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Você já pensou em criar o seu próprio RPG de mesa? Os jogos de RPG são ótimos para quem quer expressar a criatividade de maneira livre e divertida. Como existem RPGs de mesa dos mais variados gêneros, saber por onde começar pode ser difícil. Porém, não se desespere: antes de começar a criar o seu próprio jogo, dê uma olhada nas perguntas e respostas abaixo.

Question 1 de 11:

Como posso criar o meu próprio RPG de mesa?

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  1. Ao contrário dos jogos de tabuleiro tradicionais, como damas e xadrez, os RPGs de mesa giram em torno de uma premissa ou trama específica. Para criar o seu próprio RPG de mesa, a primeira coisa que você deve fazer é um textinho dizendo do que o jogo se trata e detalhando como você quer que seja a experiência dos jogadores. Depois, é hora de trabalhar nas mecânicas do jogo, ou seja, em como ele deve ser jogado. O jogo pode ser baseado tanto em dados comuns quanto em um baralho especial, entre várias outras opções. Para criar um sistema bem fechadinho, bole também um conjunto de recompensas e punições para motivar os jogadores ao longo da história, ou campanha. [1]
    • A premissa do jogo não precisa ser nada complicada. No Dungeons and Dragons , por exemplo, a premissa básica é lutar contra monstros para ganhar recompensas ou tesouros.
  2. Dê uma olhada em clássicos como o Dungeons and Dragons e o Call of Cthulhu . Ambos os jogos tiveram, pelo menos, cinco edições e contam com uma legião de fãs. [2] Porém, não deixe de se informar a respeito de jogos que deram errado, como o FATAL e o HYBRID . A maioria dos RPGs fracassados tem premissas e regras confusas. Estudá-las é uma ótima forma de descobrir o que não fazer na hora de criar um jogo. [3]
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Question 2 de 11:

Como posso bolar uma boa premissa?

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  1. Existem RPGs de mesa dos mais variados gêneros. Embora o Dungeons and Dragons seja o RPG mais conhecido do mundo, nem todos os jogos do tipo precisam ser de fantasia medieval. Você pode apostar em um RPG policial puxado para o gótico, como o Blades in the Dark , ou em uma interpretação diferenciada do faroeste, como o Deadlands: Oeste Estranho . Escolha um gênero do qual você goste bastante e comece a criar o jogo a partir daí. [4]
  2. Quantas pessoas você quer que o jogo acomode de cada vez? A ideia é focar mais em indivíduos ou permitir que os personagens interajam bastante entre si? Estimar o número ideal de jogadores em cada campanha é essencial para que você consiga fazer os ajustes necessários no jogo. [5]
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Question 3 de 11:

Como posso deixar o jogo mais interessante?

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  1. Escolha um objetivo principal que os jogadores devem alcançar. Pense em qual é o ponto final da campanha e quais serão os desafios que os jogadores encontrarão no meio do caminho. Depois, desenvolva diversas batalhas e inimigos para os jogadores enfrentarem durante o jogo. [6]
    • No RPG Paranoia , por exemplo, o objetivo é não ser morto pelos outros jogadores.
    • O objetivo também pode ser mais existencial. No jogo Nicotine Girls , o que os personagens querem é ir embora de uma cidade chata.
  2. Desenhe um mapa do seu universo, destacando os lugares mais importantes pelos quais os jogadores podem passar. Você também pode fazer um mapa personalizável e deixar que os jogadores decidam entre si onde a campanha vai se passar. [7]
    • Um RPG de fantasia, por exemplo, requer um mapa detalhado da terra ou reino fictício no qual a história se passa.
    • Uma ambientação realista também pode ser uma ótima opção. Call of Cthulhu , Vampiro: A Máscara e Shadowrun são apenas alguns RPGs superpopulares passados em cenários realistas.
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Question 4 de 11:

Como posso escolher uma mecânica eficaz?

