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Alimentar pensamentos obsessivos sobre qualquer coisa é prejudicial, mas eles são particularmente ruins quando o assunto é a morte; você pode começar a sentir um medo excessivo de perder alguém que ama, de se machucar, de acidentes e da própria mortalidade. Esses medos podem afetar seu cotidiano negativamente mas, por sorte, é possível controlar seus pensamentos e lidar com esse problema.

Parte 1
Parte 1 de 3:

Analisando seus pensamentos

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  1. Reflita se os pensamentos que tem acerca da morte são dominantes e se coincidem com sentimentos de desespero, desejo de acabar com tudo, planos para se matar, sensação de inutilidade, mudanças extremas de humor ou isolamento. Se sim, você precisa procurar ajuda imediatamente. [1] Ligue para um amigo ou parente para conversar. Caso esteja em crise, ligue para o CVV – Centro de Valorização da Vida .
    • Você pode ligar para o SAMU (192) ou ir para a UPA mais próxima.
    • Quando se deparar com uma crise, não deixe de entrar em contato com o CVV. Eles têm pessoas preparadas para lidar com a sua situação e atendem 24 horas por dia, sete dias por semana. Você pode ligar no número 141 ou usar o chat do site. No entanto, o atendimento online não é 24 horas.
  2. Todo mundo pensa na própria morte, mas é importante compreender como isso o afeta. Perceba como se sente quando pensa sobre isso, se fica aterrorizado, agitado, deprimido ou incomodado. Se tem problemas para dormir ou se o seu cotidiano é afetado por isso, talvez você esteja desenvolvendo transtorno de ansiedade.
    • Para além dos pensamentos, é necessário refletir sobre os sintomas físicos também. Seu coração pode acelerar, você pode sentir frio, ter tremedeiras, enjoo e até dor de barriga. Esses são alguns dos sintomas da ansiedade.
  3. Se pensar na morte causa determinadas atitudes para aliviar o incômodo que a ideia causa, é possível que você tenha um transtorno obsessivo compulsivo (TOC). Alguns exemplos são ações religiosas desencadeadas por medo (como repetir uma oração automaticamente), verificar repetidas vezes se a porta está trancada, se o gás está fechado, acender e apagar as luzes, etc. Além disso, padrões como contar, tamborilar os dedos, repetir palavras mecanicamente, colecionar e acumular coisas desnecessárias “caso precise no futuro”, etc., também são sinais de TOC. [2]
    • Procure um terapeuta e converse sobre esses sintomas para que ele possa fazer um diagnóstico preciso e oficial.
  4. Passar por experiências de morte, sejam pessoais ou a perda de pessoas próximas, pode dar início a um ciclo de pensamentos sobre o assunto. Com isso em mente, descubra se eles são reflexo de uma tragédia como um desastre natural, por exemplo. Se sim, qual o significado disso para você? O que sente é medo que isso aconteça com você ou sua família, fica com raiva, triste ou inconformado?
    • Aprofunde-se nessas emoções. Talvez você descubra que tem uma fobia que ainda desconhecia, ou isso pode ser um gatilho para pensamentos relacionados a um trauma não resolvido.
    • Acontecimentos traumáticos causam ansiedade, depressão, tristeza, letargia e várias outras disfunções no estado mental e isso é normal. No entanto, é importante notar se esses pensamentos se tornam uma obsessão, pois essa é a hora de buscar ajuda profissional para lidar com eles.
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Parte 2
Parte 2 de 3:

