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Os termômetros retais são muito empregados ao medir a temperatura de um bebê e crianças, mas também podem funcionar em idosos que estão doentes. Os médicos ressaltam que essa é a maneira mais precisa de aferir a temperatura corporal, em especial nas crianças com menos de quatro anos ou em quem se recusa a fazer isso via oral ou axilar. No entanto, é importante ter cuidado, já que há risco de perfurar a parede retal, e outras dores e desconfortos podem ser causados pelo uso equivocado do termômetro. Veja algumas dicas e sugestões abaixo para medir a temperatura pelo reto de forma eficaz e segura.

Método 1
Método 1 de 4:

Sabendo quando a temperatura retal deve ser medida

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    • Calafrios e transpiração.
    • Dor de cabeça.
    • Dores musculares (mialgia).
    • Perda de apetite.
    • Fraqueza generalizada.
    • É possível ter alucinações, confusões, irritabilidade, convulsões e desidratação junto à febre alta. [1]
  1. Medir a temperatura pelo reto é recomendado para os bebês, já que os outros métodos vão deixá-lo bastante nervoso, e os canais auriculares são muito estreitos e pequenos para inserir a ponta do termômetro digital. [2]
    • Dos três meses de vida aos quatro anos, recomenda-se usar um termômetro digital auricular (pelo ouvido) ou retal. Também se torna mais viável tomar a medida através das axilas, mas é um método menos preciso.
    • Após os quatro anos, as crianças que cooperarem podem ter a temperatura medida via oral com um termômetro digital. É necessário levar em consideração, por outro lado, se o pequeno precisa respirar pela boca, devido à congestão nasal, porque isso poderá fazer com que o resultado seja pouco preciso. Nesse caso, meça a temperatura via auricular, pela testa (artéria temporal) ou pelas axilas, através do próprio termômetro digital.
    • Do mesmo modo, para os idosos, é preciso analisar se eles vão cooperar ou se há alguma condição médica que pode atrapalhar na hora de aferir a temperatura. Depois será possível determinar o melhor método. [3] Quando não for possível fazer a medida via oral ou retal, talvez seja melhor fazê-lo via auricular ou pela testa.
Método 2
Método 2 de 4:

Preparando-se para usar um termômetro retal

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  1. Existem termômetros voltados exclusivamente para uso retal, mas eles são raros no Brasil; ao comprar um que possa ser usado tanto via retal quanto axilar e oral, reserve-o apenas para uso através do reto. [4] Não use termômetros de mercúrio em hipótese alguma, já que há risco de que ele quebre e libere a substância, que é tóxica. [5]
    • Os termômetros para medição puramente retal apresentam um bulbo de segurança para que a o processo seja seguro. [6]
    • Analise como é o uso específico desse termômetro. É importante familiarizar-se com o dispositivo para evitar que ele fique inserido no reto por mais tempo do que o necessário, Leia as instruções, siga-as e faça o uso de forma segura e correta.
  2. O paciente não pode ter tomado banho e bebês não devem ter sido “embrulhados” (técnica usada para que fiquem mais aquecidos) nos últimos 20 minutos, ou o resultado pode ser impreciso. [7]
  3. Após aferir a temperatura pelo reto, ele não deverá ser usado de nenhuma outra maneira (oral, auricular ou axilar), já que há risco de disseminar bactérias. [8]
  4. Em alguns sites, você pode comprar uma capinha protetora para a ponta do termômetro, que substitui o uso da vaselina. Sempre a descarte após medir a temperatura. Porém, tome cuidado, já que elas podem fazer com que o encaixe não fique perfeito no momento de fazer a medição; segure-a na hora de puxar o dispositivo do reto após terminar.
  5. Ele não deve adentrar mais do que 1,2 a 2,5 cm, sem forçar se houver resistência. Mantenha o termômetro no reto do bebê até que ele afira a temperatura; nesse momento, retire-o e veja o resultado. [9]
    • Ligue o termômetro.
Método 3
Método 3 de 4:

Medindo a temperatura pelo reto

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  1. Use a outra mão para inserir o termômetro com bastante cuidado e não mais do que 1,2 a 2,5 cm.
    • O dispositivo deve ficar apontado na direção do umbigo do bebê ou idoso.
    • Pare ao sentir qualquer tipo de resistência.
  2. Com a outra, tranquilize o paciente e não deixe que ele se movimente, o que é bastante importante para que não ocorram maiores danos.
    • A movimentação excessiva pode fazer com que o resultado não seja preciso ou a pessoa sofra uma lesão no reto.
    • Nunca deixe um bebê ou um idoso sozinho e com o termômetro no reto. [10]
  3. Leia o valor aferido e anote-o; lembre-se de que as temperaturas medidas pelo reto apresentam cerca de 0,3 a 0,6 °C a mais do que as que são obtidas via oral. [11]
    • Caso tenha colocado a capinha protetora, confirme que ela não ficou presa ao reto na hora de retirar o termômetro.
  4. Use água e sabão ou passe álcool, seque e guarde-o em sua caixinha para estar pronto para uso futuro. Marque, também, que ele deve ser exclusivo para uso retal.
Método 4
Método 4 de 4:

Buscando atendimento médico

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  1. Entre em contato com um pediatra se um bebê com menos de três meses apresentar temperatura retal de 38 °C ou mais, mesmo sem qualquer outro sinal de doença. Isso é muito importante, já que, devido ao sistema imunológico ainda imaturo, os bebês têm pouca capacidade de combater as doenças, ficando mais suscetíveis a infecções bacterianas mais graves, como as renais ou no sangue (bacteremia), bem como a pneumonia. [12]
    • Dirija-se ao pronto-socorro mais próximo e não tente marcar uma consulta com o pediatra do bebê, em especial se a febre ocorrer no fim de semana ou após o horário comercial.
  2. Recomenda-se esclarecer qualquer medida que deve ser tomada se a temperatura obtida, em um bebê de três a seis meses de vida, chegar até 38,9 °C, sinais de comportamento letárgico, muito irritável e desconfortável. Acima dessa temperatura, é importante obter orientação especializada, com ou sem outras manifestações associadas. [13]
    • Entre em contato com o pediatra se o bebê estiver com mais de 38,9 °C de febre, perdurando mais de um dia, sem outros sintomas, e possuir idade de seis meses a dois anos. Pode ser mais prudente falar com o médico ou levar a criança ao pronto-socorro se a temperatura estiver alta e houver tosse, diarreia e calafrios. [14]
  3. Há outras oportunidades que exigem a orientação de um especialista da saúde, dependendo da idade e das manifestações associadas.
    • Em crianças com mais de dois anos de idade, com febre até 38,9 °C e sintomas vagos (letargia, inquietação e aparente desconforto): quando a temperatura continuar elevada por mais de três dias, sem resposta às medicações, também se faz necessário o cuidado pediátrico. [15]
    • Em adultos, o tratamento médico é recomendado quando a febre não abaixar, e mesmo com uso de antitérmicos, ela chegar ou ultrapassar 39,4 °C, ou ainda durar mais do que três dias. [16]
  4. Ao notar que o pequeno está sempre com menos de 36,1 °C, entre em contato com um médico, porque os recém-nascidos não conseguem regular bem a temperatura corporal quando doentes. [17]
  5. Fale com um médico se um bebê de dois anos ou mais estiver com febre e sem outros sintomas comuns a gripes e resfriados, como diarreia, por exemplo, durante três dias, mas apresentar: [18]
    • Dor de garganta por mais de 24 horas.
    • Der sinais de desidratação (boca seca, não molhar a fralda durante um período de oito horas ou urinar com frequência menor do que a normal).
    • Demonstrar que sente dores ao urinar.
    • Recusar alimento, possuir erupções cutâneas, dificuldade em respirar.
    • Algum sintoma após retornar recentemente de uma viagem para outro país.
  6. Por exemplo: ter febre depois de ser deixada em um carro quente e abafado ou em alguma outra situação perigosa, com as manifestações abaixo: [19]
    • Febre sem transpiração.
    • Fortes dores de cabeça.
    • Confusão.
    • Vômitos e diarreias persistentes.
    • Convulsões.
    • Pescoço rígido.
    • Irritabilidade ou desconforto evidente.
    • Qualquer outro sinal incomum.
  7. Um quadro de febre acompanhado das manifestações abaixo deverá ser investigado em um hospital: [20]
    • Forte dor de cabeça.
    • Forte irritação na garganta.
    • Erupções cutâneas incomuns, em especial se a irritação piorar rapidamente.
    • Reclamações de pescoço rígido e dor ao inclinar a cabeça para frente.
    • Ter sensibilidade incomum a luzes fortes ou brilhantes.
    • Aparentar confusão.
    • Tosse persistente.
    • Reclamar de fraqueza muscular ou alterações nos sentidos.
    • Sofrer uma convulsão.
    • Aparentar dificuldade de respiração ou reclamar de dor no peito.
    • Estar letárgico ou irritadiço.
    • Apresentar dor abdominal ao urinar.
    • Qualquer outro indício sem explicação.

Dicas

  • Lembre-se de que a febre é um sinal comum de que há uma infecção, que está sendo combatida pelo organismo, o que não é necessariamente algo ruim. A temperatura média do corpo é de 37 °C, e na maioria dos casos a febre se caracteriza pela temperatura retal de 38 °C ou mais.

Avisos

  • Aferir a temperatura retal pode causar lesões internas, em especial se o paciente já apresentou sangramento no local, hemorroidas ou fez uma cirurgia no aparelho digestivo inferior.

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