sair de casa, mas vocês sempre vão estar ao lado um do outro.
  2. Você precisa passar um tempo só com seu cônjuge para fortalecer seus laços afetivos. Mesmo assim, conviver com a família tem a mesma importância. Além de reservar uma noite da semana para um encontro de casal, programe atividades para vocês e as crianças a cada sete ou 15 dias, dependendo da divisão da guarda entre você e sua ou seu ex. O importante é tentar criar lembranças positivas para todos. [6]
    • Se você compartilha a guarda dos filhos com sua ou seu ex, programe as atividades de casal para os fins de semana em que eles não estiverem sob sua responsabilidade. Se a guarda é apenas sua, peça para algum amigo ou familiar próximo cuidar das crianças (ou até contrate uma babá de confiança).
    • Se seu cônjuge tem guarda exclusiva ou majoritária dos próprios filhos, planeje uma atividade divertida e que inclua todos nos fins de semana: sair para passear, fazer uma noite de jogos de tabuleiro em casa, ir comer pizza etc.
    • Caso seu cônjuge pegue os filhos a cada 15 dias, prepare um evento divertido para a família inteira quando eles chegarem.
  3. Estabelecer regras e cobrar disciplina estão entre os principais motivos de conflitos em famílias que incluem enteados. Pode ser que os filhos do seu cônjuge não vejam você como uma figura paterna ou materna — e, portanto, não sigam suas "regras". É por isso que é importante definir limites como casal para que todas as crianças sigam. No começo, faça isso apenas com os seus filhos (e deixe seu cônjuge educar os dele ). [7]
    • Você pode dizer ao seu cônjuge: "Eu tô com dificuldade para colocar as regras em prática quando você não tá por perto. Acho melhor você cuidar dessa parte com os meninos até eles me verem como uma figura paterna [ou materna].".
    • Por exemplo: vocês podem chegar juntos à conclusão de que as crianças têm que tratar umas às outras com educação, usar uma linguagem de respeito e não pegar o que não é delas. Se seu enteado falar algum palavrão, diga "Lembra do que seu pai [ou sua mãe] disse sobre palavrão?". Depois, espere seu cônjuge terminar de resolver a situação quando ele chegar.
    • É provável que seus enteados comecem a respeitar sua autoridade quando passarem a ver você como uma figura paterna ou materna. O único porém é que isso pode demorar de três a cinco anos para acontecer — ou até mais, caso os jovens sejam adolescentes. [8]
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Question 3 de 8:

Por que meus enteados não gostam de mim?

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  1. Tente se colocar no lugar deles por um momento: passar pelo divórcio dos pais, pela mudança de casa e pelo processo de ajuste a um núcleo familiar diferente é uma experiência complicada. Sendo assim, a mágoa e a raiva que eles estão sentindo tem justificativa. Tente não levar as coisas que eles disserem ou fizerem para o lado pessoal. [9]
    • É lógico que ser maltratado pelos enteados é péssimo. Você pode ser o melhor padrasto ou madrasta do mundo, mas ainda sentir a raiva deles vindo na sua direção. Mesmo assim, não se esqueça de que eles só não sabem para onde direcionar o que estão sentindo.
    • Se seus enteados são pequenos, convide-os para brincar e mostre que quer ser amigo deles. Se são adolescentes, peça ajuda a eles na hora de decidir como as coisas vão funcionar na sua nova casa. Se são adultos, trate-os como se fosse um amigo — não como padrasto ou madrasta.
  2. Da mesma forma como você decerto se sente impotente para mudar seus enteados, eles também podem se sentir assim quanto ao seu casamento. Pense: nenhum deles teve poder de decisão no fim da relação dos pais ou no início do seu relacionamento com a mãe ou o pai deles. Essa sensação de mãos atadas é muito comum. [10]
    • Dê aos seus enteados tempo para processar o que está acontecendo. Muitas pessoas no seu lugar criam expectativas mirabolantes para a nova família que estão construindo, mas é melhor ser realista: não espere que os filhos do seu cônjuge aceitem todas as mudanças logo de cara.
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Question 4 de 8:

Como eu faço para melhorar a relação com meus enteados?