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  1. Os sistemas, como, por exemplo, jogar os dados, servem para levar os jogadores do ponto A ao ponto B dentro do jogo. Não tenha medo de se basear em sistemas já conhecidos. Basta adaptar as regras e conceitos para o seu próprio jogo. [8]
    • Você pode, por exemplo, se inspirar no Dungeons and Dragons para bolar um sistema de testes, nos quais os jogadores devem jogar os dados e comparar os resultados com as habilidades dos personagens.
    • Você não precisa usar dados no seu jogo. O sistema do Dragonlance: A Quinta Era é baseado em um baralho especial, ao passo que o do Dread usa uma torre de blocos de madeira. [9]
  2. A maioria dos RPGs de mesa divide os personagens em classes com habilidades específicas. Crie um conjunto de classes que combine com o mundo do seu jogo. Assim, os jogadores terão mais opções para escolher. Pense, também, em como os personagens dos jogadores vão subir de nível. Eles podem tanto ganhar XP ao longo da campanha quanto subir de nível sempre após uma batalha ou desafio, por exemplo. [10]
    • No Dungeons and Dragons , os personagens podem ser paladinos, ladinos, monges e clérigos, entre outras classes.
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Question 5 de 11:

Como posso deixar o jogo mais fluido?

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  1. Uma boa mecânica ajuda a deixar o RPG mais imersivo e cheio de ação. A mecânica do jogo podem ter relação tanto com um inventário de armas quanto com barras de vida flutuantes, dependendo da premissa do RPG. [11]
    • Caso esteja criando um jogo de sobrevivência, dê uma barra de vida para cada jogador e altere o número de pontos das barras de acordo com o clima.
    • Você também pode bolar um sistema de apostas baseado em dinheiro fictício.
    • Outra opção é pedir para os jogadores disputarem os recursos no pedra, papel e tesoura.
  2. Os sistemas de resolução de conflitos ajudam os jogadores a navegar por diferentes partes do jogo. Um sistema de resolução de conflitos pode envolver tanto estabelecer um objetivo no início de cada novo acontecimento ou jogar um dado específico sempre que os jogadores precisarem decidir uma questão. [12]
    • Você pode, por exemplo, recompensar os jogadores com dados e deixar que eles os usem para duelar no fim do jogo.
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Question 6 de 11:

Como posso criar um bom sistema de recompensas e punições?

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  1. Pense nos objetivos de cada personagem ao fim da campanha. Eles querem ficar mais fortes ou há algo mais em jogo? Pense em um sistema simples, que combine com a mecânica do seu RPG. [13]
    • No Dungeons and Dragons , o sistema de recompensas e punições é baseado em pontos de experiência (XP) que permitem que os jogadores subam de nível. Conforme eles vão ganhando XP, os personagens avançam e ganham armas melhores. Caso vão mal nas batalhas, eles não recebem tantos pontos e demoram mais para progredir.
Question 7 de 11:

Existem RPGs com regras diferentes?

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  1. Os RPGs de mesa costumam ser divididos em três categorias de acordo com as regras: os leves, os intermediários e os intensos. Os jogos leves não têm tantas regras e regulações, ao passo que os intensos são bem mais rígidos. Não existe uma receita única para um bom RPG. Vai depender do quão estruturado você quer que o jogo seja. Um jogo com muitas regras não significa um jogo com uma história ruim. É perfeitamente possível criar um RPG com uma trama e uma narrativa interessantes e cheio de regras. [14]
    • O Wushu é um ótimo exemplo de um RPG leve. As regras do jogo são superflexíveis e os combates não têm tantas regulações.
    • O Dungeons and Dragons é considerado um RPG de sistema intermediário. Embora os livros tenham várias regras tanto para os personagens quanto para as batalhas, eles também oferecem bastante liberdade narrativa.
    • Já o Tormenta tem um sistema extremamente focado em regras. As normas do jogo e o design de personagens são superdetalhados, porém, também estão ligados a um sistema de distribuição de pontos bem complexo.
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Question 8 de 11:

Como posso criar um sistema de regras eficaz?

