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A lesão “turf toe”, também conhecida como dedo do pé relvado ou dedo de turfa, se caracteriza pela torção de ligamentos plantares da articulação do dedão do pé de um atleta. Nos Estados Unidos, é conhecida como “soccer toe”, ou seja, como se fosse mais frequente no futebol, mas ela pode acontecer com qualquer desportista, principalmente com os que jogam em uma superfície rígida, como jogadores de vôlei, basquete, futebol americano, e muitos outros. Geralmente, a condição acontece quando os ligamentos do dedão do pé sofrem hiperextensão, seja ao cair no campo, ao correr com muita intensidade e frequência, ou até mesmo por impactos repetidos na área dos dedos do pé ao chutar a bola. [1] Essa é uma das lesões mais doloridas que podem acometer um jogador, mas, por sorte, pode ser prevenida e tratada. No início, aplicar gelo e elevar o pé é o mais recomendado; em longo prazo, pode-se usar outro tipo de chuteira ou calçado, mudar os hábitos durante a partida ou até praticar o esporte em outro tipo de campo.

Parte 1
Parte 1 de 3:

Tratando o turf toe

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  1. Após o diagnóstico de turf toe, deve-se notar inchaço, dor e limitação de movimentos no pé e no dedo lesionado. [2] É importante que o atleta repouse a área para não agravar a condição e permitir que a recuperação se inicie.
    • Quando estiver em casa descansando, deixe o pé com o dedo machucado bem elevado, pelo menos enquanto as compressas de gelo são aplicadas, para controlar a circulação de sangue ao pé.
  2. O gelo precisa ser aplicado imediatamente para diminuir o inchaço na área afetada; além de causar dor, o dedo de turfa é acompanhado de inchaço. O gelo reduz o inchaço contraindo os vasos sanguíneos. A aplicação deve ser feita por 15 a 20 minutos, várias vezes por dia.
    • O atleta lesionado não deve apoiar o pé por três a quatro dias e usar muletas, se julgar necessário. [3]
  3. Depois de fazer gelo, coloque uma compressa quente para dilatar os vasos sanguíneos, de modo que o sangue circule livremente no local, promovendo a recuperação. Depois de cerca de 20 minutos, retome a aplicação de gelo para evitar o inchaço. Repita a terapia “frio e quente” por algumas horas.
    • Esse passo é opcional, já que o uso de calor é menos importante do que o frio.
    • Aplicar calor ao dedo machucado pode diminuir a dor. [4]
  4. Você pode usar bandagem adesiva, disponível em lojas de produtos médicos ou de fisioterapia, justamente para essa finalidade. Prenda-a em volta da área lesionada do pé e deixe-a bem apertada, mas sem exagerar para não restringir a circulação sanguínea. A compressão é um passo importante durante o tratamento dessa contusão, já que vai controlar o inchaço e dar mais suporte ao dedo e ao ligamento afetados, evitando que sofram mais hiperextensões. [5]
    • Caso o grau do dedo do pé relvado seja 2 ou 3, o médico pode prender o dedo machucado ao adjacente para praticamente imobilizá-lo. [6]
  5. O uso de ibuprofeno (Advil), por exemplo, vai diminuir o inchaço e combater a forte dor causada pelo turf toe. Quando os remédios de venda livre não forem eficazes ou não diminuírem o inchaço, o médico poderá prescrever outro mais potente. [7]
  6. Durante a recuperação, é importante manter os ligamentos atrás do dedão do pé relativamente imóveis no dia a dia. [8] Coloque uma bota ortopédica ou um calçado com solado rígido, com uma palmilha voltada para portadores do Neuroma de Morton sob o dedão e o ligamento machucado. Assim, o dedo não ficará dobrando ou se movimentando de forma desnecessária até que haja a cicatrização completa.
    • Também costuma-se enfaixar o dedo lesionado para que ele não se mova e os ligamentos não sofram mais hiperextensão durante a recuperação.
    • Muitos jogadores enfaixam os dedos antes do jogo como modo de se precaverem contra o dedo de turfa.
  7. A recuperação dos ligamentos demora e é muito fácil lesionar novamente a área ao precipitar-se e voltar rapidamente à atividade. Ao separar três semanas para se recuperar, a chance de sentir dores ao praticar o esporte será menor e possibilitará uma melhor recuperação da cápsula articular. [9]
    • Para acelerar sua recuperação, você pode tentar fazer uma massagem com uma bola de tênis. Sente-se em uma cadeira com uma bola de tênis no chão, em sua frente. Coloque o pé lesionado sobre a bola e role-a para frente e para trás com ele. Realize o exercício por cinco minutos, uma ou duas vezes por dia, para que os ligamentos continuem flexíveis e a cicatrização seja incentivada.
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Parte 2
Parte 2 de 3:

Conversando com um médico sobre a lesão

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  1. Há vários graus de classificação do turf toe; quanto mais alto, pior é a condição da lesão. Apenas um médico pode diagnosticar de forma precisa em que grau a contusão está. Não é uma condição de diagnóstico muito difícil, mas é importante descobrir a gravidade dela.
    • Grau 1 : o complexo ligamentar plantar sofre hiperextensão.
    • Grau 2 : o complexo ligamentar plantar sofre rompimento parcial. A recuperação demorará mais de uma semana, é um pouco mais grave e haverá mais dor.
    • Grau 3 : o complexo ligamentar plantar terá sofrido rompimento completo. É uma condição muito grave, acompanhada de muita dor e que levará semanas para ter uma recuperação total. É uma contusão que pode acabar com a temporada de um atleta, já que o turf toe é uma lesão “chata”, que não parece nunca se recuperar completamente.
  2. Ouvir um barulho de que algo saiu do lugar ou um estalo, acompanhados de dor, pode sinalizar que você teve turf toe. Ao conversar com o médico, diga por exemplo: [10]
    • “Eu fiz um giro rápido para correr atrás da bola e ouvi um ‘pec’ perto do meu dedão do pé.”
    • “Na hora do punt, chutei a bola e ela não pegou no lugar certo do meu dedão do pé. Ele dobrou em uma posição estranha e ouvi um ‘crack’ naquele lugar.”
    • O especialista também pedirá o histórico médico do paciente para descobrir se os pés ou dedos sofreram alguma lesão anterior, inclusive o dedo do pé relvado. [11]
  3. Em casos mais graves de turf toe, pode ser necessário tirar uma radiografia ou até fazer uma cirurgia. [12] Se o especialista suspeitar de uma fratura do dedão, que é uma contusão mais grave do que o dedo de turfa, a radiografia será necessária para examinar o estado do osso.
    • A cirurgia raramente é indicada, sendo indispensável apenas quando o ligamento se romper completamente e precisar ser restaurado. Além disso, ela pode ser indicada para remover esporões ósseos que podem ter se desenvolvido após constantes traumas na região. [13]
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Parte 3
Parte 3 de 3:

Evitando que a lesão aconteça de novo

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  1. O turf toe pode ser causado por uma chuteira, tênis ou outro calçado esportivo mal ajustado; ou ele é muito apertado e não absorve os choques ao pé e dedos do jogador, ou é muito grande e o pé fica se mexendo na parte interna, causando choque dos dedos com a parte frontal.
    • Usar um calçado esportivo com solado rígido pode evitar a hiperextensão do ligamento, amortecendo o choque dos dedos do pé com a bola de futebol, por exemplo. [14]
    • Usar um tênis macio e flexível aumenta o risco de o atleta sofrer esse tipo de lesão, já que o calçado não consegue limitar a movimentação do dedão do pé. [15]
  2. Como a grama é mais “dura” do que a “normal”, as travas da chuteira têm maior de se prenderem no gramado. [16] Mais tensão será exercida nos pés e tendões dos atletas.
    • Mesmo que o calçado ou as travas não afundem no gramado, a fricção será maior e os jogadores precisam fazer mais esforço ao correr, aumentando o risco de hiperextensão ligamentar.
  3. Apesar de não ser considerada uma condição grave, sofrer turf toe seguidamente eleva o risco de danos nos ligamentos e tecidos moles no pé. [17] Em tais circunstâncias, a condição pode se tornar crônica, levando a dores nas articulações e perda permanente de movimento.
    • Atletas que possuem dedo de turfa crônico também apresentam risco maior de artrite no local.
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Dicas

  • Se a unha do dedo ficar preta, é sinal de que o sangue preencheu o leito ungueal e está exercendo pressão sob a unha. A dor provavelmente continuará bem forte, portanto, recomenda-se ir ao hospital para que um médico faça um procedimento, com uma agulha aquecida ou esterilizada, em que fará um pequeno orifício na unha para permitir que o sangue circule e a pressão diminua.
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