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  1. Você e seus enteados podem muito bem cultivar um relacionamento fantástico com o tempo! Convide-os para fazer atividades divertidas, além de mostrar interesse pela vida de cada um. Mesmo que eles recusem suas ofertas a princípio, continue tentando: aos poucos, eles vão começar a sentir seu carinho e se abrir. [11]
    • Seus enteados são crianças? Convide-os para brincar! Você pode falar coisas como "Vi que a Lego lançou um kit do último filme da Marvel. Vamos comprar e tentar montar?" ou "Gostei da casa da sua boneca! Posso brincar com vocês?".
    • Seus enteados são adolescentes? Tente se envolver na vida deles! Diga "Seu pai disse que você tem uma festa de 15 anos sábado. Precisa de ajuda pra se arrumar?", "Sua mãe disse que você entrou no time de futebol da escola! Quer ajuda pra treinar?" ou "Aconteceu alguma coisa? Você parece chateado".
    • Seus enteados são adultos? Tente ser amigo deles! Diga "Você quer sair pra almoçar no sábado?" ou "Acabaram de inaugurar uma nova exposição no museu. Você quer ir comigo?".
  2. Você está com dificuldade para disciplinar seus enteados? Bem-vindo ao clube! Isso é muito comum. De modo geral, não tente agir como pai (ou mesmo professor). O ideal é tentar cultivar uma relação positiva com os jovens e estar por perto quando eles precisarem de ajuda ou um ombro amigo. Sempre que surgir algum problema, deixe seu cônjuge resolvê-lo. [12]
    • Se um dos seus enteados descumprir uma regra, diga "Você sabe que sua mãe não gosta que ninguém coma no sofá. A gente precisa respeitar as regras da casa.". Não faça mais nada — só explique o que aconteceu à sua esposa quando ela chegar.
    • Se você se tornar padrasto ou madrasta de uma criança pequena, pode ser que ela aceite sua presença parental dentro de alguns anos. Só então comece a fazer imposições em termos de disciplina. [13]
  3. Tanto você quanto seus enteados merecem ser tratados com educação e respeito. Infelizmente, eles podem demorar um pouco para entender isso. Continue sendo a melhor pessoa possível. Na maioria das vezes, isso ajuda a criar uma relação sólida. [14]
    • Ainda que seus enteados nunca tratem você bem, continue a ser gentil e mostrar respeito por eles — para mostrar seu esforço ao seu cônjuge. No mínimo, isso vai fortalecer seu casamento.
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Question 5 de 8:

Como eu posso facilitar a convivência de irmãos de criação?

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  1. Seus filhos sempre foram suas prioridades, então é normal você se preocupar mais com as necessidades deles no momento. O problema é que isso pode provocar alguns conflitos, gerando o risco de seus enteados se sentirem excluídos. Converse com seu cônjuge para que os dois pensem em uma forma de dar espaço e impor as mesmas regras para todos na casa. [15]
    • Planeje algumas atividades divertidas para a família toda! Faça noites de jogos de tabuleiro, passeios, sessões de cinema em casa etc.
    • Quando houver algum conflito entre seus filhos e enteados, ouça todos os lados antes de resolver a situação. Além disso, envolva seu cônjuge, pelo menos a princípio, para que ninguém se sinta injustiçado.
  2. Por mais que conviver em família seja importante, os pais também precisam passar um tempo com seus respectivos filhos. Isto faz com que eles se sintam valorizados, e também evita sentimentos de negligência por causa da mistura dos núcleos diferentes. [16]
    • Por exemplo: você e seu cônjuge podem reservar um sábado de cada mês para levar seus respectivos filhos para passear sozinhos. No fim do dia, é legal que todos se reúnam e façam algo em família.
    • Crie o hábito de perguntar como seus filhos estão de vez em quando. Diga "Você tá gostando de conviver com os meninos?".
  3. Ter uma rotina definida é essencial não apenas para o desenvolvimento de crianças e adolescentes, mas também para a família como um todo. Peça ajuda tanto aos seus filhos quanto aos enteados para elaborar um "programa" de atividades e hábitos específicos! [17]
    • Por exemplo: você pode criar uma rotina para as tarefas domésticas, os estudos e a hora de ir dormir.
    • Em se tratando de rituais, comece com coisas como jantares em família ou passeios às tardes de sábado. Aos poucos, passe a preparar atividades e eventos como viagens de fim de ano.
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Question 6 de 8:

O que um padrasto ou madrasta jamais pode fazer?

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  1. Pode ser que o pai ou a mãe dos seus enteados dificulte a sua vida conjugal e familiar, inclusive magoando os próprios filhos. Mesmo se isso acontecer, não fale mal dessa pessoa: é melhor desabafar com algum amigo de confiança. [18]
    • Isso se complica se essa pessoa estiver pisando na bola para valer, como se deixar de buscar os próprios filhos quando chegar sua vez de passar o fim de semana com eles. Você até pode consolar os jovens, mas guarde suas opiniões para si próprio.
    • Se você precisar desabafar sobre a pessoa, converse com um amigo ou familiar de confiança. Escolha alguém que nunca vá comentar sobre o assunto com seus enteados.
  2. No início, é normal você se sentir excluído de atividades familiares com seu cônjuge e os filhos — principalmente se não tem filhos seus. Não se preocupe: as coisas melhoram com o tempo. O importante é participar de jogos e brincadeiras, eventos, festas e outras ocasiões com todos. [19]
    • Por exemplo: vá às apresentações na escola, participe de reuniões da família geral, saia com todo mundo etc.
  3. É possível que seus enteados tratem você mal e descumpram as regras quando a mãe ou o pai não estiver por perto. Nesse caso, converse com seu cônjuge — nunca diretamente com os jovens. [20]
    • Diga "Eu quero ter uma relação de família com a Marina, mas ela continua descontando a raiva em mim. Outro dia, ela chegou a me xingar e jogar coisas na minha direção. Queria que você conversasse com ela pra definir alguns limites".
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Question 7 de 8:

É normal não gostar dos meus enteados?

