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É muito frustrante lidar com uma parceira ou um parceiro ultrassensível, carente e que precisa de afirmações de afeto constantes. Se isso vale para o seu relacionamento, pode ser que a pessoa tenha traços do estilo conhecido como "apego ansioso". Muitas vezes, esses traços surgem quando não se recebe o amor e a segurança necessários na infância e na adolescência — o que, por sua vez, gera problemas de confiança que afetam a vida amorosa na fase adulta. [1] Felizmente, o problema tem algumas soluções: você pode ajustar a sua forma de se comunicar e tentar ter mais paciência e empatia para tornar a relação muito mais saudável e estável!

Método 1
Método 1 de 3:

Positividade e confiança

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  1. Uma das melhores formas de ajudar a sua parceira (ou o seu parceiro) a se sentir mais segura é dizer o quanto você é grato pela presença dela na sua vida! Pense em elogios sempre que possível — até quando ela fizer coisas simples e comuns. [2]
    • Você pode dizer coisas como "Muito obrigado por ouvir o meu desabafo sobre o trabalho hoje. Meu dia ficou muito melhor" ou "Nossa, aquele jantar que você fez tava delicioso. Obrigado por tudo".
    • Dá até para você agradecer à pessoa simplesmente por existir na sua vida, como "Te ver quando eu chego em casa é a melhor parte do meu dia. Obrigado por estar sempre por perto!".
  2. Quem tem o estilo do apego ansioso vive com medo de ser rejeitado pelas pessoas que ama. [3] Por mais que os seus sentimentos sejam óbvios para você, não custa reafirmá-los para a sua parceira de vez em quando. Tente dizer "Eu te amo" pelo menos uma vez por dia! Essas três palavrinhas podem fazer total diferença.
    • Se você tem dificuldade de dizer "Eu te amo" — ou ainda não está nesse nível de proximidade —, experimente algo como "Você é muito importante pra mim" ou "Eu adoro ficar com você".
    • Você pode ainda demonstrar os seus sentimentos por meio de gestos: dar presentes e lembrancinhas, escrever bilhetes carinhosos, oferecer ajuda por livre e espontânea vontade etc.
    • E não se esqueça dos sinais físicos de afeto! Sorria sempre que puder e encha a pessoa de beijos, abraços e outros tipos de contato.
  3. Quem tem o estilo de apego ansioso costuma ter certa dificuldade para confiar nos outros. Por mais que você diga à pessoa que a ama, pode ser que ela não consiga acreditar tanto. [4] Pensando assim, seja consistente e coerente no seu comportamento e sempre cumpra com a sua palavra.
    • Por exemplo: se você marcar de encontrar a sua parceira em um horário específico, apareça nesse horário . Caso haja algum imprevisto, pelo menos ligue ou mande mensagem para ela explicando o que aconteceu.
    • Não desapareça sem dar satisfação. Se você souber que não vai conseguir responder às mensagens da sua parceira por algumas horas ou mesmo alguns dias, avise com antecedência.
  4. No fundo, o estilo do apego ansioso surge por causa da falta de autoconfiança. Mesmo que você não tenha muito poder de influência nesse quesito, ainda dá para incentivar a sua parceira a se dedicar a objetivos e sonhos próprios. Quanto mais ela se envolver com coisas que estejam fora do relacionamento, maior vai ser o efeito positivo dentro dele! [5]
    • Por exemplo: se você sabe que a sua parceira tem uma veia artística, incentive-a a se matricular em um curso de pintura. Além de isso mostrar o quanto você a apoia, o processo de aprender e criar pode fazer muito bem à confiança dela.
  5. Perguntar à sua parceira do que ela precisa ou o que quer é um jeito legal de trazer conforto e tranquilidade ao coração dela, bem como de ter uma ideia mais clara do que está acontecendo no momento. [6] Diga algo como "Eu sei que você tá ansiosa e insegura em relação à gente. O que eu posso fazer pra te tranquilizar?".
    • Ouça com atenção o que ela tem a dizer e prepare-se para tirar as dúvidas que surgirem. Por exemplo: "Sinto que você queria que eu me lembrasse de perguntar como foi o seu dia. É isso?".
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Método 2
Método 2 de 3:

