É normal e saudável falar com si próprio. Seja apenas em sua mente ou em voz alta, é um ato que permite que cada um processe seus sentimentos de forma subconsciente, resolvendo problemas e analisando as possíveis saídas antes de tomar decisões. Infelizmente, aquela “voz na cabeça” pode ser incômoda e atrapalhar sua concentração. Não se preocupe: há várias maneiras de alterar o seu foco e acalmar esse hábito; no entanto, se ele chegar ao ponto de interferir de maneira negativa no seu dia a dia, você deverá consultar um especialista em saúde mental.
Passos
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Fale em voz alta para conseguir organizar seus pensamentos e superá-los. Muitas vezes, o diálogo interno é uma resposta natural quando confrontado com uma pergunta, problema ou decisão. Em vez de lutar contra isso continue conversando, mas em voz alta, mesmo que pareça bobo e estranho. Em breve, as “vozes na cabeça” vão sumir e você conseguirá resolver a situação. [1] X Fonte de pesquisa
- Esse processo se aplica também quando as vozes na consciência aparecem devido a uma decisão difícil ou pelo tédio. Caso desconfie que de fato ouve algo em sua mente, consulte um especialista em saúde psicológica para descobrir o que está acontecendo.
Dica: Falar em voz alta é a melhor opção quando estiver nervoso, ter que fazer uma escolha importante ou resolver um problema. Converter os pensamentos em fala fará com que consiga processar com maior facilidade suas ações a fim de se tranquilizar ou escolher a melhor saída. [2] X Fonte de pesquisa
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Preste atenção, mesmo que por alguns segundos, no que você está debatendo com si próprio, e não ignore. Todo mundo faz isso de vez em quando, principalmente ao tentar compreender o que está acontecendo ou ao analisar a melhor saída em uma questão importante, mas também como mecanismo de defesa contra o nervosismo. Tentar se distrair não vai fazer com que a situação melhore, mas ter ciência desse diálogo interno pode até fazer com que isso pare. Feche os olhos, siga esse raciocínio por cinco a dez segundos, e retome a tarefa anterior para ver se há alguma melhora. [3] X Fonte de pesquisa
- Ouvir a conversa que ocorre em sua mente permite tenha mais atenção em relação a ela. Ademais, isso fará com que você analise o que está falando, facilitando a compreensão do pensamento e encerrando a “autoconversa”.
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Emita qualquer tipo de som para interromper o diálogo em sua cabeça. Tente fazer qualquer barulho por 20 a 30 segundos e veja se a “voz” se acalma. O som do tique-taque de um relógio, de um motor acelerando ou de um avião decolando são boas opções. Talvez você perca o fio de raciocínio devido ao “estardalhaço” e se distraia. [4] X Fonte de pesquisa
- Parece meio tolo, mas essa é a intenção. A narração interna e os pensamentos particulares geralmente são complexos e muito elaborados, e os ruídos sem qualquer sentido têm a capacidade de atrapalhar o raciocínio e reorientar o seu estado mental.
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Analise seus sentidos e diga, em voz alta, o que sente. Outra forma de distrair o cérebro e focar em outra coisa é através de um “circuito sensorial”, uma técnica que consiste na avaliação de tudo que estiver sentindo no momento, falando isso em voz alta ou apenas em sua mente. Por exemplo: comece com “Eu estou vendo...” e descreva o que enxerga, “Estou sentindo o cheiro de...” e analise qual a fragrância do ar, repetindo também com o tato, a audição e o paladar. [5] X Fonte de pesquisa
- Saber como descrever o que os sentidos estão captando forçam com que você se mantenha presente e não deixe que a “self-talk” saia do controle.
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Faça meditação ou yoga para desembaralhar os pensamentos. Tanto a meditação quanto a yoga possibilitam que você tenha atenção plena e acalme os pensamentos descontrolados. Realize de 15 a 30 minutos de uma das atividades sempre que voz na cabeça começar a incomodá-lo. [6] X Fonte de pesquisa
- Caso seja um problema persistente, recomenda-se separar um tempinho, todos os dias, para meditar ou fazer yoga.
