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A doença herpes é causada pelo vírus herpes simples, que apresenta duas variações: o HSV-1 e o HSV-2. A primeira se manifesta, na maioria dos casos, como uma lesão oral, mas também há chance que apareça nos órgãos genitais, enquanto a segunda surja apenas na região da virilha. Não há dados sobre qual é a mais comum no Brasil. Não há cura, apenas maneiras de controlar essa doença sexualmente transmissível (DST); [1] caso desconfie que possui essa infecção, siga alguns passos práticos para identificar se o vírus está presente em seu corpo.

Parte 1
Parte 1 de 3:

Encontrando sinais do herpes

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  1. A maneira principal de distinguir se está contaminado pelo vírus é através das lesões que aparecem na região genital. Elas devem surgir cerca de seis dias após a infecção. As feridas oriundas do HSV-1 deverão aparecer na boca, enquanto as do HSV-2 se manifestam nas coxas, nas nádegas, no reto e no períneo. Mulheres também podem sofrer lesões na vulva, nos lábios, na parte interna da entrada da vagina e também no colo do útero. Já em homens, elas são mais prevalentes na glande, no corpo do pênis e dentro da uretra.
    • É provável que a aparência seja desagradável, caracterizada por amontoados de feridas na partes afetadas da pele. [2] São descritas como sendo doloridas, com queimação e coceira doloridas na primeiras horas ou até dias à exposição. [3] .
  2. De início, as lesões serão acompanhadas por outro problema físico, como dores de cabeça, cansaço, febre e inchaço dos nódulos linfático da região genital. Esses nódulos ficam acima e um mais na lateral dos órgãos genitais. [4] Há também o risco de contrair sintomas virais, já que o corpo estará tentando combater o vírus do herpes. [5] .
    • As manifestações são parecidas com as de um resfriado, com presença de febre, dores gerais um desconforto pelo corpo. [6]
  3. Por terem prurido e queimação, as mudanças começarão horas ou dias após a infecção, dependendo do caso. As sensações de queimação e coceira darão lugar a bolhas com pus. De início, formarão erupções cutâneas em forma de cobra, secretando uma substância semelhante ao pus.
    • Na maioria dos casos, o líquido possui uma cor de palha será salpicado de sangue. [7] .
  4. Depois de um tempo, casquinhas se formarão sobre as lesões, incentivando a cicatrização da pele normal, que deve ocorrer normalmente. O período desse processo depende da gravidade da doença.
    • Esses sintomas indicam o primeiro “surto” de herpes, que sempre será pior e mais intenso do que os episódios subsequentes. O primeiro “surto” durará, em média, duas a quatro semanas, enquanto os próximos não deverão passar de uma semana. [8]
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Parte 2
Parte 2 de 3:

Procurando diagnóstico médico

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  1. Há duas variações dos vírus considerados do herpes; o HSV-1 ocasiona feridas na boca, mas também pode atacar a região genital. [9] Já o HSV-2 leva ao surgimento do herpes genital. O HSV-1 é mais comum do que o HSV-2; cerca de 70% dos indivíduos com menos de 50 anos, em todo o mundo, possuem o tipo 1, enquanto o tipo 2 atinge de 8% da população na faixa etária de 15 a 49 anos. [10] Há muitas pessoas que podem ter o vírus, mas nunca sofreram nenhum sintoma com exceção do surto de lesões. Devido a isso, há milhares de novos casos, com grande parte dos infectados, mesmo que com o HSV-2, nunca exibindo nenhum indício. [11]
    • A forma mais direta de disseminação da doença é através do contato com lesões ou secreções contaminadas com o vírus. Ainda assim, há a possibilidade de espalhá-la fora dos períodos em que há “surto” de lesões, como quando o vírus se origina de partes da pele que, aparentemente, não estão infectadas. [12] Essa pele escamosa não se desprende tanto após a primeira infecção, melhorando em 70% após cerca de 10 anos. [13]
  2. Ao desconfiar de feridas do herpes, será imprescindível fazer testes para obter a confirmação. A RCP (Reação de Cadeia da Polimerase) é o mais comum; nele, o DNA será copiado a partir de uma amostra de sangue (ou ainda de fluido espinhal ou de uma lesão), sendo analisado para que seja revelado se há infecção pelo HSV e por qual cepa do vírus. [14]
    • Uma cultura viral também pode ser realizada. [15] Nesse exame, o médico fará uma coleta, com um cotonete, do conteúdo de uma lesão, posicionando a amostra em uma Placa de Petri. É um teste mais demorado, já que o vírus precisa de tempo para se desenvolver; assim que isso ocorrer, será feita a análise sob microscópio para determinar a cepa dos microrganismos. [16] [17] É mais comum que além da demora, os resultados não sejam tão precisos quanto da RCP. [18]
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Parte 3
Parte 3 de 3:

