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A gonorreia é uma doença sexualmente transmissível (DST) que afeta o trato reprodutivo de ambos os sexos, se instalando no útero, cérvix ou trompas de Falópio, nas mulheres, e na uretra (canal que conduz a urina) em homens e mulheres. Além disso, a gonorreia também pode atacar a boca, os olhos, a garganta e o ânus. Apesar de não “desaparecer” por conta própria, a doença pode ser tratada e curada através de cuidados médicos adequados. [1]

Método 1
Método 1 de 2:

Identificando a gonorreia

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  1. Caso tenha mantido relações sexuais recentemente, você pode estar contaminado. No Brasil, os índices são mais altos entre negros (19%) e na população da região Norte (24,6%). [2]
  2. Nos homens, as manifestações são queimação ou dor ao urinar, urina com sangue, corrimento no pênis (de cor branca, amarela ou verde), ponta da glande inchada ou dolorida e de coloração vermelha e testículos sensíveis ou inchados. Além disso, a urinação frequente e a dor de garganta são outros sintomas possivelmente presentes. [3]
  3. Nas mulheres, os sintomas podem ser bem leves, às vezes sendo confundidos com outros tipos de infecção. A única maneira de diferenciar as bactérias é realizando exames serológicos (detecção específica de anticorpos) e culturas (coleta de amostra da área infectada para verificar qual o microrganismo que se desenvolve). [4]
    • Nas mulheres, os principais sintomas são: corrimento vaginal (com odor de levedura, em certos casos), queimação ou dor ao urinar, aumento na frequência urinária, dor de garganta, relações sexuais doloridas, febre e dores fortes no abdômen inferior se a infecção se espalhar às tubas uterinas.
  4. Eles surgem de dois a dez dias após a infecção; em homens, a manifestação pode ocorrer até 30 dias depois da contaminação. [5] . A maioria das pessoas não exibe qualquer sinal ou sintoma; até 20% dos homens e 80% das mulheres infectadas não apresentam quaisquer indícios. [6] Como os sintomas são pouco específicos, é importante entrar em contato com um médico ao suspeitar de gonorreia.
  5. Caso não seja tratada, ela pode causar problemas de saúde graves, como dores crônicas e infertilidade tanto em homens quanto em mulheres; eventualmente, ela se espalha ao sangue e às articulações, colocando a vida da pessoa em risco.
    • Por outro lado, se a gonorreia for tratada e curada através de antibióticos, os sintomas desaparecerão.
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Método 2
Método 2 de 2:

Tratando a gonorreia

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  1. Sem o cuidado médico, a gonorreia causará problemas de saúde muito graves. Tanto homens quanto mulheres poderão apresentar uma condição conhecida como gonorreia disseminada, que consiste na entrada da bactéria na corrente sanguínea, espalhando a infecção para a pele e articulações. Isso leva ao aparecimento de febre, dores fortes nas articulações e uma mancha maculopapular (pequena protuberância dolorida e circular que surge do pescoço para baixo).
    • Nas mulheres, as complicações da gonorreia incluem a inflamação das tubas uterinas, levando à doença pélvica inflamatória (fortes dores na parte inferior do abdômen). Essa doença causa formação de tecido cicatricial nas trompas, dificultando que a mulher consiga engravidar e aumentando a infertilidade. Além disso, se a pélvis inflamada não for corretamente tratada, a chance de uma gravidez ectópica (fora do útero) é maior.
    • Nos homens, pode haver o desenvolvimento da epididimite, causando dor atrás dos testículos e infertilidade, se a doença não for rapidamente tratada.
  2. Como essa DST possui proteínas que permitem a replicação mais rápida do HIV, a chance de ser contaminado e transmitir o vírus da AIDS é maior. Pessoas que não estão contaminadas com HIV, mas têm gonorreia, possuem cinco vezes maior chance de adquirir o vírus. [7]
    • Não mantenha relações sexuais até que esteja curado dos sintomas, já que eles poderão ser transmitidos para o parceiro ou parceira. Diga a qualquer um com quem tenha feito sexo anteriormente que realizem exames e tratem a gonorreia, pois ela pode ser assintomática de início.
  3. Explique o histórico e os sintomas apresentados. Um profissional da saúde pode fazer algumas das seguintes perguntas: “Qual a última vez que manteve relações sexuais?”, “Você realizou sexo oral, vaginal ou anal?”, “Quantos parceiros você possui?”, “Você usa proteção?”. Como a gonorreia é uma DST, o risco de infecção aumenta de acordo com o número de parceiros sexuais ativos.
    • Beba um pouco de água antes da consulta médica. O profissional coletará uma amostra de urina para verificar se existem glóbulos brancos (células imunológicas), sangue ou sinais de infecção na urina.
    • Mulheres podem ser submetidas a um exame de urina para detectar se há gestação ou não.
    • Exames confirmatórios serão sempre realizados. Infecções desse tipo devem ser reportadas à secretaria de saúde e o centro de controle de doenças do estado.
  4. Após o diagnóstico de gonorreia, os médicos também realizarão o tratamento da clamídia, se a bactéria da DST estiver presente, já que a chance de uma “infecção dupla” é grande. As bactérias das duas doenças são frequentemente transmitidas por contato sexual e causam sintomas semelhantes. O médico fornecerá tratamento para ambas.
    • O profissional limpará a área (geralmente, no músculo do ombro) com um cotonete embebido em álcool e injetará uma dose intramuscular de 250 mg de ceftriaxona para tratar a gonorreia. Esse medicamento é parte das cefalosporinas, que é um grupo de antibióticos que evita o crescimento da parede celular da bactéria.
    • O médico também prescreverá uma dose única de azitromicina 1 g. Para o tratamento de clamídia, a azitromicina pode ser substituída pela doxiciclina 100 mg, que deve ser administrada duas vezes por dia durante sete dias [8] . Os dois remédios evitam que enzimas e componentes estruturais importantes da gonorreia sejam formados ao interferir na síntese proteica.
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Dicas

  • Através de medidas básicas para manter relações sexuais seguras, a gonorreia pode ser evitada. Algumas delas são: usar preservativo durante o coito ou sexo oral, realizar exames para detecção de DSTs, pedir para que todos os parceiros ou parceiras realizem o mesmo teste, abster-se de manter relações sexuais e reduzir comportamentos sexuais de alto risco.
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