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Converse com outra pessoa para esquecer o que estava debatendo em sua mente. Falar com alguém permitirá que se mantenha mais apegado ao presente. Pode ser um colega de classe ou trabalho, um amigo, ou um parente, desde que você ouça com atenção as palavras do indivíduo e não foque de novo na autoconversa. [7] X Fonte de pesquisa
Dica: em muitos casos, as pessoas esquecem que existem milhares de possibilidades por aí, e que são apenas uma pequena parte de tudo. Interagir com qualquer um fará com que se sinta conectado e mais em sintonia com o mundo exterior.
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Faça algo divertido para acalmar esse hábito. Jogue um game, complete um caça-palavras ou caminhe em um parque; se a atividade ou projeto o entretém e o concentra em coisas positivas e felizes, ela será muito útil. Todo dia, dedique-se a esse hobby. [8] X Fonte de pesquisa
- Naturalmente, há indivíduos que usam a autoconversa para se criticarem, conseguirem lidar com a ansiedade e com dúvidas que possuem em relação a si próprios. Apesar de normal, exagerar pode levar à incapacidade de fazer decisões ou de relaxar. Recorrer a uma atividade que o entretém o colocará na direção de uma mentalidade positiva, expulsando os pensamentos negativos em sua mente.
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Substitua por pensamentos positivos a o hábito de conversar com si próprio abordando aspectos ruins. Quando a “self-talk” o deixa ansioso, nervoso ou indeciso, procure trocar essa linha de raciocínio por algo mais benéfico. Ter ciência dessa “conversa prejudicial” que você faz com si próprio e substituir por uma positiva, ou ao menos neutra, diminuirá a ansiedade e aumentará sua confiança. Sempre que perceber que está falando de forma interna e negativa em sua consciência, tente reformular as declarações. [9] X Fonte de pesquisa
- Por exemplo: se notar que pensou “Eu não faço nada certo”, pare e veja isso por outro ângulo, um que seja mais neutro (“Não sou um desastre. Erro algumas vezes, mas também já tive sucesso em muitas coisas. Nem tudo vai funcionar, mas eu preciso continuar tentando.")
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Procure um médico ou terapeuta se a autoconversa interferir com sua vida normal. Ao notar que a “voz na cabeça” não permite que realize os afazeres do dia a dia ou está deixando-o incapaz de ser feliz, busque um especialista em saúde mental. Papear com si próprio de modo depreciativo é um sintoma comum de vários distúrbios de saúde mental, que podem ser tratados. Busque um terapeuta, psicólogo ou psiquiatra para obter um diagnóstico preciso e dar início ao tratamento adequado. [10] X Fonte Confiável Mental Health Foundation Ir à fonte
- É possível que seja um transtorno de ansiedade quando isso impossibilita que realize tarefas básicas ou que tenha um bom rendimento nos estudos ou no trabalho.
- Por outro lado, se é uma conversa crítica ou muito negativa, talvez esteja sofrendo de depressão.
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Faça terapia para cuidar de sua saúde mental. Um clínico geral ou médico de família poderá, na consulta indicar um psicólogo para trabalhar e resolver os problemas enfrentados através de maneiras de lidar com os sintomas. O médico poderá recomendar um bom profissional, mas também vale a pena procurar por terapeutas ou psicólogos associados ao seu convênio. Será preciso realizar sessões ao menos uma vez por semana para, aos poucos, combater as manifestações negativas. [11] X Fonte de pesquisa
- Geralmente, as consultas são particulares, mas também podem ser sugeridas a arteterapia ou terapia em grupo. Na primeira, você reorganiza os pensamentos e as emoções na criação de arte e discutindo-a com o psicólogo, enquanto na segunda, o tratamento é realizado junto a outras pessoas, compartilhando seus problemas e ouvindo os delas.
