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O caratê é uma arte marcial milenar idealizada para defesa pessoal que tem suas origens no Japão e na China. Ele se tornou extremamente popular em todo o mundo e apresenta diversas variações. Você conseguirá entender e praticar os conceitos básicos do caratê ao aprender os termos e as técnicas presentes nessa arte marcial.

Método 1
Método 1 de 3:

Entendendo os diferentes estilos do caratê

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  1. O caratê tem suas raízes primordiais na China, mas acabou se desenvolvendo majoritariamente no século 17 em Okinawa, Japão, como método de autodefesa quando armas convencionais passaram a ser proibidas. O termo karate pode ser traduzido como "mão vazia". Há vários estilos que vão do tradicional aos modernos e ocidentalizados, como o estilo livre e o caratê de contato (ou esportivo), mas muitas das técnicas básicas são exatamente iguais. Algumas das modalidades mais comuns são:
    • O " shotokan " é considerado o primeiro estilo de caratê moderno (criado por Gichin Funakoshi, no qual seus praticantes fazem movimentos fortes e certeiros, centralizando-se em cada postura);
    • O " goju-ryu " é um estilo que incorpora técnicas do kenpo chinês, além de movimentos lineares rígidos e movimentos circulares suaves que se mesclam como Yin e Yang. A movimentação costuma ser mais lenta, concentrando-se na respiração.
  2. Treinar essa arte marcial geralmente envolve quatro aspectos, ou fundamentos. Eles representam as diferentes formas de movimentos que compõem as combinações e técnicas praticadas no caratê. [1]
    • Kihon (técnicas básicas);
    • Kata (forma ou padrão);
    • Bunkai (estudo das técnicas incluídas no kata , ou "aplicação do kata ");
    • Kumite (treino livre).
  3. Muitas pessoas costumam confundir estilos diversos de artes marciais, trocando seus nomes. É fácil confundir o caratê com outras, especialmente quando tantas delas empregam técnicas semelhantes.
    • O caratê se concentra em golpes de mão aberta, combinando o uso de socos, chutes, joelhadas e cotoveladas.
    • Outras artes marciais envolvem técnicas de luta diversas, além do uso de armas. O aiquidô (ou aikido) tem seu foco em esquivar, travar articulações, quebrar defesas, lançar e controlar. O judô, por sua vez, se concentra em lançar e agarrar o oponente para levá-lo ao chão. O kung fu é uma arte marcial com vários estilos inspirados por movimentos de animais e filosofias chinesas, visando aprimorar a forma dos músculos e cardiovascular.
    • Diversas artes marciais façam uso de um sistema classificatório representado por faixas ou cinturões, e o caratê também possui seu sistema específico de faixas coloridas: a branca é a cor do iniciante, enquanto a preta representa o carateca avançado. [2]
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Método 2
Método 2 de 3:

Aprendendo os fundamentos do caratê

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  1. Esse termo pode ser traduzido como "técnicas básicas" e consiste na base sobre a qual o caratê foi construído. No kihon , você aprende a forma carateca de executar socos, bloqueios, chutes e movimentos. [3]
    • Você frequentemente fará treinos para o sensei que parecerão chatos e tediosos. Entretanto, os bloqueios, os socos e os chutes são cruciais para se desenvolver o caratê de forma plena.
    • Os fundamentos incluem bloqueios, golpes, chutes e diferentes posturas. Os alunos praticarão essas técnicas básicas várias vezes, até que estejam fixadas na memória e nos músculos.
  2. Esse termo é traduzido como "formas" e é construído sobre as técnicas básicas aprendidas. Com o kata , você aprende a combinar as técnicas básicas em movimentos fluídos. [4]
    • Cada kata é desenvolvido sobre uma estratégia de luta específica a ser compreendida e praticada contra oponentes imaginários.
    • O kata é uma forma dos professores repassarem o conhecimento das técnicas usadas no caratê. Como aluno, você aprenderá uma série de bloqueios, golpes, lançamentos, chutes e movimentos combinados.
  3. Esse termo é traduzido para "análise" ou "desmontagem" e envolve trabalhar com outros para entender como o kata pode ser aplicado na realidade. [5]
    • No bunkai , você analisa cada movimento em um kata e desenvolve usos específicos em situações de combate reais. Ele representa um passo de transição rumo ao kumite .
    • O conceito do bunkai pode ser um pouco difícil de entender porque envolve o uso do kata para "lutar" e "se defender" contra um oponente que não está ali. É como usar passos de balé combinados em uma dança coreografada que conta uma história.
  4. Esse termo é traduzido como "treino" e dá aos alunos a oportunidade de praticar as técnicas aprendidas entre si ou, às vezes, inclusive em torneios. [6]
    • No kumite , você aprende a aplicar o kihon e o bunkai em um ambiente controlado. Ele está um passo mais perto do combate real no que diz respeito a dois praticantes tentando executar seus movimentos um no outro.
    • Em alguns casos, o kumite é executado de forma intercalada ou no du kumite — um outro passo na direção da luta livre, com um sistema de pontos às vezes aplicado a certos ataques.
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Método 3
Método 3 de 3:

Entendendo os movimentos básicos

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  1. Os socos no caratê usam um movimento reto com um giro do pulso próximo ao ponto de impacto.
    • Golpeie sempre com os dois primeiros nós dos dedos e sem travar o cotovelo, ou você pode provocar uma hiperextensão e se lesionar.
    • Recolha o punho que não está sendo usado novamente para o nível da cintura. Isso é chamado de hikite e, se feito no momento certo, pode deixar o seu golpe mais forte e preciso (efeito de empurrar e puxar).
    • Incorpore o kiai . Ele é dividido em ki , que significa "energia", e ai , que significa "articulação". Trata-se do som geralmente ouvido quando alguém executa um movimento de ataque como o soco. O propósito do kiai é liberar a energia canalizada, resultando em um maior impacto no golpe. [7]
  2. Como o caratê é principalmente usado como forma de autodefesa, e não de ataque, há várias técnicas de bloqueio a serem aprendidas para que você se defenda em qualquer situação.
    • Bloqueio superior ( jodan age uke );
    • Bloqueio central ( chudan age uke );
    • Bloqueio inferior ( gedan age uke ).
  3. Execute os chutes básicos . Embora caratê signifique "mão aberta" e seja principalmente usado como forma de defesa pessoal, os chutes são úteis por diversas razões, como manter distância entre você e o atacante ou como alternativa quando os membros superiores não puderem agir por estarem bloqueando ou defletindo um ataque. [8]
    • O chute frontal ( mae geri ) golpeia com a bola do pé;
    • O chute lateral ( yoko geri ) golpeia com a lateral do pé, mantendo os dedos para baixo;
    • O chute circular ( mawashi geri ) golpeia com a bola do pé, mantendo os dedos para cima e um ângulo lateral;
    • O chute-gancho ( ura mawashi geri ) é o chute circular inverso;
    • O chute traseiro ( ushiro geri ) é um golpe para trás, sendo importante olhar para onde você pretende atingir e avançar com o calcanhar.
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Dicas

  • Faça sempre alongamentos antes de treinar.
  • Expire em cada golpe ou bloqueio. Isso confere mais força aos movimentos.
  • Lembre-se do kiai (grito). Ele deve ser forte e poderoso, vindo do hara logo abaixo do umbigo.
  • Concentre-se no que você está fazendo em vez de observar os demais. Se todos os outros estão cometendo algum erro, não tente corrigi-los, pois você pode estar errando no mesmo ponto. Deixe o ensino para o sensei ou senpai responsável.
  • Jamais ataque alguém com plena força ao aprender o caratê. Você jamais deve tentar ferir um colega de treinamento. Sempre "pratique" com controle e fluidez.
  • Esteja sempre alerta.
  • Preste sempre atenção à postura: baixa e curta é melhor.
  • Há dois tipos de socos: para frente e para trás. O soco 'para frente' golpeia com o lado 'dominante' (assim como o pé frontal), enquanto o soco 'reverso' golpeia com o lado 'secundário' (oposto ao pé frontal).
  • Lembre-se: o segredo para dominar técnicas avançadas é ter uma base sólida e ter experiência com as técnicas básicas.
  • Tente aprender a respeitar a sessão de treino, curvando-se no início como sinal de respeito ao professor.
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Avisos

  • Jamais ataque alguém sem permissão. Isso não apenas é desrespeitoso como perigoso, uma vez que a pessoa despreparada estará muito mais propensa a ser lesionada com o golpe.
  • Se você tem deficiências físicas, consulte um médico antes de dar início às aulas de caratê.
  • Não leve o treino como brincadeira. Você estará perdendo o seu tempo e também o dos outros, podendo acabar ferindo a si mesmo ou a alguém mais. Técnicas de artes marciais são feitas para machucar e, por isso, devem ser consideradas com cuidado.
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