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Um término de relacionamento é difícil em qualquer idade, mas para adolescentes pode ser quase o fim do mundo. Para piorar a situação, a maioria dos adolescentes termina o namoro em público (na frente de outros colegas de escola, nas redes sociais), o que pode acabar envolvendo fofoca, rumores e mentiras. Tem uma filha dessa idade que acabou de terminar? Você pode ajudá-la a superar o coração partido. Fale com ela e deixe-a expressar os sentimentos sem julgá-la. Dê apoio emocional nas semanas seguintes, incentivando-a a sair de casa e dizendo que ela tem muita vida pela frente. Caso haja circunstâncias especiais, como depressão ou abuso, procure ajuda especializada.

Parte 1
Parte 1 de 3:

Deixando a sua filha falar

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  1. o que ela tem a dizer sem dar conselhos logo de cara. Quando uma pessoa está abalada tentando processar o que aconteceu, a última coisa que quer ouvir são conselhos. Dê espaço para a sua filha desabafar e se abrir. Ao sair falando como ela deve agir ou sentir, talvez a garota se feche e não queira compartilhar nada com você. [1]
    • Enquanto ela estiver falando, não fique pensando na resposta certa. Às vezes, não existe “o mais certo” a se dizer nessas situações. Prefira concentrar a sua atenção no que ela diz do que planejar uma resposta na cabeça.
    • Para sustentar o diálogo, repita o que ela disse e peça esclarecimentos em vez de oferecer o seu ponto de vista. Por exemplo: "Então você foi pega de surpresa porque o seu namorado terminou do nada?"
  2. Em algum momento da vida, todo mundo passa por um término difícil e depois segue em frente, mas não adianta falar isso para a sua filha enquanto ela ainda estiver chateada. A garota pode achar que você não leva os sentimentos dela a sério. Deixe-a se expressar à sua maneira, mesmo que pareça exagerada ou muito intensa. [2]
    • Basta ouvi-la e dar espaço para ela se abrir. Não tente força-la a se sentir melhor.
    • Talvez você tenha vontade de dizer: "Daqui a um ano, você não vai nem se lembrar mais dele." Mesmo que essa frase tenha uma pitada de verdade, ela não ajuda a sua filha no momento. O melhor a fazer é mostrar à menina que você está do lado dela e que se importa. Mais tarde, quando ela se acalmar um pouco, mostre que há outras formas de encarar a situação.
  3. Nunca proíba a sua filha de chorar nem faça pouco caso das lágrimas dela. O choro ajuda a processar as emoções e pode ser um momento bastante catártico, principalmente depois de um término difícil. Incentive-a a chorar se ela precisar, falando: "Não tem problema chorar, querida. Não vou julgá-la." [3]
  4. Mesmo que já não gostasse do namorado ou namorada da sua filha, prefira guardar essa informação para si. Na adolescência, os relacionamentos costumam ser imprevisíveis, ou seja, a sua filha pode acabar voltando com essa pessoa ou pode continuar gostando dela. Dessa forma, prefira não julgar. Não tome partido nesse momento, nem que a pessoa tenha agido de uma forma questionável. O tiro pode sair pela culatra.
    • O objetivo é que a sua filha se sinta à vontade para falar de relacionamentos com você, principalmente enquanto for novinha, certo? Se criticar o ex e eles voltarem, a menina não vai mais recorrer a você quando houver problemas no futuro.
    • Caso ela fale mal do ex, não alimente essa negatividade. Prefira dizer: "É normal ficar com raiva depois de um término."
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Parte 2
Parte 2 de 3:

Oferecendo um ombro

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  1. Esse passo é fundamental. Depois do susto inicial e da primeira conversa, fale que está sempre lá para conversar quando a sua filha quiser. Provavelmente, ela precisará falar nisso por mais alguns meses, portanto diga: "Se precisar conversar mais sobre o assunto, é só me falar."
  2. Depois que a menina superar a tristeza inicial, talvez ela queira outros pontos de vista sobre a situação. A essa altura, você pode falar sobre os seus namoros, ajudando-a a compreender que términos acontecem e que as pessoas são capazes de superá-los. [4]
    • Tente encontrar uma história parecida. Quase todo mundo passou por fins de relacionamento difíceis. Não se acanhe em compartilhar a sua história com a garota.
    • Essa abertura aprofunda os laços e a intimidade com a menina. Ter uma relação mais próxima pode ser muito bom caso haja dificuldades no futuro, fortalecendo ambos os lados.
  3. Quando a garota estiver calma e já conseguir enxergar a coisa toda com outros olhos, fale sobre o futuro dela de modo esperançoso: lembre-a de que tudo melhora com o tempo. No entanto, tome cuidado para não menosprezar o que ela está sentindo agora. [5]
    • Não fale: "Passei pelo mesmo quando tinha a sua idade e agora nem penso mais nisso. Você vai ficar bem."
    • Prefira reconhecer e validar o que ela sente e, ainda assim, dar esperanças, por exemplo: "Sei que está doendo muito agora, mas lembre-se de que nada é para sempre. Eu tive uma experiência parecida, mas depois encontrei outros relacionamentos melhores."
  4. Talvez ela queira ficar trancada no quarto por alguns dias. É normal querer se isolar um pouco depois de um término, mas não deixe esse isolamento se prolongar demais. Se ela continuar remoendo o relacionamento e o seu fim, com o tempo pode desenvolver outros problemas, como depressão. Incentive-a a dar continuidade à rotina e ver os amigos, o que ajuda a curar a ferida.
    • Tudo bem dar uma pausa nas atividades rotineiras por um tempo, mas saiba que ela deve voltar logo aos hobbies, esportes e à vida normal. Ao se ocupar, a menina tem menos tempo de ficar remoendo pensamentos obsessivos sobre o relacionamento e consegue entender melhor que a vida continua.
    • Que tal propor uma reunião de amigos na sua casa? Se as portas da sua casa estiverem abertas aos amigos dela, a sua filha pode ter mais vontade de socializar.
    • Ajude-a a manter os hobbies e atividades. Se a garota gosta de costurar, por exemplo, compre tecidos novos ou ajude-a a começar um projeto diferente. Caso ela adore passar um tempo ao ar livre, marque uma trilha em família.
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Parte 3
Parte 3 de 3:

Lidando com circunstâncias específicas

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  1. É normal ficar triste com o fim de um namoro e não são poucos os adolescentes que entram em depressão profunda com o término de relacionamentos românticos curtos. Observe sinais de que a reação da sua filha está anormal ou prolongada. Ela pode precisar de terapia. [6]
    • A terapia é indicada quando a tristeza extrema dura semanas ou meses e quando a pessoa perde o interesse nas atividades, chora o tempo todo e continua a se isolar.
    • Além disso, procure ajuda se a menina passar a se machucar ou usar drogas depois do fim do namoro.
  2. Na era da internet, muitos adolescentes acabam desabafando sobre os ex-namorados online. Se descobrir que esse é o caso da sua filha, principalmente se ela postar coisas constrangedoras sobre os dois, tenha uma conversa franca sobre o comportamento apropriado nas redes sociais.
    • Fale para ela pegar leve com as postagens, explicando o quanto esse compartilhamento de questões pessoais pode afetá-la no futuro. Sugira que ela dê um tempo com a tecnologia até ficar melhor.
    • Ela deve entender que falar mal do ex pode queimar a imagem dela. Incentive-a a se abrir com amigos próximos e familiares de confiança em vez de soltar a língua na internet.
  3. Quando um filho está triste, é normal que os pais também fiquem chateados. Ninguém gosta de ver o filho sofrendo, mas tente controlar as suas emoções ao falar com a menina. Você não quer preocupá-la ao tentar ajudar, não é mesmo?
    • Se precisar falar com alguém, abra o coração com o seu cônjuge ou com um amigo íntimo. Desabafar é bom para recuperar o controle das emoções e se fortalecer para ajudar a sua filha.
  4. Caso o namoro tenha sido abusivo física ou psicologicamente, a menina pode precisar de terapia para se recuperar. Procure um psicólogo especializado em adolescentes. Sessões regulares de terapia ajudam a sua filha a processar as emoções relacionadas a relacionamentos abusivos. [7]
    • Em alguns casos, pode ser necessário fazer um boletim de ocorrência em uma Delegacia da Mulher. [8]
    • Procure materiais sobre relacionamentos abusivos entre adolescentes na internet. [9]
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Dicas

  • Demonstre que você se importa. Esse assunto é muito delicado, portanto demonstre carinho e compreensão sempre.
  • Proponha que a sua filha converse com outras pessoas que passaram por essa fase para que ela entenda que não está sozinha nessa.
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Avisos

  • Não se intrometa. Caso a sua filha não se sinta à vontade para falar do assunto, afaste-se um pouco. Ela pode se abrir quando estiver pronta.
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