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Ficar com as pernas e os pés dormentes pode ser um pouco desconfortável, mas no geral não é motivo de preocupação. Isso acontece quando uma pessoa passa muito tempo sentada ou de pé na mesma posição e, na maioria das vezes, basta usar algumas técnicas básicas para reconquistar a sensação dentro de minutos. No entanto, se você não conseguir identificar a causa do problema — ou se ele persistir por mais de uma hora —, é melhor consultar um médico que consiga avaliar os sintomas, determinar o que causou o quadro e propor um tratamento. [1]

Método 1
Método 1 de 3:

Experimentando técnicas e soluções em casa

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  1. Diversos fatores podem causar dormência nas pernas e nos pés. Quanto mais deles você descartar, mais fácil vai ser tratar o quadro. [2]
    • Por exemplo: se você estava sentado com as pernas cruzadas, experimente descruzá-las e fazer alguns alongamentos; se estava com os pés apoiados no chão há muito tempo, mude de posição e veja se a sensação volta.
    • Dores crônicas ou agudas nas costas também podem causar dormência nas pernas e nos pés.

    Dica: veja se você encontra alguma picada ou mordida de inseto na sua pele, principalmente se tiver passado por algum lugar aberto e próximo à natureza. Alguns bichos liberam toxinas capazes de causar uma dormência temporária.

  2. Esfregue as partes dormentes das suas pernas e dos pés fazendo movimentos circulares. Experimente também apertar essas regiões de leve com os nós dos dedos. [3]
    • Tome cuidado para não exagerar na força da massagem. Você corre o risco de criar um hematoma — já que não está sentindo nada nas pernas ou nos pés e, por isso, não tem como saber se a pressão está forte demais.
  3. Roupas muito justas restringem a circulação do sangue até as pernas. O mesmo vale para calçados que ficam muito apertados nos pés. [4]
    • Se você estiver de meia ou meia-calça, veja se a costura da boca dela está marcando a sua pele. Nesse caso, o material decerto está cortando a circulação até os tornozelos e pés.
  4. É natural que as pernas e os pés fiquem dormentes quando passam muito tempo na mesma posição, sobretudo se estiverem cruzados ou apoiados no chão. Por isso, concentre o seu peso em regiões diferentes de vez em quando para estimular a circulação. [5]
    • De modo geral, tente mudar de posição antes de sentir qualquer dormência nas pernas ou nos pés. Você vai ficar mais confortável, além de evitar a dor e a frustração de ter que esperar os músculos "acordarem".
  5. A falta de vitaminas, também chamada de avitaminose, é mais uma das possíveis causas de dormência em regiões como braços, mãos, pernas e pés. Deficiências em vitaminas do complexo B, em particular, provocam ainda um problema de locomoção conhecido como ataxia. Por fim, a falta de potássio, cálcio e sódio é igualmente perigosa. [6]
    • A maioria das pessoas que apresentam falta da vitamina B12 tem problemas de saúde específicos ou passa anos a fio sem ingerir o nutriente (o que pode acontecer com vegetarianos ou veganos).
    • Se você não toma nenhum multivitamínico, incorpore um deles à sua rotina e veja se ajuda. No entanto, consulte um médico antes de mais nada se você já toma algum remédio ou suplemento.
    • Caso você tome algum multivitamínico, é pouco provável que a falta de vitaminas esteja causando a dormência. Ainda assim, consulte um médico e descubra se tudo está nos conformes.
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Método 2
Método 2 de 3:

Buscando atendimento médico

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  1. Embora a maioria dos casos de dormência nas pernas e nos pés tenha causas simples, eles podem ser indício de algum problema mais sério e que precisa de atendimento imediato — como um acidente vascular cerebral (AVC). Portanto, chame uma ambulância se você notar um ou mais dos seguintes sinais: [7]
    • Fraqueza ou incapacidade de se mexer.
    • Dor de cabeça forte e súbita.
    • Perda de controle da bexiga ou do intestino.
    • Confusão ou perda de consciência.
    • Dificuldade para falar ou mudanças na visão.
  2. Se as suas pernas e os seus pés continuarem ficando dormentes com frequência mesmo após as estratégias do método anterior, está na hora de consultar um médico. Explique o que está acontecendo, inclusive as circunstâncias em que o problema surge, quanto tempo ele dura e o que você fez para resolver ou evitar a situação. O médico vai tentar isolar a causa e propor um tratamento, o que deve dar conta dos sintomas. [8]
    • Diabetes tipo 2, síndrome do túnel do carpo e nervos comprimidos nas costas são alguns exemplos de quadros comuns que o médico pode tentar descartar.
    • Fale sobre os problemas de saúde, as lesões e as infecções que você tenha tido recentemente, explicando também como tratou cada coisa. Além disso, liste todos os remédios, suplementos e afins que você esteja tomando — pois a dormência pode ser efeito colateral de um deles. [9]
    • O médico pode ainda pedir informações sobre o seu histórico de saúde e o da sua família para saber se há risco de você ter um AVC.
  3. Dependendo do seu histórico de saúde e dos sintomas, o médico pode pedir alguns exames para determinar se o que causou a dormência foi alguma toxina, um metal pesado tóxico ou a falta de determinada vitamina. A partir dos resultados, ele vai recomendar suplementos ou medicamentos. [10]
    • Esses exames também servem para o médico averiguar se a sua tireoide e o seu fígado estão funcionando normalmente. Problemas nesses órgãos podem causar dormência nas pernas e nos pés.
    • Se o médico identificar alguma falta de vitamina, ele provavelmente vai indicar suplementos que regulem a situação. Tome tudo de acordo com as instruções para sentir os resultados dentro de alguns dias.

