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A doença do rabo molhado – também conhecida como ileite proliferativa ou hiperplasia ileal transmissível – é uma infecção bacteriana que ataca hamsters. [1] A condição causa diarreia forte e tem este nome devido ao estado da cauda, que fica molhada devido às fezes moles e aguadas que são produzidas. Hamsters com esta infecção podem sofrer com forte desidratação devido à diarreia, levando à morte. Leia o artigo para saber o que fazer para aumentar as chances de recuperação do pet.

Método 1
Método 1 de 2:

Tratando a doença do rabo molhado

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  1. O sintoma que confirma esta condição é a grande umidade em volta da cauda do hamster, dando o nome à doença. No entanto, esta é mais uma descrição do que um diagnóstico preciso. A condição do rabo molhado pode, na verdade, ter várias causas distintas que levam ao mesmo resultado: diarreia e perda de fluidos. Os sinais a seguir indicam ileite proliferativa em hamsters: [2]
    • A ponta da cauda e o abdômen poderão estar molhados e emaranhados.
    • Sujeira na área molhada e odores desagradáveis pelo excesso de diarreia com água.
    • Pelos sem brilho e desarrumados.
    • Olhos vidrados e sem vida.
    • Desconforto abdominal que pode se manifestar em forma de comportamento agressivo ou teimoso.
    • Letargia, sempre se escondendo e sendo recluso.
    • Irritabilidade, desconforto e postura arqueada.
    • Reto saliente devido à força aplicada.
    • Perda de peso.
    • Perda de apetite e baixos níveis energéticos. [3]
  2. Antes de consultar um veterinário, deixe frutas e legumes de lado na dieta, mas continue alimentando-o; o profissional fornecerá mais dicas sobre o que ele deve comer após examiná-lo. Alimentos secos deixam o bolo fecal mais consistente do que legumes e frutas, enquanto os mais molhados – como frutas e legumes – podem levar à diarreia.
  3. A doença do rabo molhado pode ser contagiosa, logo, é melhor tomar medidas preventivas, separando o roedor doente dos outros para evitar a disseminação da bactéria. O hamster doente poderá até preferir ficar sozinho, já que isso reduz os níveis de estresse dele. Uma boa opção é pedir para que um amigo de confiança ou parente cuide dos hamsters saudáveis enquanto os doentes se recuperam sob seu tratamento. Isto também diminui o estresse causado sobre si próprio e o animal enfermo.
  4. O profissional receitará um tratamento por antibióticos e medicamentos para curar a diarreia; nunca adicione antibióticos à água e alimentos. Provavelmente, o hamster não estará comendo e nem bebendo, logo, seria uma maneira nada eficaz de medicá-lo. Caso ele ainda beba, colocar o remédio junto ao líquido só fará com que ele não queira mais se hidratar devido ao gosto estranho. Ao perceber que o roedor não está nada bem, o veterinário poderá administrar uma injeção com antibióticos para garantir que ele tome a dose certa.
    • Como os hamsters são minúsculos, é difícil realizar exames diagnósticos – de imagens e sangue, por exemplo. Isso dificulta com que o veterinário consiga determinar um diagnóstico definitivo da causa oculta da doença.
  5. [4] Quando o roedor estiver muito desidratado, pergunte para o médico se há possibilidade de administrar uma injeção salina sob a pele. Para saber se ele está desidratado, basta “pinçar” a pele na parte de trás do pescoço do pet; se ela estiver saudável e hidratada, ela voltará ao lugar imediatamente. Do contrário, a pele demorará mais do que dois segundos para se reposicionar, indicando que há maior chance de um quadro perigoso de desidratação.
