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Separar-se da mulher é sempre sofrido. Mesmo depois que a decisão está tomada, levá-la até o fim é uma das coisas mais difíceis que um homem pode fazer na vida. Não existe divórcio fácil, mas, se você se proteger e mantiver a calma, conseguirá superá-lo mais facilmente.

Método 1
Método 1 de 4:

Tomando a decisão

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  1. O primeiro diz respeito a um mal constante ou irrevogável, sendo a separação a única solução para ele. O segundo, a uma questão difusa que pode ou não ser solucionável, e requer uma cuidadosa análise da situação antes de se tomar qualquer providência.
    • Na gama de problemas permanentes incluem-se os 3 A's: abuso, adicção (vício) e adultério.
    • Na de problemas impermanentes, questões como a distância emocional ou a sensação de que a paixão acabou, questões essas que não raro mascaram males não identificados pelos cônjuges: isolamento, negligência, críticas constantes. Antes de optar pelo divórcio, identifique e resolva esses males subjacentes. [1]
  2. Mesmo quando transcorrem em termos amigáveis, divórcios são sempre brutais. Se você considera essa opção apenas porque quer estar livre para buscar um futuro que idealiza para si, pare e repense.
    • Se você pensa em abandonar a sua esposa em nome de um amor dos tempos de escola ou de uma nova amante, talvez idealize esse novo relacionamento ao mesmo tempo em que menospreza tanto os aspectos positivos do seu casamento quanto as consequências de dissolvê-lo.
  3. Quem tem problemas impermanentes pode, desde que conte com a boa vontade do cônjuge, tentar resolvê-los na terapia de casal antes de desfazer a união.
  4. dê entrada no processo e não olhe para trás. Nesses assuntos, a convicção é sempre boa conselheira. Se você refletiu com cuidado e chegou à conclusão de que o divórcio é a melhor saída, tente lembrar-se disso caso se sinta em dúvida no futuro.
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Método 2
Método 2 de 4:

Planejando-se

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  1. [2] Quando der entrada no processo, encontre alguém para ser o seu confidente nessa fase. Essa pessoa, é claro, não pode ser a sua esposa e tampouco alguém mais leal a ela do que a você. Escolha um amigo ou parente confiável, ou o seu psicólogo.
    • O confidente pode proporcionar amparo emocional e orientações objetivas quando o seu julgamento estiver nublado pelas emoções.
    • Além do que, o fato de alguém saber o que se passa entre o casal proporciona mais segurança.
  2. Você precisará de um lugar para ficar quando sair de casa. Se não encontrar moradia permanente, encontre um lugar em que possa ficar pelo menos alguns meses, e aonde possa ir tão logo anuncie a separação.
    • Caso você vá ficar na casa de um parente ou amigo, descubra antecipadamente quanto tempo poderá ficar lá.
    • Caso pretenda morar sozinho, procure uma casa ou apartamento e, se possível, feche o negócio antes de revelar à sua esposa a sua intenção de se divorciar.
  3. Em muitas situações, o desejo de deixar a esposa sugere que o divórcio é a melhor saída. Pergunte-se se é mesmo isso que você quer, se uma separação de papel passado é de fato a melhor alternativa no momento.
  4. dinheiro, objetos de valor, imóveis e assim por diante. Comece a pensar em como seria o melhor jeito de dividi-los entre você e a sua esposa.
    • Se os seus bens monetários estiverem guardados todos num mesmo lugar, você tem direito a metade deles.
    • Objetos de valor pertencentes ao casal devem ser divididos igualmente. As posses de apenas uma das partes, como objetos herdados, não entram na partilha. Uma vez listados todos os objetos em comunhão, faça uma lista dos que você aceita perder e dos que pretende disputar judicialmente.
    • Liste também os serviços, como internet e telefone, contratados em comunhão e os contratados por apenas uma das partes. Os que tenham sido contratados apenas por você devem ser transmitidos à sua esposa. Planos familiares de telefonia celular, por exemplo, têm de ser dissolvidos.
  5. certidão de casamento, certificados de dívidas, títulos de bens, etc. Copie e guarde todos num lugar seguro fora da sua casa, sobretudo se você suspeita de que sua esposa resistirá ao divórcio.
    • Busque todos os seus registros: certidões de serviço militar vinculadas a benefícios; extratos bancários; apólices de seguro; títulos de previdência ou pensão; documento do carro; certificados de hipotecas, financiamentos ou empréstimos; contrato da escola das crianças; faturas de cartão de crédito; títulos de ações. [3]
  6. Se você tem apenas uma conta conjunta ou uma conta à qual a sua esposa tenha acesso, abra, sem o conhecimento dela, uma conta corrente para depositar os seus salários.
    • Monitore vigilantemente as movimentações nas contas conjuntas. Se a sua esposa é manipuladora ou abusiva, talvez tente esvaziar as contas conjuntas, no intuito de dificultar o divórcio.
    • Você pode sacar metade dos fundos de cada conta conjunta, mas uma movimentação tão vultuosa poderia alertar a sua esposa para o fato de que algo está errado.
  7. Essa é uma precaução dispensável para quem tem razões para confiar na esposa, mas, se você a crê capaz de danificar suas recordações e objetos herdados ou usá-los contra você, tire-os de casa sem que ela perceba.
    • Remova apenas os itens que você possa comprovar que detém sozinho; nunca aqueles que sejam propriedade de ambos. Itens como presentes e objetos herdados pertecem ao indivíduo, não ao casal.
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    Esconda armas e tudo o que possa ser usado como tal. Não é preciso preocupar-se com isso se você sabe que pode separar-se em termos amigáveis. Se, por outro lado, há qualquer razão para temer pela integridade física de qualquer uma das partes, remova armas e objetos perigosos da casa, tomando cuidado para não alertar a sua mulher, e deixe-os num lugar seguro.
    • Mesmo que a sua esposa não seja do tipo que apontaria uma arma para o marido durante discussões, é preciso considerar o que ela poderia fazer a si mesma uma vez que esteja sem você por perto. Tirar todas as armas de fogo da casa é uma precaução importante para que ela não fira a si própria.
  9. Isso é recomendável quer a sua mulher seja mentalmente estável, quer não. Faça cópias das chaves de casa, carros e outros lugares importantes, e entregue-as a um amigo ou parente de confiança.
  10. Isso é raramente necessário, mas, se a sua esposa já ameaçou fazer uma denúncia falsa de agressão no passado, pode retomar o plano agora que você vai deixá-la. Informe essas ameaças às autoridades.
    • Conte à polícia das ameaças da sua esposa e da sua intenção de deixá-la, e informe-se sobre como se proteger de falsas acusações de crime.
    • Uma vez que toda queixa de abuso doméstico deve ser investigada, procurar as autoridades ajuda a evitar que a investigação chegue a uma conclusão equivocada.
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Método 3
Método 3 de 4:

Conversando com a sua esposa (e filhos)

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  1. Delineie todos os itens a que você deseja aludir antes de começar a conversa. O roteiro vai ajudá-lo a se lembrar de todos eles. Não anote cada palavra do que você vai dizer — apenas os assuntos que não quer que sejam desprezados.
    • Atenha-se às razões para deixá-la e ao que você tem vivido, evitando fazer acusações (ainda que você sinta que ela é a culpada de tudo).
    • Descreva o que você espera que aconteça (separação, divórcio) e dê à sua esposa oportunidades para expor o ponto de vista dela.
    • Observe o seu tom ao escrever o roteiro, e retire tudo o que seja fruto da raiva ou do desejo de ferir a sua parceira.
  2. Informe-o da data e da hora em que você conversar com a sua esposa para que ele esteja disponível caso você precise de amparo emocional.
  3. Não simplesmente atire a notícia no colo da sua esposa. Escolha o dia, hora e lugar de modo a ajudá-la a processar a notícia o melhor possível, e não revele as suas intenções até lá.
    • Não dê a notícia num restaurante, durante uma festa ou antes de a sua esposa ir para o trabalho, por exemplo. O ideal seria a conversa ocorrer em casa, sem ninguém ter de se preocupar com compromissos posteriores ou o tom de voz que está usando.
    • Se você teme pela sua segurança, no entanto, é bom que a conversa se dê num lugar público com certo grau de privacidade, como um parque.
    • Mantenha-se fiel ao plano e não desembuche antes da hora num momento de fúria ou perturbação.
  4. Ao sentar-se com a sua esposa, aborde, com tranquilidade, todos os assuntos previstos no roteiro. Seja paciente se ela ficar emotiva e evite gritar com ela. Permaneça o mais calmo, distante e objetivo possível.
    • Lembre-se: você está conversando com a sua esposa, não meramente informando a sua decisão a ela. Ouça o que ela tem a dizer para se assegurar de que ela o compreendeu.
    • Seja focado e consistente. Não se desvie do objetivo da conversa e não fale nada que possa pôr em dúvida a sua firmeza de propósito. Você talvez queira dar à sua esposa algum conforto emocional ou se sinta tentado a relembrar com ela bons momentos que vocês partilharam, mas isso apenas prolongará o desconforto de uma situação cujo desfecho é inevitável.
    • Não entre em discussões a respeito de minúcias e prefira usar frases bem diretas, conquanto delicadas, para se fazer entender mais rápido.
    • É esperado que uma notícia assim seja recebida com surpresa ou tristeza. Não tente justificar-se e tampouco ceder. [4]
  5. O ideal é que marido e mulher pensem no melhor modo de transmitir a notícia, e que o façam em conjunto. Se há a suspeita de que a sua mulher tentará manipular as crianças, converse com elas sozinho.
    • Tal como fizera para a conversa com a sua esposa, prepare um roteiro do que deseja falar. Seja sincero e esclareça que o divórcio não ocorreu por culpa delas.
    • Mesmo para quem já tem filhos adultos, o melhor é comunicar a decisão depois de se mudar de casa.
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Método 4
Método 4 de 4:

Saindo de casa

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  1. A notícia da separação deve ser sucedida pela sua partida — na mesma noite, se possível. Apronte as malas de antemão.
    • Permanecer na mesma casa que a pessoa de quem você acaba de se separar é pedir por confusão: o clima instável será muito propício para brigas e atitudes das quais vocês se arrependerão depois.
  2. É comum encarar a separação física como o passo mais importante e usá-la como desculpa para postergar o andamento burocrático do divórcio, mas isso pode dificultar os passos seguintes.
    • O seu advogado pode entrar com recursos para proteger os seus bens durante o divórcio, mas isso só pode ser feito depois que ele tenha se iniciado.
    • Ademais, sua esposa pode não levá-lo a sério caso você demore a aparecer com a papelada.
  3. Ser amigo da sua "ex" é possível, mas convém, por ora, privar-se de qualquer interação que não se relacione com o divórcio ou a separação.
    • Será preciso manter o contato para resolver questões práticas da separação. Se vocês têm filhos, terão de continuar convivendo frequentemente. É importante, todavia, cortar todo tipo de conversa banal por ora, que é um risco sobretudo em noites solitárias, em que sentimos falta de ter intimidade com alguém.
  4. O caminho é difícil, mas você pode percorrê-lo até o fim. Encontre amparo emocional nas pessoas queridas ou num psicólogo, e aconselhe-se com o seu advogado no decorrer das tramitações legais.
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