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  1. Assim como a maioria dos padrastos e madrastas, talvez você tenha acreditado que seus enteados aceitariam a sua presença de uma vez — afinal, você faz de tudo para ser legal! Infelizmente, crianças e adolescentes demoram um pouco mais para se adaptar a esse tipo de circunstância. Em certas ocasiões, é normal não ser o maior "fã" deles a princípio. [21]
    • Não é nem preciso dizer, mas nunca fale aos seus enteados que você não gosta deles. Eles merecem seu amor e respeito!
  2. Pode ser difícil entender isso por enquanto, mas existem grandes chances de você e seus enteados se darem muito bem no futuro. Tenha paciência! Continue dando seu melhor e, aos poucos, eles vão se abrir. [22]
    • Seus enteados vão acabar cedendo, ainda mais se são muito pequenos.
    • Com adolescentes, é normal eles resistirem às suas investidas e buscarem independência. Ainda assim, continue tentando até ver resultados.
    • A história é outra com enteados adultos. Pode ser que eles nunca gostem de você de verdade, o que não quer dizer que não dê para todos se respeitarem.
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Question 8 de 8:

Quando é melhor eu terminar o relacionamento por causa dos meus enteados?

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  1. Em alguns casos raros, pode ser que seus enteados ajam com violência física ou verbal com você ou seus filhos. Infelizmente, essas situações não têm muita saída: coloque sua segurança em primeiro lugar e afaste-se desse ambiente o quanto antes. [23]
    • Converse com seu cônjuge se você sentir qualquer insegurança. Diga "Quando você não tá por perto, o Carlos me dá socos e chutes. Olha esses hematomas! Não quero desistir de nós, mas vou ter que ir embora se isso continuar".
  2. A vida de um padrasto ou madrasta não é fácil; às vezes, todo mundo precisa de uma forcinha. Um psicólogo é a melhor pessoa para ajudar você a processar suas emoções e entender seu novo papel, além de melhorar sua comunicação conjugal. Consulte alguém assim se você estiver pensando em terminar o casamento. [24]
    • Busque um terapeuta de qualidade na sua área.
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Dicas

  • Se você não tem filhos, programe atividades divertidas para fazer por conta própria enquanto seu cônjuge (esposa ou esposo) sai com os dele. Ninguém é obrigado a ficar entediado nessas horas!
  • Tenha paciência! Muitos filhos têm uma reação de resistência quando seus pais se casam com pessoas diferentes, já que sentem que estão perdendo o "controle" que achavam que tinham sobre a situação. Eles precisam de tempo para se ajustar. [25]
  • Crie novas tradições em família! Pergunte aos seus filhos e enteados o que eles mais gostam de fazer e junte tudo em uma nova série de hábitos. [26]
  • Fazer terapia em família é uma boa estratégia para resolver problemas sérios e que tenham impacto sobre todos. Busque um terapeuta se vocês não estiverem conseguindo se comunicar e se seu casamento estiver pagando o preço. [27]
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Avisos

  • Não mostre preferência pelos seus filhos em relação aos seus enteados. Todos eles merecem ser amados, valorizados e ouvidos! [28]
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  1. https://childmind.org/article/navigating-the-challenges-of-stepfamily-life/
  2. https://www.helpguide.org/articles/parenting-family/step-parenting-blended-families.htm
  3. https://www.survivedivorce.com/step-parenting
  4. https://childmind.org/article/navigating-the-challenges-of-stepfamily-life/
  5. https://www.helpguide.org/articles/parenting-family/step-parenting-blended-families.htm
  6. https://www.helpguide.org/articles/parenting-family/step-parenting-blended-families.htm
  7. https://www.helpguide.org/articles/parenting-family/step-parenting-blended-families.htm
  8. https://childmind.org/article/navigating-the-challenges-of-stepfamily-life/
  9. https://kidshealth.org/en/parents/stepparent.html
  10. https://childmind.org/article/navigating-the-challenges-of-stepfamily-life/
  11. https://www.apa.org/monitor/dec05/stepfamily
  12. https://childmind.org/article/navigating-the-challenges-of-stepfamily-life/
  13. https://childmind.org/article/tips-for-blended-families/
  14. https://www.focusonyourchild.com/when-to-leave-because-of-stepchild/
  15. https://www.helpguide.org/articles/parenting-family/step-parenting-blended-families.htm
  16. https://www.helpguide.org/articles/parenting-family/step-parenting-blended-families.htm
  17. https://childmind.org/article/navigating-the-challenges-of-stepfamily-life/
  18. https://www.helpguide.org/articles/parenting-family/step-parenting-blended-families.htm
  19. https://www.helpguide.org/articles/parenting-family/step-parenting-blended-families.htm

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