    • A injeção salina nem sempre melhora a condição do animal, já que a absorção pode ser lenta quando o animal estiver doente.
  6. Quando a saúde do hamster causar preocupações ao profissional, aceite a recomendação dele. O pet poderá ficar na clínica durante um dia para que os funcionários administrem fluidos regularmente e apliquem mais injeções com antibióticos.
  7. [5] Se o veterinário diagnosticar que não é necessário mantê-lo na clínica para maiores tratamentos, o dono deverá administrar os remédios da maneira certa para o animal. O antibiótico Baytril, consumido via oral, é frequentemente receitado; na maioria dos casos, o veterinário recomendará uma gota por dia, já que ele é bastante concentrado. Outra possível recomendação dele será dar uma solução de eletrólitos balanceada – como Hydralite ou Pedialyte – para o hamster, mantendo-o hidratado. Todos os passos devem ser feitos com grande cuidado, já que o excesso de líquido pode invadir os pulmões do hamster.
    • A melhor maneira de administrar a solução é através de um conta-gotas. Basta pressioná-lo uma única fez para que uma gotinha da solução caia nos lábios do roedor.
    • A tensão superficial da solução fará com que a gota hidrate a boca do animal, que poderá lamber e ingeri-la.
    • Isto deve ser feito a cada meia hora ou uma hora, se possível.
  8. Mamíferos pequenos, como os hamsters, terão uma área de superfície muito maior que o volume, ou seja, eles poderão ficar com muito frio quando estiverem doentes. O ideal é que o ambiente esteja entre as temperaturas de 21,1 °C e 26,6 °C. [6]
  9. Especialistas já vincularam a doença do rabo molhado com a quantidade de estresse experimentado pelo hamster. [7] Retire qualquer fonte de distração ou estresse no cômodo onde ele repousar, como outros hamsters, cães latindo, gatos curiosos, luzes fortes e qualquer coisa que faça muito barulho.
    • Além de retirar alimentos com água da alimentação, não altere nada da dieta normal ao menos que o veterinário recomende. Isso pode deixar o hamster ainda mais nervoso.
    • Tente não ficar mudando-o de lugar mais do que o necessário, além da isolação inicial e visitas ao veterinário. O transporte deixa o roedor estressado.
  10. É ainda mais importante prezar pela limpeza ao ter mais de um hamster, já que a sujeira pode espalhar a infecção.
    • Sempre lave bem as mãos antes e depois de pegar o hamster nas mãos.
    • Tudo deve estar bem limpo, como a gaiola, o recipiente onde ele toma água, a tigela em que come e os brinquedos.
    • A cada dois ou três dias, limpe a gaiola. Fazer isto com muita frequência pode deixá-lo nervoso, prejudicando a recuperação.
  11. Infelizmente, os hamsters não respondem muito bem a tratamentos veterinários; caso ele desenvolva sinais de rabo molhado, ele poderá não se recuperar, logo, esteja preparado para o pior. A taxa de sucesso para tratar a doença do rabo molhado é pequena, e se o hamster não melhorar dentro de 24 a 48 horas, há chance de ele não resistir. Às vezes, a melhor opção é sacrificá-lo para evitar que ele e o dono sofram mais quando os tratamentos não funcionarem, mesmo ao se esforçar para fazer com que o pequeno recupere a saúde.
    • Analise se ele está desidratado pegando-o pelo “cangote” e vendo se a pele volta rapidamente para o lugar, se ele está letárgico ao ser manuseado ou tocado, pouco ativo, sempre com diarreia e com um odor desagradável que piora cada vez mais.
    • Se ele piorar mesmo após o início do tratamento, pelo menos você tentou. O melhor, neste momento, pode ser fazer com que ele não sinta mais dor e deixe-o partir.
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Método 2
Método 2 de 2:

Sabendo os fatores de risco

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  1. Os hamster anões podem sofrer com fortes diarreias, mas não com a doença do rabo molhado, enquanto os sírios de pelo comprido aparentam ser os mais suscetíveis à ileite proliferativa. [8] Ao comprar o hamster, pergunte ao vendedor ou consulte um veterinário para saber o risco que a raça em questão possui em desenvolver a condição, sabendo melhor os riscos.
  2. Hamsters muito jovens – entre três a oito semanas de idade – são os mais vulneráveis às infecções, muito provavelmente devido aos sistemas imunológicos ainda em desenvolvimento, não conseguindo combater microrganismos de maneira muito eficaz. Pesquisas sugerem que as bactérias com maior chance de causar a doença do rabo molhado são as da espécie Desulfovibrio. [9]
  3. Geralmente, os hamsters de até oito semanas e que acabaram de desmamar são mais suscetíveis ao problema. [10] Sempre permita que os recém-nascidos se adaptam ao novo ambiente antes de pegá-los com as mãos em excesso; isto pode deixá-los nervosos, contribuindo para a ileite proliferativa.
    • Hamsters novos devem se adaptar por uma semana antes de começarem a serem pegos no colo.
    • É uma boa ideia isolá-los durante este período, já que a doença do rabo molhado pode incubar por até sete dias antes que os sintomas surjam. [11]
  4. [12] Hamsters adultos possuem tendência a desenvolver os sintomas se o equilíbrio de microrganismos gastrointestinais for alterado. A bactéria clostridium pode infectar e sobrecarregar o sistema digestivo do animal, levando à diarreia e sintomas de rabo molhado. Alguns dos fatores que podem desencadear os transtornos gastrointestinais iniciais são:
    • Estresse (quando a gaiola possui muitos hamsters ou por medo de um predador, como um gato que morar na mesma casa.
    • Alterações na dieta.
    • Certos antibióticos de via oral para outras doenças.
  5. [13] É comum que os problemas gastrointestinais surjam não por problemas na dieta ou por estresse, mas sim por uma condição médica oculta. O câncer intestinal ou a Síndrome do Intestino Irritável poderão contribuir para o aparecimento da doença do rabo molhado.
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Avisos

  • Desinfete tudo que o hamster tocou enquanto esteve doente antes de permitir que ele ou outro hamster use a mesma superfície, já que isso ajuda a evitar a transferência de doenças. É possível adquirir desinfetantes próprios para animais em pet shops.
  • Descarte tudo que não pode ser desinfetado.
  • Práticas higiênicas também são benéficas para humanos; a exposição ao rabo molhado pode fazer com que pessoas se contaminem com a campilobacteriose, causando diarreias (geralmente com sangue), dores abdominais, febre, cólicas e vômitos.
  • A doença do rabo molhado pode ser fatal para hamsters! Leve o roedor ao veterinário logo que notar os sintomas; a morte pode ocorrer dentro de 24 horas após o aparecimento dos sintomas se a condição não for tratada. [14]
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Materiais Necessários

  • Um método para transportar o hamster ao veterinário e para casa
  • Um local limpo e tranquilo para que ele repouse

Referências

  1. http://www.vetbase.co.uk/information/wet-tail-hamsters.php
  2. http://www.drsfostersmith.com/pic/article.cfm?aid=2282
  3. The Merck/Merial Manual for Pet Health, Home Edition, p. 946, (2007), ISBN 978-0-911910-99-5
  4. Rodent and Rabbit Medicine. Laber-Laird & Flecknell. Publisher: Pergamon
  5. Rodent and Rabbit Medicine. Laber-Laird & Flecknell. Publisher: Pergamon
  6. Rodent and Rabbit Medicine. Laber-Laird & Flecknell. Publisher: Pergamon
  7. http://www.britishhamsterassociation.org.uk/get_article.php?fname=journal/wettailfact.htm
  8. http://www.drsfostersmith.com/pic/article.cfm?aid=2282
  9. Rodent and Rabbit Medicine. Laber-Laird & Flecknell. Publisher: Pergamon
  1. http://www.vetbase.co.uk/information/wet-tail-hamsters.php
  2. http://www.britishhamsterassociation.org.uk/get_article.php?fname=journal/wettailfact.htm
  3. Rodent and Rabbit Medicine. Laber-Laird & Flecknell. Publisher: Pergamon
  4. Rodent and Rabbit Medicine. Laber-Laird & Flecknell. Publisher: Pergamon
  5. http://www.vetbase.co.uk/information/wet-tail-hamsters.php

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