Lidando com os pensamentos obsessivos

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  1. Quando pensamentos sobre a morte surgirem no meio do dia, tente direcionar sua atenção para outra coisa. Faça algo de que gosta por 15 ou 20 minutos, ouça música, faça uma caminhada, leia ou jogue algo. Você deve encontrar uma maneira de distrair a cabeça e tirar a atenção dos pensamentos de morte. [3]
    • Tente fazer algo de que goste e que ative sua mente e seu corpo, para que os pensamentos obsessivos e sensações relacionados à morte percam a força.
  2. Não aceite o que vier à sua mente de primeira. Perceba que certas reflexões são intrometidas e irrelevantes, pense coisas como “Isso é o meu cérebro fabricando coisas e eu não sou obrigado a pensar nisso”. Não permita que um pensamento qualquer gere uma atitude, não se deixe dominar por sua mente. [4]
    • Parece fácil falar, mas você pode refrear esses pensamentos e, consequentemente, certas atitudes que poderia tomar.
  3. Se o seu medo da morte é muito intenso, você pode ser dominado pelos seus pensamentos. Embora a morte não possa ser evitada, é possível dar atenção para coisas que pode controlar na vida, como prevenir que coisas ruins aconteçam. Mesmo que você tenha uma doença incurável, como diabetes e outras doenças crônicas, esforce-se para controlar os sintomas. [5]
    • O fato de sua família ter um histórico de doenças cardíacas ou câncer não significa que você morrerá disso. Não fique se preocupando com o final, prefira se cuidar e prevenir que isso aconteça; controle seu estilo de vida para que ele seja saudável, tenha uma vida social ativa e uma alimentação nutritiva, pratique exercícios e outras coisas dentro de seu alcance. Coincidentemente, essas medidas são ótimas para combater o estresse. [6]
    • Se você tem medo de morrer em um acidente de carro, sempre use o cinto de segurança e dirija com cuidado e atenção.
  4. Seja você uma pessoa saudável ou um paciente de uma doença crônica, eventualmente você morrerá, como todas as outras criaturas vivas. Ninguém gosta de admitir e encarar a própria mortalidade, mas falar sobre isso com amigos que se importam com você pode ajudar. Se você é um paciente terminal, encontre-se com amigos se parentes para aliviar a tensão. Não tenha medo de falar sobre isso, reconhecer e verbalizar isso pode amenizar as sensações ruins. [7]
    • Pense sobre seus relacionamentos e se pode fazer alguma coisa para trazer alívio para as pessoas próximas de você. Planeje-se e livre-se de seus sentimentos de culpa para ter uma vida mais plena e tranquila.
    • Se você é uma pessoa saudável, saiba que também morrerá um dia e está tudo bem. Faça planos para o futuro com seus amigos e familiares; saber que a vida está em movimento é um alívio e tanto. Além disso, não se esqueça de valorizar cada pessoa com quem convive e viver cada dia com intensidade.
  5. A verdade é que a morte pode dar um novo sentido para a vida; encará-la pode ajudá-lo a perceber que a vida também terá um fim e que o melhor é vivê-la plenamente. Embora a maioria das pessoas associe a morte à dor, ao medo, à culpa ou tristeza, é possível vê-la como algo positivo e ressignificar sua própria vida.
    • Pense nas coisas que quer fazer ou presenciar na sua vida. Sabendo que seu tempo é limitado, pergunte-se o que está esperando para fazer as coisas que quer e por que não ir atrás de seus sonhos agora. Você acabará descobrindo diversas maneiras de aproveitar cada momento.
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Parte 3
Parte 3 de 3:

Conseguindo ajuda

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  1. Se perceber que representa um risco para si mesmo ou para outras pessoas, vá a um hospital e procure ajuda psiquiátrica. Lá você será atendido por terapeutas, psiquiatras e outros funcionários da equipe de saúde. Essa equipe cuidará de sua crise e o ajudará a controlar e minimizar os pensamentos que a desencadearam, bem como a lidar com elas no futuro.
    • Os responsáveis pelo seu caso recomendarão um tratamento e acompanhamento de acordo com suas necessidades, como ir à terapia semanalmente, ser internado ou tomar medicamentos.
  2. Agende uma consulta se sentir dificuldades em lidar com seus pensamentos por conta própria. Ele o ajudará a enfrentar esses pensamentos obsessivos e a abordá-los de maneiras diferentes. Por exemplo, se você tende a catastrofizar ou se responsabilizar pelos acontecimentos injustificadamente, ele o ensinará a encará-los e abordá-los de uma maneira mais sadia e eficaz. [8]
    • Outro aspecto com o qual a terapia pode ajudar é o medo ou a esquiva de determinadas situações, como andar de carro ou ônibus. Ela fará com que a sua exposição e resposta a esses estímulos seja gradualmente resolvida.
  3. Grupos de apoio oferecem ajuda para várias pessoas com transtornos, pensamentos ou comportamentos compulsivos, fobias, etc. Além disso, você terá incentivo, apoio e amizades, o que já ajuda com a parte do isolamento social. [9]
    • Peça indicações de grupos de apoio que o ajudem a lidar com seus pensamentos para seu terapeuta, psiquiatra ou médico.
  4. Os pensamentos obsessivos e a sensação de inadequação social podem gerar uma solidão e um isolamento que, se não são combatidos, podem piorar a situação. Conecte-se com sua família e amigos, crie uma rede de apoio ao seu redor e permita que eles o ajudem a desafiar os pensamentos mórbidos e a vulnerabilidade, bem como auxiliá-lo com o tratamento. [10]
    • Faça novos amigos. Engajar-se em causas sociais e fazer trabalho voluntário são ótimas maneiras de conhecer a comunidade, fazer novas conexões e encontrar gente que tenha valores parecidos com os seus, seja a causa animal, trabalhar em um orfanato ou lar de idosos. [11]
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