Empatia e compreensão

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  1. Mesmo que a sua parceira (ou o seu parceiro) pareça carente, ciumenta ou desconfiada em relação a você, evite ficar na defensiva. É melhor fazer algumas perguntas que ajudem a entender a origem de toda essa insegurança e ansiedade. [7] Incentive-a a explicar do que ela tem medo e de onde esses sentimentos negativos vêm.
    • Por exemplo: diga algo como "O que você tem medo que aconteça quando eu saio com meus amigos?" ou "Por que você fica tão magoada quando eu não atendo o telefone no trabalho?".
    • Use um tom de voz calmo e positivo, além de pensar bem nas suas palavras — para não passar a impressão de que você está caçoando dos medos ou acusando a sua parceira de algo. Evite falar coisas do tipo "Por que você não para de pegar no meu pé?" e "E daí?".
    • Pode ser que a pessoa fique mais consciente de si própria quando tiver a oportunidade de falar do que sente sem ser julgada. Isso é muito importante no combate à insegurança e à ansiedade!
  2. Ter empatia é indispensável em qualquer relacionamento. Se a ansiedade da sua parceira incomoda você, pare por um instante e tente se colocar no lugar dela: o que será que ela sente? Talvez seja mais fácil reagir às situações do dia a dia depois desse momento de reflexão. [8]
    • Por exemplo: talvez a sua parceira fique magoada porque você não perguntou como foi o dia dela. Nesse caso, pense "Eu entendo que ficou parecendo que eu não tô nem aí, mesmo não sendo a minha intenção. Isso deve doer bastante". [9]
  3. Em vez de tentar "consertar" os medos da pessoa ou dizer que ela não precisa se preocupar, é melhor você mostrar a ela que todas essas emoções são completamente válidas — mesmo que você discorde dos motivos que as trazem à tona. Basta reconhecer a validade desses sentimentos sem fazer juízos de valor. [10]
    • Por exemplo: diga "Eu sei que você fica muito ansiosa e magoada quando eu saio e não dou notícias por um tempo. Imagino que essa incerteza cause um medo danado".
  4. Qualquer casal discute de vez em quando, mas a coisa fica ainda mais estressante quando um dos envolvidos tem o estilo de apego ansioso. Sendo assim, aprenda a usar as técnicas corretas para evitar que a sua parceira se sinta menosprezada ou ignorada. Veja só: [11]
    • Preste atenção ao que a pessoa pode estar sentindo.
    • Vire o corpo da direção da pessoa e faça contato visual com ela. Isso mostra que você está concentrado.
    • Seja bastante tolerante ao que a pessoa disser, mesmo que você não concorde. E é claro que isso não quer dizer que um de vocês tem o direito de partir para a agressão!
    • Faça o possível para se colocar no lugar da pessoa e entender do que ela está falando.
    • Tente não ficar na defensiva. O ideal é que você admita a sua parcela de responsabilidade, como "Você tá certa. Eu nem sempre me lembro de perguntar como foi o seu dia".
    • Tenha empatia pela pessoa, como "Imagino que isso seja doloroso e frustrante".
  5. Se você nunca namorou ninguém que tivesse o estilo de apego ansioso, pode ser difícil entender o comportamento da sua parceira. Nesse caso, leia livros e artigos acadêmicos sobre a teoria do apego para entender melhor o que acontece na vida dela. Isso também vai ajudar você a se familiarizar com o seu próprio estilo! [12]
    • Busque livros sobre a teoria do apego em livrarias digitais, como a Amazon.
    • Também é legal buscar artigos e pesquisas acadêmicas sobre o assunto. A plataforma SciELO é um bom exemplo de acervo digital gratuito.
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Método 3
Método 3 de 3:

Limites saudáveis

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  1. Tome cuidado para não se deixar ser absorvido demais pelas necessidades emocionais da sua parceira (ou do seu parceiro) e acabar se esquecendo das suas próprias! Nunca deixe de falar de assuntos que são importantes para você. [13] Seja claro e específico ao mesmo tempo que mostra o seu comprometimento com o bem-estar dela.
    • Por exemplo: diga "Eu trabalho até mais tarde às quartas-feiras, aí fico sem energia pra ficar conversando no telefone. Sei que você gosta muito dos nossos papos, mas será que podemos nos falar na quinta?".
    • Repetindo: tome cuidado com o seu tom de voz e as suas palavras. Pessoas com o estilo de apego ansioso costumam analisar e remoer tudo o que ouvem, muitas vezes chegando a conclusões erradas. Mantenha a calma e não faça acusação nenhuma.
    • Fale sempre da sua perspectiva, como "De vez em quando, eu preciso de um tempo pra relaxar sozinho". Nunca diga coisas do tipo "Você sempre pega no meu pé quando eu tô tentando relaxar".
  2. Alguns relacionamentos só funcionam na base da negociação e da resolução de problemas. Se a sua parceira não estiver conseguindo lidar com as suas vontades e expectativas, chame-a para conversar e pensar em formas de resolver a situação juntos. Deixe claro que esse trabalho em equipe é essencial para os dois. [14]
    • Por exemplo: diga "Eu sei que você fica muito sozinha quando eu tô trabalhando, mas não consigo responder suas mensagens durante o expediente. E se a gente combinar de eu te ligar todo dia na hora do almoço?".
    • Tente conversar com a pessoa em um momento no qual vocês dois estejam calmos. Isso reduz o risco de discussões e climas chatos!
  3. Por mais que as intenções da pessoa sejam boas, ela provavelmente vai se precipitar e extrapolar o limite do aceitável de vez em quando. Se isso acontecer, não perca as estribeiras: dê um toque nela para explicar que você acha esse tipo de limite importante. [15]
    • Fale coisas do tipo "Lembra que nós combinamos de não falar mais da minha ex? Acho que a gente tem que se concentrar no que nós estamos vivendo agora — o que é bem especial!".
    • Por outro lado, a situação é mais séria se a pessoa nem fizer muita questão de respeitar os seus limites. Nesse caso, talvez seja melhor buscar terapia de casal ou até terminar de uma vez.
  4. Como já dissemos, lidar com uma pessoa que tem o estilo de apego ansioso pode ser complicado. Por isso, você precisa também reservar um tempo para cuidar de si mesmo e fazer coisas que são importantes na sua vida. Isso vai se refletir no relacionamento e na vida da sua parceira! Veja alguns exemplos: [16]
    • Busque novos hobbies.
    • Passe mais tempo com amigos e familiares.
    • Cuide da sua saúde física: pratique exercícios, regule o sono etc.
    • Vá atrás de objetivos que sejam importantes para você, como concluir os estudos ou conseguir um emprego melhor.
  5. O estilo do apego ansioso não é brincadeira e, às vezes, pode causar problemas sérios em qualquer relacionamento amoroso. [17] Caso você queira tentar resolver a situação, mas não consiga entrar em nenhum acordo com a sua parceira, proponha que ela busque terapia — com você ou por conta própria. Explique que quer muito ficar com ela, mas que acha que está na hora de tentar conseguir ajuda profissional.
    • Não se preocupe: quase sempre é possível mudar o relacionamento para melhor, mesmo se um de vocês (ou os dois) tiver problemas ligados ao apego e à ansiedade. [18] Um bom terapeuta vai ajudar na busca por uma relação mais íntima e confiável.
    • Pode ser também que a pessoa consiga se entender melhor se fizer terapia sozinha. No entanto, a decisão cabe a ela: você até pode dar sugestões e opiniões, mas nunca tente forçar nada. [19]
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Dicas

  • As pessoas que têm o estilo do apego ansioso combinam mais com as que têm o estilo do apego seguro. Mas isso não quer dizer que estilos diferentes não dão certo! De todo modo, um bom terapeuta pode ajudar você a cultivar laços mais fortes com a sua parceira (ou o seu parceiro). [20]
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Avisos

  • Muitas pessoas com o estilo de apego ansioso mais forte têm reações negativas e sérias a certas situações. [21] Ponha um fim no relacionamento o quanto antes se a sua parceira (ou o seu parceiro) demonstrar comportamentos abusivos, possessivos ou agressivos! Por mais que seja difícil terminar, é o melhor a fazer — ainda que você precise de ajuda profissional ou de amigos.
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