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Muitas viúvas têm dificuldade para seguir em frente com a vida, mesmo nos aspectos mais básicos. A ideia de namorar e se apaixonar novamente após uma perda pode parecer uma montanha impossível de se escalar para muitos. Está interessado em namorar com uma pessoa que perdeu um parceiro? Veio ao lugar certo, pois abaixo você aprenderá a seguir com o relacionamento de modo saudável e respeitoso. Vamos lá?

Método 1
Método 1 de 3:

Entendendo as necessidades da sua parceira

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    Reconheça o lugar do parceiro falecido na vida da sua namorada. Ela amava (e provavelmente ainda ama) o homem que perdeu, e essa perda sempre vai estar presente na vida dela, em diferentes níveis. Se quer entrar em um relacionamento com uma viúva, é preciso aceitar, lidar com isso e aprender a apoiá-la do melhor modo possível. [1]
    • É normal ficar desconfortável no começo, afinal, a morte é sempre um assunto sensível. É mais difícil ainda superar a situação quando a morte afeta uma pessoa com quem nos importamos. Evite a tentação de ignorar esses sentimentos.
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    Aceite o direito dela de guardar lembranças do cônjuge anterior. Tratam-se de itens preciosos e que sua parceira tem todo o direito de querer guardar. Em vez de ser hostil, seja respeitoso e tente não interpretar esses objetos como uma ameaça ao relacionamento de vocês. Caso morem juntos algum dia, vocês podem conversar sobre o que fazer. [2]
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    Não evite conversas sobre o antigo parceiro. Deixe que sua namorada fale sobre a morte e sobre o que está sentindo. É normal ficar desconfortável com esse papo, mas tente manter a cabeça aberta e ser respeitoso. Evitar a questão não vai ajudar a si próprio, sua parceira e nem o relacionamento. [3]
    • Alguns momentos vão desencadear lembranças do falecido. Se ela quiser compartilhá-las com você, ouça com paciência e encoraje-a! Acredite, esse é o jeito que ela encontrou de demonstrar que se importa com você e quer fortalecer os laços.
    • Demonstre interesse durante essas conversas. Mostre que está ouvindo acenando com a cabeça e olhando nos olhos dela. Mantenha a cabeça aberta!
    • Tente conhecer mais sobre a vida do rapaz. Que tipo de parceiro ele era? Como era a vida deles juntos? Fazer perguntas como "Parece que a viagem para Barbados foi bem legal. Que outras viagens fizeram juntos?" ou "Quais eram os hobbies do Marcio?" demonstrará que você se importa.
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    Respeite os momentos de luto solitário. Nem sempre queremos compartilhar nosso sofrimento com os outros, e é possível que ela não queira compartilhar alguns aspectos do relacionamento, como a época do falecimento, pois eles são muito dolorosos. Ela vai conversar sobre isso quando estiver preparada emocionalmente. [4]
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    Tome cuidado ao falar do cônjuge anterior. Nunca o chame de "ex", por exemplo, pois esse termo implica que o relacionamento acabou por uma escolha, não por um evento infeliz e triste. Se possível, refira-se a ele pelo nome ou por termos como "falecido", sem nunca fazer piadas. [5]
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    Evite usar chavões comuns para tentar confortá-la. É muito tentador dizer que o falecido "não está mais sofrendo" ou "está em paz" para trazer um pouco de conforto para sua namorada, mas saiba que essas frases batidas dificilmente aliviam os sentimentos de luto. Não importa quais foram as circunstâncias da morte ou as tentativas da sua parceira de seguir em frente, uma parte dela certamente pensará na vida que poderia ter.
    • Um bom jeito de oferecer o seu conforto seria dizer algo como: "Imagino que isso seja bastante doloroso. Você quer conversar?" ou "Eu estou aqui sempre, caso precise de companhia". Demonstre seu apoio oferecendo sua presença!
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    Saiba que a pessoa passará por altos e baixos. Até mesmo acontecimentos aparentemente inofensivos podem desencadear momentos de tristeza na pessoa. Ver a comida preferida do falecido no mercado ou assistir à propaganda do programa favorito dele na TV são coisas que podem entristece-la, por exemplo. Esteja por perto, e não se surpreenda com o incômodo dela, pois esses momentos são normais, mesmo depois de anos. [6]
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    Respeite o luto dela em ocasiões especiais e datas comemorativas. Aniversários de nascimento, de casamento e de falecimento costumam ser bem difíceis. A melhor coisa a se fazer é ser presente e perguntar se ela gostaria de fazer algo nessas datas. [7]
    • Sempre pergunte se ela gostaria de companhia ou prefere ficar sozinha. Respeite a decisão dela.
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    Sugira a terapia caso o luto pareça prolongado demais. Faça uma pesquisa na internet sobre os sintomas e sinais do luto complicado, que podem incluir reações extremas de sofrimento diário por meses, mudanças nos padrões de sono e alimentação, além de vontade extrema de estar com a pessoa que partiu — às vezes, chegando ao ponto de automutilação. Ajude sua parceira a buscar atendimento profissional se esse for o caso. [8]
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Método 2
Método 2 de 3:

Construindo o relacionamento

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    Vá com calma no começo. Não entre na relação esperando compromisso imediato. Pelo contrário, conheçam-se lentamente e formem laços com o tempo. Namorar após o falecimento de um parceiro costuma ser um processo bastante intimidador, e é provável que sua namorada não queira apressar as coisas. É compreensível.
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    Pergunte quais as expectativas dela para o relacionamento. Muitas pessoas namoram com a intenção de se formar um relacionamento comprometido e de longo prazo, e as viúvas não são exceção. Converse com sua parceira sobre o que ambos procuram e, se quiserem a mesma coisa, sigam em frente! Se perceberem que querem coisas diferentes, é melhor colocar um ponto final agora. [9]
    • Para começar essa conversa: "Podemos falar sobre onde vemos o relacionamento no futuro?" ou "Podemos conversar sobre o fato de estarmos ou não interessados em um relacionamento sério?".
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    Construam novas memórias e tradições juntos. O fato da sua parceira ser viúva não deve definir o relacionamento de vocês, apesar do impacto que isso vai ter na relação. É possível fortalecer o namoro experimentando coisas novas; a ideia não é apagar as memórias do falecido, mas sim criar coisas que definam a relação de vocês dois.
    • Vocês poderiam experimentar vários restaurantes para escolher um preferido e criar a tradição de visitá-lo com frequência, por exemplo. Outra opção seria experimentar um hobby novo juntos! Até mesmo coisas simples, como contar piadas ou cozinhar, podem fortalecer os laços de vocês.
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    Fale com sinceridade sobre as inseguranças de vocês. Namorar uma viúva pode apresentar desafios novos e inesperados para você. É normal sentir-se desconfortável ao ouvi-la falar sobre o falecido, e você certamente se comparará a ele. Sua parceira provavelmente terá medo de perdê-lo, mas é preciso que vocês conversem bastante sobre os próprios sentimentos para entendê-los e superá-los. [10]
    • Um bom jeito de se começar essa conversa: "Fico desconfortável quando você compara o meu cabelo com o do Lucio. É importante que você me veja como uma pessoa única". Seja enfático na hora de explicar como se sente com determinado comportamento, pois isso o ajudará a chegar até uma solução.
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    Conheça os filhos da sua parceira, caso decidam firmar o relacionamento. Eles devem se ajustar a você no próprio ritmo, pois pode ser difícil aceitar a ideia de um padrasto. Tome cuidado para evitar a impressão de que está tentando assumir o papel do pai deles. [11]
    • Apresente-se, mas não tente participar das atividades familiares logo de cara. Os filhos dela podem precisar de um pouco de tempo para se acostumar com a sua presença.
    • Siga a sua parceira, pois ela conhece os filhos melhor do que ninguém. Pergunte sobre como seria o melhor modo de conhecer as crianças e tente aprender mais sobre os interesses de cada um. Talvez seja melhor começar aparecendo para jantar uma noite ou acompanhando sua namorada a uma das atividades extracurriculares dos filhos. Encontros mais casuais assim aliviam a tensão. [12]
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Método 3
Método 3 de 3:

Cuidando de si

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    Tome cuidado para não emular o parceiro falecido. É tentador querer facilitar a transição simulando a aparência ou assumindo as responsabilidades da pessoa que morreu, mas você deve sempre ser quem você é. Não tente agir como um substituto para sua namorada, pois esse é um papel impossível de assumir. Você só vai se magoar no longo prazo e não ajudará em nada a relação. [13]
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    Lembre-se de que o falecido não é uma ameaça ao relacionamento. A sua presença na vida da outra pessoa é um sinal de que ela está tentando superar a dor e a perda, e o relacionamento simboliza um capítulo que vai se transformar em uma experiência maravilhosa e completa para ambos. [14]
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    Seja assertivo quanto aos comportamentos que o deixam desconfortável, mas sem deixar a empatia de lado. Sua parceira pode fazer ou dizer coisas que o magoam, comparando-o com o falecido ou se referindo ao relacionamento de vocês como "inferior" de algum modo. É normal ficar chateado com isso, mas vocês devem conversar para chegar a uma solução que agrade ambos. [15]
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    Procure por ajuda psicológica caso esteja sofrendo. Se você está sentindo ansiedade ou tristeza extrema por conta do seu papel na vida da sua parceira, o ideal é procurar um profissional. Ele pode ajudá-lo a compreender seus sentimentos e lidar com eles de modo saudável. [16]
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Dicas

  • Cuide de si e lembre-se de focar também em suas necessidades físicas e emocionais também! O segredo para um relacionamento de sucesso é a felicidade mútua.
  • Seja paciente e cabeça aberta. O luto costuma ser espontâneo e muitas vezes incompreensível. Deixe que a pessoa sinta as emoções naturalmente, sem desencorajá-la.
  • Lembre-se de que o seu relacionamento com a pessoa é tão importante quanto o relacionamento que ela teve com o falecido. A insegurança é bastante comum para quem namora uma viúva, mas é preciso aprender a viver sabendo que uma parte do afeto dela estará sempre com outra pessoa. O importante é o fato de ela escolher seguir em frente com você, um novo capítulo na vida. Lembre-se disso sempre que a insegurança começar a bater na porta. [17]
    • Caso a pessoa tenha filhos, é melhor que vocês conversem com eles juntos. Você pode dizer algo como: "Sei o quanto amam o pai de vocês, e entendo completamente a hesitação com a minha chegada. Quero que saibam que nunca vou tentar ocupar o espaço dele, mas sua mãe é muito especial para mim e gostaria de conhecê-los melhor".
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Avisos

  • Tente não comparar a perda da pessoa a um término ou alguma outra perda em escala diferente. Essas situações não são comparáveis e não produzem o mesmo nível de sofrimento. A menos que já tenha perdido uma parceira, vai ser difícil fazer qualquer comparação.
  • Não faça "piadas com o falecido" para relaxar o ambiente, pois isso pode afastar a pessoa e botar um fim no relacionamento.
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