Dica: Terapeutas e psicólogos são especialistas em saúde mental, habilitados para conversar com os pacientes sobre as questões mais particulares ou experiências traumáticas do passado. Não há nada com o que se envergonhar, já que ele é obrigado a manter sigilo médico, será compreensivo, empático e não vai julgar ninguém.
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Converse com sua família e seja honesto sobre a situação. Enfrentar um problema de saúde mental sozinho será muito ruim, mas isso não precisa sempre acontecer. Discuta o assunto com amigos próximos, pais, irmãos e companheiros, desde que se sinta à vontade. Todos que se importam com você vão apoiá-lo, facilitando muito com que cresça e supere o problema se abordar a condição de forma aberta. [12] X Fonte Confiável Mental Health Foundation Ir à fonte
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Você também pode consultar um psiquiatra para complementar o tratamento com medicação. Este será o último recurso, ao menos que algum distúrbio de saúde, como depressão ou esquizofrenia, seja diagnosticado, mas ele poderá ajudá-lo a se sentir bem novamente. Fale com um psiquiatra para avaliar as opções e descubra qual o melhor caminho de acordo com a situação. [13] X Fonte Confiável Mental Health Foundation Ir à fonte
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Procure um especialista em saúde mental se estiver ouvindo vozes. Quando houver sons que não podem ser distinguidas das vozes de pessoas reais, ou a que está em sua cabeça possuir uma personalidade distinta, você pode sofrer de um transtorno mental mais sério. Apenas um psicólogo ou psiquiatra poderá fazer o diagnóstico e traçar um plano de tratamento adequado para combater o problema. [14] X Fonte Confiável Mayo Clinic Ir à fonte
- O método para combater o distúrbio varia de acordo com o diagnóstico, mas pode incluir o uso de medicação.
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Dicas
- Conversar com si próprio, seja em voz alta ou apenas em sua mente, é normal. Desde que seja algo que não interfira com a sua vida, não será nada preocupante.
- Há pessoas que usam esse artifício para relembrarem algo. Por exemplo: ler uma lista de itens e falar — seja na mente ou verbalizando — para decorar os produtos que deverá comprar no mercado. É algo comum e nada fora do ordinário. [15] X Fonte de pesquisa
Referências
- ↑ https://www.theatlantic.com/science/archive/2016/11/figuring-out-how-and-why-we-talk-to-ourselves/508487/
- ↑ https://www.nbcnews.com/better/health/talking-yourself-normal-here-s-how-master-it-ncna918091
- ↑ https://www.theatlantic.com/science/archive/2016/11/figuring-out-how-and-why-we-talk-to-ourselves/508487/
- ↑ https://theconversation.com/is-talking-to-yourself-a-sign-of-mental-illness-an-expert-delivers-her-verdict-77058
- ↑ https://www.psychologytoday.com/us/blog/inviting-monkey-tea/201710/how-quiet-the-little-voice-in-your-head
- ↑ https://theconversation.com/is-talking-to-yourself-a-sign-of-mental-illness-an-expert-delivers-her-verdict-77058
- ↑ https://www.forbes.com/sites/alicegwalton/2014/08/19/7-science-backed-ways-to-get-out-of-your-head/#2ec535873273
- ↑ https://www.nbcnews.com/better/health/talking-yourself-normal-here-s-how-master-it-ncna918091
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- ↑ https://www.mentalhealth.org.uk/a-to-z/h/hearing-voices
- ↑ https://www.psychologytoday.com/us/blog/the-mindful-self-express/201204/when-the-voice-inside-your-head-turns-bad
- ↑ https://www.mentalhealth.org.uk/a-to-z/h/hearing-voices
- ↑ https://www.mentalhealth.org.uk/a-to-z/h/hearing-voices
- ↑ https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/schizophrenia/symptoms-causes/syc-20354443
- ↑ https://www.theatlantic.com/science/archive/2016/11/figuring-out-how-and-why-we-talk-to-ourselves/508487/