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  1. Crie um sistema de regras totalmente original. As regras ajudam a estruturar o jogo e a informar os jogadores a respeito do que eles podem e não podem fazer. Caso esteja trabalhando em um sistema intermediário ou intenso, descreva de maneira detalhada as partidas. [15]
    • Você pode, por exemplo, bolar um sistema em que os jogadores possam dizer e fazer o que quiserem, menos quando forem vetados por outro jogador.
    • Outra opção é criar uma regra dizendo que cada jogador só tem direito a duas ações por vez.
  2. Pense em toda e qualquer coisinha que possa acontecer durante uma campanha, mesmo nas mais insólitas. É difícil jogar um jogo com regras incompletas ou inacabadas. Os jogadores acabam se sentindo confusos e irritados. Escrever um livro regras completo e elaborado pode ser demorado, mas o seu RPG será bem melhor se você tomar esse cuidado. [16]
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Question 9 de 11:

Como posso deixar o jogo mais divertido para os jogadores?

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  1. Não crie inimigos e obstáculos poderosos demais. Caso os jogadores não consigam vencer nem uma batalhinha simples, eles ficarão frustrados e desistirão do jogo. Procure deixar os desafios mais ou menos no mesmo nível que os personagens. [17]
    • Caso os jogadores estejam todos no nível 1, por exemplo, não os coloque para enfrentar um inimigo de nível 20 logo de cara.
    • Porém, tome cuidado para que os desafios não sejas fáceis demais. O risco de falhar é o que deixa o jogo empolgante.
  2. Forneça fichas para os jogadores, com campos para a biografia, os pontos, as armas, a vida, as habilidades e outras informações importantes. Não force os jogadores a se adequarem a determinados personagens ou estereótipos. Em vez disso, permita que eles usem a criatividade para criar os próprios personagens. [18]
    • As fichas do Dungeons and Dragons são uma ótima referência para quem quer criar um RPG.
  3. No fim das contas, o segredo para um bom RPG é o equilíbrio. Tente balancear as mecânicas e o prazer dos jogadores. Embora os dados adicionem um fator de sorte à mecânica do jogo, essencial para uma boa diversão, é imprescindível que os jogadores tenham liberdade para tomar as próprias decisões. [19]
    • Você pode, por exemplo, determinar que os jogadores devem jogar um d20 para saber quanto de dano a arma do personagem vai causar. Porém, após tirar um número específico, o jogador em questão deve tomar decisões próprias para contribuir para o andamento da história.
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Question 10 de 11:

Do que eu preciso para jogar um RPG de mesa?

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  1. A maior parte dos RPGs de mesa usa um conjunto de dados de vários lados para movimentar o jogo. Normalmente, os dados são chamados pela letra “D” seguida pelo número de lados. [20] Muitos jogos usam um conjunto de sete dados: um d4, um d6, um d8, um d10, um d12 e um d20. Porém, é você quem decide de quantos o seu RPG vai precisar. [21]
    • Um conjunto de dados baratinho pode sair por menos de R$ 10. Já um de maior qualidade pode custar bem mais caro.
    • O material necessário vai depender da mecânica do jogo. Caso ela seja baseada em dados, leve um conjunto de dados. Já se o jogo fizer uso de blocos de madeiras, cartas ou qualquer outro tipo de material, leve tudo que for necessário. [22]
  2. Os RPGs de mesa dependem única e exclusivamente da imaginação dos jogadores. Porém, uma explicação visual pode ajudar a deixar as coisas mais claras. Use um quadro branco, um pilot e um apagador para desenhar mapas e cenários durante a partida. Assim, os jogadores terão uma ideia melhor de onde os personagens estão. [23]
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Question 11 de 11:

Quanto custa publicar um RPG de mesa?

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  1. Afinal, não se trata apenas de vender apenas um tabuleiro com pecinhas, mas um guia e um livro de regras aprofundados. Um guia profissional deve ter uma logo e uma fonte claras, bem como um bom layout e ilustrações de qualidade. O produto final pode sair por mais de R$ 10 mil. [24]
    • Separe um dinheirinho a mais se pretender anunciar o seu jogo em um site.

Dicas

  • Tudo bem se o seu RPG ficar parecido com um jogo que já exista. É bem melhor criar um jogo criativo e divertido com base em um sistema já conhecido do que um sistema de regras totalmente novo, mas difícil de entender e seguir. [25]
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