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Antes de você começar a ler este artigo, lembre-se: o uso da maconha é proibido no Brasil, embora o canabidiol, princípio ativo por trás de certos tipos da planta cannabis, seja autorizado em alguns casos. Sendo assim, as informações abaixo têm caráter meramente informativo. Por outro lado, se você está viajando a um país onde a maconha seja legalizada, pode seguir as dicas abaixo para experimentar (com cuidado e bom senso, claro) dois dos tipos mais comuns de cannabis: indica e sativa. Leia este artigo para entender as diferenças! [1]

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Nomes de marcas comerciais

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  1. Muitas marcas incluem termos que remetam à energia, como "power", em uma referência aos efeitos da planta. As de cannabis indica, por sua vez, não são assim. E mais: a cannabis sativa também pode incluir frutas no nome, como abacaxi ou morango, devido ao aroma que ela produz quando é fumada. [2]
    • Muitas marcas famosas de cannabis indica incluem a palavra "kush" no nome. Isso é uma referência à cordilheira do Indocuche, que fica na fronteira entre o Afeganistão e o Paquistão. [3]
    • Existem também versões híbridas de cannabis que mesclam características de indica e sativa.
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Densidade e tamanho do broto

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  1. No geral, dá para diferenciar a indica da sativa pelo formato do broto: os brotos desta são longos e cilíndricos, enquanto os daquela são mais redondos e densos. [4]
    • Os brotos das versões híbridas costumam tomar a forma da planta dominante, seja indica ou sativa. Se eles tiverem formato mais alongado, por exemplo, quer dizer que sativa é dominante.
  1. Se você sentir de perto o cheiro dos brotos (ou da fumaça, caso alguém esteja fumando), já dá para saber de que tipo se trata. A cannabis indica produz um cheiro mais pesado e bolorento, enquanto a sativa é mais frutada ou apimentada. A diferença entre elas está nos terpenos. [5]
    • O limoneno é um terpeno muito encontrado na cannabis sativa, sendo responsável pela energia que ela dá. Ele também é comum em frutas cítricas, o que explica o cheirinho frutado da planta.
    • Os terpenos linalol e o pineno têm efeitos relaxantes e são encontrados na cannabis indica. O pineno também está presente em pinhas, daí o aroma terroso da planta.
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Efeitos mentais

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  1. A sativa costuma ser mais recomendada para o dia, uma vez que dá energia e melhora a concentração. A indica, por sua vez, tem um efeito relaxante na mente e promove o sono. Por isso, muitas pessoas a preferem à noite. [6]
    • Essas diferenças em termos de efeitos mentais são bastante gerais. Cada pessoa pode ter uma experiência própria — tudo depende do seu estado mental no momento. Por exemplo: quem tem o transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) pode sentir certa calma após usar a cannabis sativa.
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Efeitos físicos

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  1. Embora a sativa seja usada para tratar dores crônicas, seus efeitos são mais mentais que os da indica. Esta dá aquele "barato físico", relaxando os músculos e reduzindo a tensão. [7]
    • Dependendo do caso, vale a pena experimentar uma versão híbrida. O canabidiol (CBD) na cannabis indica ajuda a suavizar o tetrahidrocanabinol (THC), gerando uma sensação mais relaxada do que a sativa sozinha. De todo modo, o barato ainda é maior do que o da indica pura.
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Benefícios medicinais

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  1. Dá para ter uma boa ideia dos benefícios medicinais de cada tipo observando seus respectivos efeitos mentais e físicos. Pense em termos dos quadros clínicos que seriam mais aliviados. [8]
    • Além de dar energia e foco a pessoas com TDAH, depressão e quadros semelhantes, a cannabis sativa também estimula o apetite.
    • Como a cannabis indica também é um relaxante muscular, ela ajuda no tratamento de dores, inflamações e espasmos.
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Princípios ativos

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  1. A quantidade específica desses princípios depende do tipo. Algumas versões da indica contém somente CBD, enquanto outras também trazem THC. [9]
    • O canabidiol não produz o mesmo "barato alucinante" que o tetrahidrocanabidiol. [10]
    • Versões híbridas podem conter diferentes combinações de THC e CBD, dependendo do tipo dominante. Além disso, combinações distintas produzem efeitos próprios.
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Tamanho e formato da planta

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  1. As plantas do tipo sativa são altas e finas, com galhos voltados para cima. Quando cultivadas em ambientes abertos, elas podem passar de 3,5 m! As plantas do tipo indica quase nunca vão além de 1,8 m, mas são mais grossas na base — um pouco parecidas com pinheiros. [11]
    • A parte utilizável da planta do tipo sativa costuma ser a metade de cima, enquanto os brotos da indica florescem até a base do caule.
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Aparência das folhas

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  1. Elas parecem aquela representação típica da "folha da maconha", com cinco pontas espalhadas. As folhas da indica, por sua vez, são mais grossas e achatadas. [12]
    • Embora as folhas dos dois tipos cresçam seguindo a mesma forma geral, este é o jeito mais fácil de fazer a distinção. As folhas da cannabis indica costumam ter o dobro ou triplo da largura das da sativa.
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Origens

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  1. Especificamente, a cannabis indica surgiu na Ásia Central e no subcontinente indiano. A sativa, por sua vez, é nativa de países como Tailândia, México, Camboja e Colômbia. As variedades da sativa são muito comuns nas Américas Central e do Sul. [13]
    • Como a cannabis indica vem das áreas montanhosas do Tibet e do Nepal, ela cresce bem em regiões de altitude elevada.
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Condições de crescimento

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  1. Ela prefere zonas temperadas, quase tropicais. Em climas mais frios, a planta costuma crescer em ambientes fechados. A cannabis indica, por sua vez, prefere climas mais frios e altitudes elevadas. [14]
    • Muitos criadores preferem a cannabis indica, uma vez que é mais resistente que a sativa e gera uma produção maior (embora a planta seja menor).
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Dicas

  • Lembre-se de que a maconha não é legalizada no Brasil. As informações deste artigo têm caráter meramente informativo, embora também possam ser úteis se você estiver em uma região onde o uso recreativo não seja ilegal (como Holanda e certas áreas dos EUA).
  • Tenha um pouco de pé atrás quando alguém disser que algum tipo de cannabis "promove o sono", "reduz a dor" etc. Não dá para confiar em todo mundo!
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Avisos

  • Repetindo: a maconha (cannabis) é proibida em muitos lugares, inclusive no Brasil. Se você comprar ou consumir substâncias do tipo — a menos que tenha autorização médica e judicial para tratar algum quadro de saúde —, pode acabar se encrencando. [16]
  • Em países onde a maconha é legalizada, ela acaba sendo muito mais potente. Se você estiver em um lugar assim, tome cuidado para não exagerar. [17]
  • Este artigo discute as diferenças entre a cannabis indica e a sativa, ambas puras. No geral, a maioria das versões vendidas legalmente é híbrida; por isso, essas distinções não são tão óbvias. [18]
  • Não acredite quando leigos afirmarem que sabem os efeitos medicinais de qualquer tipo de cannabis. O uso medicinal da planta só faz sentido quando acompanhado por profissionais de saúde.
  • Se você tem um quadro de saúde que poderia ser tratado com cannabis, consulte um profissional de saúde qualificado em sua região para saber mais.
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