Fazendo o tratamento do herpes

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  1. Não há cura para essa doença, mas é possível adotar algumas medidas para encurtar a duração dos surtos. Assim que desconfiar que ele está acontecendo, vá ao médico para que ele receite os remédios adequados; quando obtiver o diagnóstico preciso, o medicamento será receitado para que o tratamento se inicie o quanto antes. O valaciclovir é um fármacos dos mais utilizados para essa doença. [19] Caso seja o seu primeiro “surto”, a medicação deverá começar a ser consumida dentro de 48 horas após notar os primeiros sintomas, e durante 10 dias. A dosagem depende do paciente e apenas o médico poderá determiná-la; siga as instruções dele. [20]
    • Na maioria das vezes a dose é de 1000 mg duas vezes diárias, durante um período de 10 dias enquanto sofrer com o primeiro “surto”. Nos próximos, recomenda-se consumir 500 mg duas vezes por dia no período de três dias.
    • Pessoas que sofrem com o surgimento muito frequente de feridas do herpes – mais de nove vezes por ano – podem usar o valaciclovir como uma terapia de supressão. Isso significa que a droga será empregada para que os “surtos” não ocorram em vez de utilizá-la para combater os sintomas deles. Quando for o seu caso, consulte um médico e, se ele aprovar, siga as recomendações. A dose geral é de 500 mg duas vezes por dia e diariamente.
    • Os primeiros sintomas são de leves “pontadas” e coceira nos locais que se tornarão bolhas dentro de horas ou dias. Assim que perceber esses sinais (formigamento, queimação, prurido), tome o medicamento. [21]
  2. [22] Ainda que o valaciclovir seja o mais utilizado para combater a herpes, há alternativas, em especial devido ao fato do vírus se tornar resistente a determinado tipo de medicamento. Assim como em outros remédios, a dosagem varia de acordo com a situação, portanto, siga as instruções do médico à risca. [23]
    • Quando os antivirais forem receitados, ou seja, logo após o primeiro episódio de herpes, provavelmente será necessário tomar 200 mg via oral cinco vezes por dia durante 10 dias. Caso eles sejam recorrentes, a dosagem é de 200 mg via oral de duas a cinco vezes diárias, por cinco dias (até um ano).
    • O aciclovir também está disponível em forma de creme. Ele não será tão eficaz quanto a forma em comprimido, mas pode auxiliar na recuperação das feridas orais. Aplique-o a cada três horas durante uma semana. [24]
  3. Assim como os outros fármacos destinados ao tratamento do herpes, sempre consulte um especialista para obter a receita em no máximo 48 horas após o surgimento das manifestações da doença. [25] A dosagem varia para cada paciente, portanto, sempre siga as recomendações médicas. [26]
    • A dosagem para tratar os “surtos” é de 1000 mg duas vezes em um único dia. Já para episódios recorrentes, recomenda-se tomar 250 mg duas vezes por dia durante um período de até um ano.
    • No geral, o paciente terá que tomar um comprimido duas vezes em um só dia para quando as lesões surgirem de maneira recorrente. Para evitar que elas reapareçam, o médico poderá prescrever o remédio por até um ano. [27]
  4. Há vários métodos caseiros que podem ser empregados para minimizar os episódios de herpes. A lisina é um aminoácido com efeitos comprovados no combate às feridas, em especiais as que surgem na boca; tome 1000 mg três vezes por dia. A lisina também pode ser incorporada na dieta: coma peixes, frangos, ovos e batatas para obtê-la.
    • Outra opção é tomar aspirinas para controlar o surgimento das feridas, mas consulte um médico antes. Um de seus componentes, o ácido salicílico, é extraído da casca de salgueiro e ajuda a combater o vírus. Tome 325 mg uma vez por dia.
    • Você também pode passar bálsamo de limão sobre as lesões, que pode fornecer um leve alívio ao ser aplicado nas feridas quatro vezes por dia até que comecem a cicatrizar.
    • De forma parecida com o creme Zovirax, há um creme de zinco que tem bons resultados. Ele possui óxido de zinco e deve ser aplicado todos os dias para promover a cicatrização. Por fim, use também o gel de babosa para que a “pele nova” cresça. [28]
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Referências

