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A alta quantidade de cálcio no sangue, ou hipercalcemia, pode acarretar complicações graves, como transtornos ósseos, renais, cerebrais ou cardíacos. Ao determinar que a contagem está alta, não use antiácidos ou suplementos com esse nutriente. Na maioria dos casos, a alta do cálcio está relacionada à hiperatividade das glândulas paratireoides. Por sorte, uma grande parcela de pacientes consegue tratar a hipercalcemia e os distúrbios na tireoide através de mudanças no estilo de vida, do uso de medicamentos e, dependendo do caso, por cirurgias.

Método 1
Método 1 de 3:

Adotando mudanças benéficas ao estilo de vida

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  1. Essa será a primeira orientação do médico após verificar o alto índice do nutriente no sangue, logo, pare de usar medicamentos de venda livre com cálcio na constituição. [1]
    • Peça para o médico indicar um multivitamínico que não tenha cálcio, em especial se ele for ministrado todos os dias.
    • Quem possui irritação estomacal deverá tomar um remédio sem cálcio, como o Pepsamar (hidróxido de alumínio) ou um sal de frutas, como Eno; ainda assim, consulte um médico para que ele faça o diagnóstico com precisão e prescreva o antiácido correto.
    • Confira outros medicamentos que você toma regularmente. Diuréticos à base de tiazida para tratar pressão baixa e terapias com carbonato de lítio aumentam os níveis de cálcio.

    Aviso: mesmo com a saúde “na ponta dos cascos”, o uso excessivo de suplementos ou antiácidos poderão ocasionar problemas médicos graves. Sempre consulte um especialista antes de tomar suplementos ou medicações. [2]

  2. Aumente a quantidade de água ingerida e evite (ou ao menos limite) o consumo de bebidas com cálcio, como o leite. Beber essa quantidade de água é uma excelente recomendação, pois ultrapassará os 2 L diários, mas respeite as recomendações do médico. [3]
    • A cor da urina é um bom indicativo do grau de hidratação do corpo: ela deve ser clara. Se estiver amarela-escura, você precisa beber mais líquidos.
    • Nunca espere até que fique com sede para beber; essa sensação apenas indica que está nos primeiros estágios de desidratação.
  3. Talvez seja necessário restringir ou cortar o nutriente de sua dieta, ao menos em curto-prazo. Laticínios são os produtos mais ricos em cálcio, logo, com a orientação do médico, diminua a ingestão ou não coma queijo e nem tome leite ou iogurte. [4]
    • Não coma mais de 1.000 mg de cálcio por dia.
    • Também são fontes de cálcio os legumes com folhas verdes, cereais fortificados com o componente, e leites sem lactose. Para a maioria das pessoas, o cálcio constitui uma parte importante de uma alimentação saudável, então, mais uma vez, ele deve ser limitado apenas sob orientação médica. [5]
  4. Às vezes, a hipercalcemia está associada ao sedentarismo; quando puder, separe pelo menos meia hora para atividades de intensidade baixa ou moderada todos os dias. Até mesmo subir e descer escadas, fazer leves caminhadas e andar de bicicleta já ajudará. [6]
    • Antes de iniciar uma nova rotina de exercícios, consulte um médico, em especial se possuir algum problema de saúde.
    • Caso tenha algum distúrbio que interfira em sua mobilidade, fale com um profissional da saúde para mais dicas sobre como se manter ativo mesmo com o excesso de cálcio.
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Método 2
Método 2 de 3:

Identificando a causa subjacente

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  1. Os altos índices de cálcio geralmente são diagnosticados através de exames de sangue de rotina; se houver alguma anormalidade, converse com o especialista sobre sua dieta e suplementos ou medicamentos que você usa. Informe-o em relação a manifestações incomuns e se há um histórico familiar de hipercalcemia, paratireoide ou câncer. [7]

    Sintomas de hipercalcemia: a maior parte das pessoas não apresenta sintomas, mas os altos índices do nutriente no sangue podem causar perda de apetite, náuseas, vômitos, muita sede, fraqueza muscular, dor e fraqueza nos ossos, cansaço e confusão. [8]

  2. Na maioria das vezes, o teste é feito através painel metabólico expandido (PME) ou painel metabólico básico (PMB); se os resultados iniciais indicaram alguma anormalidade, o médico poderá requisitar outro exame para verificar com maior precisão a quantidade de cálcio no sangue e na urina, confirmando os resultados. [9]
    • Como isso está relacionado à absorção do cálcio, o médico poderá requisitar também a verificação dos níveis de vitamina D no sangue.
    • Todos os exames não são invasivos, logo, não há razão para pânico! São iguais às análises de sangue e urina feitas de forma rotineira.
  3. Após constatar que os índices de cálcio estão acima do normal, o médico deverá requisitar o teste PTH para analisar a função das glândulas paratireoides. Nele, é coletada uma amostra de sangue e não deve haver necessidade de fazer jejum ou realizar qualquer preparação. [10]
    • As glândulas paratireoides são minúsculas, localizadas no pescoço, e ajudam a regular os índices de vitaminas e minerais no sangue. Cerca de 90% dos casos de hipercalcemia crônica são decorrentes do hiperparatireoidismo (quando essas glândulas são hiperativas). [11]
  4. Caso o nível de PTH esteja alto, o profissional poderá prescrever outros testes de imagem para analisar se houve o aumento de alguma das quatro glândulas paratireoides. Além disso, mesmo se não for constatada uma contagem anormal — ou ela estiver baixa —, é possível que ele indique exames para detectar alguns tipos de câncer, como de pulmão ou mama. [12]
    • A hipercalcemia raramente estará associada ao câncer, portanto, tente não se preocupar. É bem provável que você consiga controlar os altos índices de cálcio com medicamentos, mudanças no estilo de vida e a realização de checkups de rotina.
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Método 3
Método 3 de 3:

Controlando os altos índices de cálcio com tratamento médico

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  1. A hipercalcemia pode prejudicar os rins, o coração e o cérebro, com tratamento dispendido através do fornecimento de fluidos e diuréticos (que aumentam a frequência da urinação) via intravenosa. Ademais, a diálise será necessária quanto a alta quantidade de cálcio causar insuficiência renal. [13]
    • A hipercalcemia repentina e aguda pode ser decorrente de um problema médico subjacente ou pelo uso excessivo de suplementos de cálcio ou até antiácidos.
    • Alguns dos possíveis sintomas são: vômitos, diarreia, dores abdominais, tonturas, falta de equilíbrio e confusão. São manifestações que podem ser associadas com diversos distúrbios de saúde, logo, o ideal é consultar um médico para obter um diagnóstico correto. [14]
  2. Para muitos pacientes, o controle da hipercalcemia crônica envolve a mudança do estilo de vida ao mesmo tempo que os índices do nutriente são monitorados. Quando eles estiverem apenas um pouco acima do normal e não houver sintomas, o médico deverá recomendar que apenas um hemograma seja feito. [15]
    • O médico informará com que frequência esses exames devem ser realizados. Geralmente, será no intervalo de três a seis meses.
  3. Quando a hipercalcemia for moderada ou grave, pode ser necessário ministrar remédios em curto ou longo prazo; o fármaco depende da condição e dos sintomas de cada paciente. Dessa maneira, siga as orientações do especialista para não errar a dosagem. [16]
    • Para controlar os níveis de cálcio e evitar perda óssea, o especialista poderá prescrever um spray nasal com calcitonina, como o Seacalcit ou o Miacalcic. Aplique, diariamente, em uma narina, alternando entre a da direita e da esquerda a cada uso. Os possíveis efeitos colaterais são: náuseas, coriza e sangramento nasal. [17]
    • Ao detectar índices altos de PTH, o médico também prescreverá um calcimimético, como o cinacalcete (Mimpara). É mais comum que ele seja ministrado após as refeições, uma vez por dia e no mesmo horário. Os possíveis efeitos adversos são: irritação estomacal, tontura e fraqueza. [18]
    • Já quando o excesso de cálcio estiver ligado a um câncer, um bisfosfonato poderá ser receitado. Esse medicamento também está disponível em forma de comprimido ou para uso via intravenosa, ministrado uma vez por mês. Náuseas, azia e sintomas semelhantes à gripe são os efeitos adversos mais comuns. [19]
    • O médico também pode fazer a hidratação por via intravenosa.
  4. Pacientes que usam diuréticos tiazídicos ou fármacos para a pressão sanguínea poderão ter que usar um remédio fora do grupo dos tiazidas. Há outros remédios, como o lítio, que também levam ao surgimento de hipercalcemia, portanto, converse com seu médico e informe sobre o uso de demais medicações de venda livre ou não. [20]

    Aviso: nunca interrompa o uso de um medicamento controlado sem antes falar com seu médico.

  5. É mais frequente que apenas uma das quatro glândulas paratireoides sejam afetadas, e a cirurgia não deverá ser invasiva. Ainda que seja necessário permanecer hospitalizado durante uma noite, a alta médica deve acontecer no dia seguinte. [21]
    • É normal sofrer com dor de garganta por alguns dias e ter que comer alimentos líquidos e pastosos. A maioria dos pacientes precisará usar analgésicos por dois a três dias após a cirurgia.
    • Dependendo do grau de complexidade da intervenção cirúrgica, o médico provavelmente liberará a retomada das atividades cotidianas em menos de uma semana. [22]
    • O médico provavelmente recomendará cirurgia se seus níveis de cálcio forem exageradamente altos ou se você tiver osteoporose, fraturas nas vértebras, problemas crônicos nos rins, cálcio na urina, pedras nos rins ou se você tiver mais de cinquenta anos.
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Dicas

  • Por segurança, procure conselhos médicos antes de usar qualquer suplemento ou medicação de venda livre, em especial se já possui algum problema de saúde.
  • O cálcio é vital para o bom estado dos dentes e ossos, logo, não parece de consumir alimentos que o nutriente na constituição sem antes consultar um médico. [23]
  • Quem faz uso de tabaco deve tentar parar . Fumar pode interferir na absorção de cálcio e causar diversos problemas de saúde. [24]
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Avisos

  • Ministre os remédios, sejam eles de venda livre ou controlada, de acordo com a orientação médica ou da bula. Evite tomar uma dosagem maior de antiácidos ou suplementos de cálcio do que o recomendado. [25]
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