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Não importam as circunstâncias, o bullying nunca é legal ou aceitável. Ainda assim, ele infelizmente afeta muitas pessoas. Se é o seu caso, fique tranquilo: existem várias formas de preservar a sua segurança e não se deixar impactar mais! Leia as dicas que separamos aqui para aprender a responder às afrontas diretamente, além de como tomar outras medidas se alguém não parar de pegar no seu pé.

Método 1
Método 1 de 3:

Lidando com o bullying diretamente

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  1. A "zoação" pode causar emoções desconfortáveis em você, como raiva e ansiedade, mas tente não reagir sem pensar. Chorar, responder ou ofender a pessoa de volta são justamente as reações que ela espera causar. [1] Se possível, afaste-se da situação. Essa é a melhor tática para diminuir a tensão.
    • Se você ficar irritado, respire fundo e conte até 10. Tente relaxar todo o corpo.
    • Caso você precise falar alguma coisa, seja breve e não piore o problema. Por exemplo: diga "Está bem" e mude de assunto.
    • Concentre-se em algo positivo. Se você ficar frustrado, pense em alguma coisa ou pessoa que traga uma sensação de segurança e alegria.
  2. Por mais que você queira responder à pessoa, é importante manter a compostura. E nunca parta para cima de ninguém! Qualquer tipo de ofensa da sua parte pode piorar tudo. [2]
    • Não se rebaixe ao nível da pessoa. Xingar, espalhar boatos e pagar o bullying na mesma moeda são coisas tão desagradáveis quanto o que ela fez. O segredo aqui é se mostrar mais maduro, ainda mais se vocês estiverem em um ambiente supervisionado por adultos.
    • Deixe claro que você é mais maduro dizendo algo como "Não vou nem responder".
    • Lembre-se de que ninguém merece ser maltratado. Ainda que você não responda à pessoa no mesmo nível, não deixe de confrontar situações desconfortáveis — com maturidade, claro.
  3. Demonstre que você não gostou do que a pessoa fez ou disse. Fale com ela em um tom firme e confiante e, em seguida, saia de perto. Mostrar essa confiança (mesmo que seja forçada) deixa claro que você não tolera comportamentos inadequados. [3]
    • Ensaie suas respostas à pessoa. Peça ajuda a um amigo ou parente ou até use um bicho de pelúcia ou o espelho para ensaiar a situação da forma mais realista possível.
    • Ensaie respostas curtas e neutras e que você se sinta confortável de usar. Expressões como "Pode parar", "Não vejo graça" e "Chega" são ótimos exemplos. [4]
  4. Ignorar as brincadeiras sem graça da pessoa pode ser tiro e queda, principalmente quando a situação não é séria. No entanto, não deixe isso se transformar em rotina: ao longo do tempo, os efeitos na sua saúde vão ficar cada vez mais sérios. [5]
    • Faça cara séria e finja que você não ouviu os comentários maldosos. Isto é difícil a princípio, mas logo fica mais simples. No geral, quem faz bullying com os outros se entedia quando não consegue a reação que esperava de suas vítimas. [6]
    • Olhe para um colega ou professor e diga alguma coisa para mostrar que você não prestou atenção ao que a pessoa falou. Por exemplo: "Adorei essa calça" ou "E aí, como foi o fim de semana?".
    • Finja que está distraído no celular. Se possível, olhe para seu telefone e fale "Esqueci de responder às mensagens" ou "Não tinha visto a notificação antes."
  5. Às vezes, fica difícil reconhecer o bullying antes que a situação fique tensa. Pode acontecer de você se sentir isolado ou ansioso com a ideia de ir para a escola (a ponto de fingir que está passando mal, por exemplo), ter dificuldade para dormir, perder o apetite ou comer mais que o normal ou até ficar com um desempenho fraco nos estudos. [7] Para evitar essas coisas, familiarize-se com os tipos de bullying e passe a enfrentar tudo o quanto antes. [8]
    • O bullying físico inclui agressões como socos, tapas, chutes, puxões de cabelo, beliscões, petelecos e até danos às suas coisas. Aqui, a pessoa usa a força física para atrapalhar a sua vida.
    • O bullying verbal inclui ofensas, xingamentos, "brincadeiras" sem graça, intimidação, abuso verbal e comentários homofóbicos, machistas, racistas, capacitistas etc. Tudo pode começar como algo "leve", mas sair do controle em pouco tempo.
    • O bullying social é mais difícil de detectar. Talvez você não se dê conta do que está acontecendo, já que ele pode ocorrer por trás das suas costas. A prática inclui espalhar boatos, falar para as pessoas não serem suas amigas, inventar mentiras a seu respeito, prejudicar a sua reputação, imitar o seu jeito de ser, ignorar as coisas que você fala etc.
    • O cyberbullying pode acontecer a qualquer hora e ser público ou privado, seja diretamente ou pelas suas costas. Ele envolve o uso de tecnologias, como mídias sociais e sites da internet, e pode incluir táticas como espalhar boatos, falsidade ideológica (alguém fingir que é você), compartilhar fotos e vídeos comprometedores, enviar mensagens abusivas e afins.
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Método 2
Método 2 de 3:

Buscando ajuda

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  1. Você provavelmente já ouviu a expressão "Quem dedura pouco dura" ou algo parecido, mas é sua responsabilidade cuidar do seu próprio bem-estar. Se a situação de bullying ficar violenta ou constante, peça ajuda a alguém. Pode ser um professor, seus pais ou outro adulto: o importante é não sofrer calado. Ainda que você ache que envolver os outros pode piorar as coisas, adultos responsáveis são seus maiores aliados na hora de elaborar um plano de ação. [9]
    • Se o bullying acontece na sua escola, converse com um professor de confiança. Funcionários de escolas costumam ter experiência no assunto e podem ajudar. Pense em formas de reduzir as suas interações com a pessoa e se sentir mais seguro. Por exemplo: talvez você possa se sentar em um lugar diferente da sala.
    • Peça conselhos aos seus pais ou outros parentes. Seus pais precisam saber o que está acontecendo, principalmente se você estiver em perigo. Só não é recomendável pedir para eles conversarem com os pais da pessoa responsável pela sua tormenta! [10]
    • Um amigo próximo pode ser a primeira pessoa a quem você recorre nessas horas. Quem sabe aquela sua amiga não faz companhia na hora de você relatar o que está acontecendo a um professor? Ou fica ao seu lado nos momentos mais tensos?
    • Desabafar com alguém sobre esses assuntos nem sempre é fácil. Comece dizendo às pessoas o que você está sentindo, como "É difícil falar sobre o assunto, mas queria te contar o que está acontecendo."
  2. Quem pratica bullying costuma mirar em pessoas que parecem ter baixa autoestima. Não quer dizer que você precisa mudar seu jeito de ser! Em vez disso, aprenda a se sentir confortável consigo mesmo. [11]
    • Participe de atividades que façam você se sentir bem consigo próprio. Por exemplo: faça um curso para desenvolver alguma habilidade do seu interesse.
    • Pratique exercícios como forma de transformar a sua maneira de se enxergar. Quem sabe você não se dá bem em um esporte em equipe, na yoga ou em aulas de defesa pessoal? [12]
    • Fazer afirmações positivas é muito importante para desenvolver a sua autoestima e segurança. Crie o hábito de escrever coisas boas sobre si mesmo em um diário (em vez de só desabafar sobre as coisas ruins).
  3. Existem vários sites na internet voltados para estudantes e outros jovens que sofrem bullying. Explore essas histórias para encontrar um lugar seguro onde falar sobre o assunto. [13]
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Método 3
Método 3 de 3:

Ajudando as pessoas

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  1. Ao compartilhar a sua história, pode ser que você ajude outras pessoas que estejam passando por algo parecido. [14]
    • Explique sua experiência em um post do Instagram ou Twitter, por exemplo. Compartilhe o que você está fazendo para confrontar o problema e promover mudanças positivas.
    • Fale com as pessoas próximas. Se você conhece alguém que está sofrendo bullying, separe um tempo para compartilhar estratégias de autopreservação — e ensaiar suas possíveis respostas.
    • Por exemplo: você pode dizer "Vi que o João estava mexendo com você. Odeio quando ele faz isso comigo".
  2. Nunca incentive o bullying e outros comportamentos do tipo! O certo é ajudar a pessoa a sair da situação em que se encontra. [15]
    • Atitudes como rir de brincadeiras sem graça e observar tudo em silêncio indicam que você não se opõe ao comportamento. É muito melhor mostrar à pessoa que você não gostou do que ouviu.
    • Caso você esteja na conversa, fale "Isso não é legal."
    • Caso veja alguém em perigo físico ou emocional, busque ajuda de uma figura de autoridade imediatamente.
  3. Ofereça apoio às pessoas que estiverem passando pelo mesmo problema que você. Pode ser que todos lidem melhor com a situação se vocês fizerem amizade. [16]
    • Combine de ficar perto da pessoa no intervalo das aulas. Quem sabe vocês não se aproximam e veem que têm coisas em comum?
    • Fale algo do tipo "Quer lanchar junto hoje?" ou "Vamos embora juntos?".
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Avisos

  • Coisas como ter reações exageradas e não reagir às tentativas de bullying podem piorar o problema. Faça o possível para confrontar ou ignorar essas situações de forma estratégica.
  • Leve o bullying a sério. Se você estiver correndo algum risco físico ou emocional, busque ajuda imediatamente.
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