    Dica: o médico pode ainda pedir exames de imagem se achar que você está sob risco de AVC (ou mesmo mini-AVC). Tire todas as suas dúvidas para entender o que isso implica para a sua saúde em longo prazo.

  4. Nos estudos de condução nervosa, o médico distribui eletrodos em partes diferentes do corpo (no caso, as suas pernas). Cada um deles estimula um nervo e gera uma resposta muscular, a qual o profissional avalia. Esses exames causam um leve desconforto, mas não geram dor em si. [11]
    • De maneira geral, o médico só deve pedir um estudo de condução nervosa se não conseguir identificar a causa da dormência por outros meios.
    • Resultados anormais indicam que há danos neurais ou mesmo que algum nervo nas suas pernas foi destruído — e que é isso que causa a dormência. Pode ser ainda que o problema tenha relação com algo mais específico, como neuropatia diabética ou síndrome de Guillain-Barré.
    • Se o estudo apontar danos neurais, o médico vai tentar determinar e eliminar a causa do estrago. Depois do tratamento, os nervos provavelmente vão se recuperar e causar menos (ou nenhuma) dormência. Por exemplo: se você tiver sofrido danos porque a sua glicemia está alta, pense em formas de diminuir o açúcar no sangue e controlar o problema. [12]
  5. Dependendo do que o médico descobrir, ele pode receitar medicamentos que tratem a causa da dormência ou diminuam a falta de sensação em si. Cada situação pede um remédio específico, o que também varia de acordo com o seu estado de saúde e o seu estilo de vida geral. [13]
    • Por exemplo: se o médico descobrir que a dormência foi causada pela doença arterial periférica, talvez ele receite medicamentos que tratem os quadros que contribuem com a doença (colesterol elevado, pressão alta, glicemia em excesso etc.).
    • Antidepressivos e corticosteroides também podem ser usados no tratamento de problemas neurais em longo prazo. [14]
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Método 3
Método 3 de 3:

Evitando a dormência

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  1. Pratique exercícios e faça dieta para perder peso (se você está obeso). São consideradas obesas as pessoas que têm o índice de massa corporal (IMC) superior a 30. A obesidade reduz a circulação nas pernas e nos pés, levando à dormência. Além disso, quem também tem diabetes apresenta mais chances de desenvolver a neuropatia diabética — outra possível causa da dormência. [15]
    • O médico pode ajudar você a pensar em uma alimentação mais regrada e exercícios que contribuam com a perda de peso. Dependendo do caso, consulte também um nutricionista e um personal trainer.
    • Faça o possível para praticar pelo menos 30 minutos de exercícios cinco vezes por semana. Quanto à alimentação, ingira produtos integrais e coma mais frutas e vegetais.

    Dica: se suas pernas e seus pés costumam ficar dormentes com certa frequência, crie o hábito de caminhar, andar de bicicleta (normal ou ergométrica) ou fazer natação para mitigar o problema.

  2. Elabore um plano para parar de fumar (se você fuma). Fumar comprime e endurece as artérias, reduzindo a circulação até as pernas e os pés e causando dormência. Para piorar, o tabaco danifica os nervos. Se você fuma, converse com o médico sobre formas de cortar o vício gradualmente. [16]
    • É muito mais fácil parar de fumar usando técnicas da terapia de reposição de nicotina, como adesivos e gomas de mascar especiais, do que largar o cigarro de uma vez.
    • Experimente também adotar um novo hobby para ocupar as mãos e se distrair da vontade de acender um cigarro.
  3. Praticar atividades melhora a circulação e o condicionamento físico como um todo. Mesmo que não esteja acima do peso, é bom você fazer exercícios para se proteger de inúmeros problemas de saúde. [17]
    • Quanto mais ativo você for, melhor vai ser a sua circulação. Dê atenção especial aos exercícios aeróbicos, visto que eles levam mais sangue às pernas e aos pés.
    • Incorpore atividades ao seu dia a dia também. Por exemplo: troque o elevador pela escada, estacione o carro mais longe do seu destino etc.
  4. Terapias alternativas, como acupuntura e massoterapia, podem estimular a circulação nas pernas e nos pés — e, assim, reduzir a dormência. [18]
    • Marque uma consulta com um terapeuta e descreva os seus sintomas para ele determinar se consegue ajudar. Aproveite também para combinar detalhes como quantidade de sessões e valores.
    • A maioria dos planos de saúde não cobre esse tipo de terapia alternativa. Se você quiser experimentar algo do gênero, prepare-se para arcar com as despesas do seu próprio bolso.
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Avisos

  • Nunca comece a tomar vitaminas ou suplementos por conta própria ou interrompa o tratamento do médico sem receber novas orientações dele. [19]
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