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As plaquetas são pequenos corpos celulares que circulam pela corrente sanguínea, tendo um papel importante na recuperação, na formação de coágulos e em outros processos físicos essenciais. Quem sofre de um problema médico chamado trombocitopenia tem níveis baixos de plaqueta no sangue, levando a sintomas que variam entre administráveis a graves. Tratamentos para esse problema podem incluir mudanças na dieta, medicamentos, cirurgias ou transfusões. Quando decidir um plano de tratamento, o conselho médico é valioso – jamais use um recurso online como substituto para um exame médico. Leia abaixo para obter mais informações.

Parte 1
Parte 1 de 3:

Compreendendo a trombocitopenia

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  1. O primeiro passo para compreender e tratar qualquer desordem médica (incluindo a trombocitopenia) é visitar o consultório médico. Além de diagnosticar acuradamente sua doença, o profissional médico também pode ajudá-lo a decidir um plano de tratamento que sirva às suas necessidades. Se seu médico acreditar que há um problema, ele/ela recomendará exames físicos e coletas de sangue para determinar seu nível de plaquetas.
    • Mesmo que tenha “certeza” de que seu nível de plaquetas é baixo, é altamente recomendável procurar uma opinião profissional antes de ir atrás de um plano de tratamento. Alguns dos sintomas de trombocitopenia não são únicos a desordem. Além disso, algumas vezes, um baixo nível de plaquetas não apresenta sintomas externos.
  2. A média normal de plaquetas no sangue é de 150.000 a 450.000 para cada microlitro de sangue. Níveis abaixo dessa média não causam, obrigatoriamente, sintomas perceptíveis. [1] Porém, até mesmo pacientes sem sintomas podem responder aos tratamentos, mostrando uma produção aumentada de plaquetas. Em muitos casos, porém, a trombocitopenia pode ser acompanhada de uma grande variedade de sintomas. Visto que as plaquetas estão envolvidas na formação de coágulos, muitos dos sintomas de alguém cujo sangue é deficiente são causados pela inabilidade do corpo de controlar sangramentos. Sintomas comuns da trombocitopenia são:
    • Sangramento prolongado de cortes pequenos e de arranhões, ou após cirurgias, etc.
    • Sangramentos pelo nariz.
    • Sangramento da boca ou das gengivas (especialmente após a escovação).
    • Sangramento menstrual extremamente intenso.
    • Sangue na urina ou nas fezes.
    • Machucados ou pequenas manchas vermelhas cujo surgimento é inexplicável.
  3. A trombocitopenia não tem uma causa única. Ela tem uma vasta variedade de origens naturais e artificiais. Ela pode até ser resultado de uma doença mais séria. Por causa disso, é especialmente importante investigar casos de trombocitopenia com seu médico para determinar a origem da doença. Eis algumas das causas comuns de trombocitopenia: [2]
    • Desordens genéticas adquiridas.
    • Problemas na medula (leucemia, etc.) ou disfunções.
    • Baço alargado/funcionando mal.
    • Efeitos colaterais de um medicamento ou tratamento (radiação, etc.).
    • Doenças autoimunes (lúpus, artrite, AIDS, ITP, etc.).
    • Infecções bacterianas no sangue.
    • Gravidez e parto (ainda que, nesses casos, a trombocitopenia é, normalmente, fraca).
    • TTP (Púrpura Trombocitopênica Trombótica), um problema raro em que as plaquetas do corpo são usadas quando múltiplos coágulos se formam pelo corpo.
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Parte 2
Parte 2 de 3:

Tratando a trombocitopenia medicamente

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  1. Visto que a trombocitopenia tem inúmeras causas possíveis, o plano de tratamento que seu médico lhe conferir variará de acordo com a causa de seu baixo nível de plaquetas. Algumas vezes, os planos de tratamento são relativamente simples – se seu médico determinar que sua trombocitopenia é um efeito colateral de algum medicamento, você talvez tenha que descontinuar o uso do mesmo ou trocá-lo.
    • Note que no caso de alguns anticoagulantes poderosos, como heparina, a contagem de plaquetas pode não aumentar após a interrupção. Talvez você tenha que tomar medicamentos adicionais para se recuperar.
  2. Médicos podem prescrever certos medicamentos para aumentar a produção de plaquetas e combater a trombocitopenia. Esses medicamentos, incluindo eltrombopag e romiplostim, surgem em várias formas. Eles podem ser encontrados como pílulas ou injeções. Tais medicamentos também podem ser fornecidos em conjunto com uma das muitas opções de tratamento para a trombocitopenia, dependendo da causa específica da doença.
  3. Esteroides podem reduzir o funcionamento do sistema imunológico do corpo. Por causa disso, eles são úteis para tratar a trombocitopenia causada por desordens autoimunes – uma desordem em que o sistema imunológico erroneamente ataca o próprio corpo em vez de lutar contra patógenos externos. Visto que esteroides enfraquecem o sistema imunológico, eles podem aliviar os efeitos de um caso de trombocitopenia gerada por doenças autoimunes. Porém, um sistema imunológico enfraquecido corre maiores riscos de infecção – portanto, tratamentos adicionais podem ser necessários para diminuir o perigo.
    • Note que os esteroides que os médicos prescrevem nesse caso (como a prednisona) são diferentes daqueles usados ilegalmente por atletas para melhorar a performance física.
    • Em casos mais extremos de trombocitopenia autoimune, um médico pode prescrever hemoglobina Intravenosa ou anticorpos para desacelerar a resposta imunológica do corpo. [3]
  4. Em desordens sanguíneas raras associadas à trombocitopenia (como TTP e síndrome Hemolítica-urêmica), médicos podem recomendar um procedimento envolvendo o tratamento do plasma de um paciente. O plasma é a porção do sangue que contém, entre outras coisas, anticorpos, os componentes que estão funcionando mal no sistema imunológico e que causam doenças autoimunes. Por causa disso, tratar ou trocar o plasma do paciente pode ser uma maneira eficiente de tratar desordens sanguíneas e doenças autoimunes. A troca de plasma e a plasmaferese são métodos parecidos, mas distintos, de tratar o plasma sanguíneo de um paciente.
    • Na troca de plasma, o sangue do paciente é separado em células sanguíneas e plasma. O plasma é descartado e substituído pelo de um doador, uma solução salina ou albumina. Isso é feito gradualmente para não remover sangue demais de um paciente de uma vez só.
    • Em plasmaferese, após ser separado das células sanguíneas, o plasma do paciente é tratado e devolvido ao corpo do mesmo. [4]
  5. Casos de trombocitopenia especialmente resistentes podem exigir uma cirurgia chamada esplenectomia, onde o médico remove o baço do corpo. Ainda que a função do baço não seja 100% compreendida, cientistas sabem que ele funciona como um filtro para o sangue, removendo glóbulos vermelhos e plaquetas da corrente sanguínea. Em alguns casos, o baço se alarga e remove mais plaquetas da corrente sanguínea que o normal, causando trombocitopenia. Uma esplenectomia pode remediar isso; porém, médicos geralmente tentarão opções mais conservadoras de tratamento, já que não há maneira de desfazer tal remoção.
    • Em média, esplenectomias são eficientes em 66% dos casos. Porém, com o tempo, é possível que a trombocitopenia retorne.
    • Pessoas com menos de 40 anos que passarem pela esplenectomia terão uma chance maior de aumentar o número de plaquetas no sangue.
    • Após a esplenectomia, o número de plaquetas normalmente ficará absurdamente alto, causando um problema chamado trombocitose. [5] Em casos graves e/ou prolongados, isso pode causar alguns problemas.
  6. Se tiver menos que 50.000 plaquetas por microlitro de sangue e estiver sofrendo de sangramentos ativos ou hemorragias, um médico pode recomendar uma transfusão de plaquetas. Alternativamente, se você tiver menos que 50.000 plaquetas por microlitro de sangue e não estiver sangrando, mas precisar fazer uma cirurgia, seu médico pode prescrever uma transfusão. Em qualquer caso, o médico insere uma agulha intravenosa em um vaso sanguíneo e o sangue saudável/plaquetas são levadas diretamente à corrente sanguínea.
    • Médicos podem prescrever uma transfusão mesmo quando você não está sangrando ou sem cirurgia marcada. Porém, isso normalmente é reservado para pacientes com menos de 10.000 plaquetas por microlitro de sangue. [6]
  7. Nem todos os casos de trombocitopenia exigem tratamento. Por exemplo, se seu número de plaquetas estiver baixo por você estar grávida, decida esperar até o bebe nascer para ver se a contagem aumenta. Casos fracos de trombocitopenia pode até não causar sintomas identificáveis – você pode nem sofrer com sangramentos. Em casos como esses, quando o problema tiver uma probabilidade alta de sumir num futuro próximo ou quando sua vida não for afetada de forma alguma, seu médico pode recomendar um plano de tratamento bastante conservador (ou inexistente).
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Parte 3
Parte 3 de 3:

Tratando a trombocitopenia com mudanças no estilo de vida

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  1. A Vitamina B12 e o ácido fólico são dois nutrientes necessários para a produção saudável de vários elementos do sangue, incluindo as plaquetas. [7] Visto que o corpo não pode armazenar muitos desses nutrientes, é importante garantir que você os consuma frequentemente. Para aumentar o estoque de vitamina B12 e ácido fólico de seu corpo, tome suplementos que contenham tais nutrientes ou coma alimentos ricos nessas vitaminas.
    • Alimentos como espinafre, frutas cítricas, kiwis e grãos secos são ricos em folato, enquanto ovos, leite, queijo, fígado e carneiro são ricos em vitamina B12.
  2. O álcool interfere na produção e no funcionamento das plaquetas. O efeito imediato do consumo do álcool (em usuários normais) é a diminuição da resposta das plaquetas 10 ou 20 minutos após a ingestão. [8] Porém, em alcoólatras, o funcionamento das plaquetas é aumentado, o que pode causar outros problemas de saúde. [9] De qualquer maneira, a redução do uso de álcool pode fazer o funcionamento das plaquetas voltar ao normal.
  3. Se você sofre de níveis baixos de plaquetas, evite sangramentos, que podem ser difíceis de parar e podem resultar em complicações potencialmente perigosas. Isso pode significar que você deve evitar esportes de contato, carpintaria, trabalho em construção, ou outras atividades físicas onde a chance de ferimentos é relativamente alta.
  4. Alguns medicamentos comuns, comercialmente disponíveis, especialmente os que contêm aspirina [10] ou ibuprofina, podem inibir a produção e o funcionamento de plaquetas. Por exemplo, a aspirina reduz a habilidades da plaqueta de se colarem ao impedir o funcionamento de certas estruturas proteicas cruciais. Isso inibe a formação de coágulos. [11] Nesses casos, seu médico pode recomendar que você pare de tomar esses medicamentos ou recomendar uma alternativa melhor.
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