  1. A Wald, Genital HSV-1 Infections, Sexually Transmitted Infections, 2005 June, 82( 3), 189-190
  2. http://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/genital-herpes/basics/symptoms/con-20020893
  3. Beauman, John G. and MC Maj, Genital Herpes: A Review. Am Fam Physician. 2005 Oct 15, 72(8): 1527-1534
  4. http://www.nlm.nih.gov/medlineplus/ency/imagepages/9000.htm
  5. Beauman, John G. and MC Maj, Genital Herpes: A Review. Am Fam Physician. 2005 Oct 15, 72(8): 1527-1534
  6. http://www.healthgrades.com/conditions/viral-diseases
  7. Beauman, John G. and MC Maj, Genital Herpes: A Review. Am Fam Physician. 2005 Oct 15, 72(8): 1527-1534
  8. Beauman, John G. and MC Maj, Genital Herpes: A Review. Am Fam Physician. 2005 Oct 15, 72(8): 1527-1534
  9. http://www.cdc.gov/std/herpes/stdfact-herpes-detailed.htm
  1. https://www.hospitalsiriolibanes.org.br/sua-saude/Paginas/semelhanca-diferenca-herpes-oral-genital.aspx
  2. http://www.medscape.com/viewarticle/821875_3
  3. http://www.cdc.gov/std/herpes/stdfact-herpes-detailed.htm
  4. http://www.medscape.com/viewarticle/821875_3
  5. http://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/genital-herpes/basics/tests-diagnosis/con-20020893
  6. http://www.cdc.gov/std/herpes/stdfact-herpes-detailed.htm
  7. Beauman, John G. and MC Maj, Genital Herpes: A Review. Am Fam Physician. 2005 Oct 15, 72(8): 1527-1534
  8. http://www.cdc.gov/std/herpes/stdfact-herpes-detailed.htm
  9. http://www.cdc.gov/std/herpes/stdfact-herpes-detailed.htm
  10. http://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/genital-herpes/basics/treatment/con-20020893
  11. http://www.mayoclinic.org/drugs-supplements/valacyclovir-oral-route/proper-use/drg-20066635
  12. Simmons, Anthony, Clinical Manifestations and Treatment Considerations of Herpes Simplex Virus Infection, Journal of Infectious Diseases, 2002 186, Sup 1, S71- S77
  13. http://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/genital-herpes/basics/treatment/con-20020893
  14. http://www.mayoclinic.org/drugs-supplements/acyclovir-oral-route-intravenous-route/proper-use/drg-20068393
  15. Simmons, Anthony, Clinical Manifestations and Treatment Considerations of Herpes Simplex Virus Infection, Journal of Infectious Diseases, 2002 186, Sup 1, S71- S77
  16. http://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/genital-herpes/basics/treatment/con-20020893
  17. http://www.mayoclinic.org/drugs-supplements/famciclovir-oral-route/proper-use/drg-20063776
  18. http://www.nlm.nih.gov/medlineplus/druginfo/meds/a694038.html
  19. Beauman, John G. and MC Maj, Genital Herpes: A Review. Am Fam Physician. 2005 Oct 15, 72(8): 1527-1534

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