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A fratura de um dedo ocorre quando um dos ossos dele é quebrado. Todos os dedos possuem três ossos, com exceção do polegar, que tem dois. Fraturas são lesões comuns, que ocorrem ao cair durante uma atividade esportiva, ao prender um dedo em uma porta e em vários outros acidentes. Para tratá-lo adequadamente, determine inicialmente a gravidade da contusão. Depois, faça um rápido tratamento caseiro antes de ir ao hospital mais próximo. [1]

Parte 1
Parte 1 de 4:

Determinando a gravidade da lesão

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  1. Provavelmente, isso acontecerá devido ao rompimento de pequenos vasos sanguíneos que existem neles. Ao fraturar a ponta do dedo, é comum a presença de sangue roxo sob a unha e hematomas na “almofadinha” do dedo. [2]
    • Uma dor aguda também pode ocorrer ao tocar o dedo. É um sintoma característico da fratura no local. Alguns ainda conseguem movê-lo mesmo quando está quebrado, sentindo dormência ou uma dor persistente e incômoda. Ainda assim, são sinais de fraturas, logo, é necessário tratamento médico imediato. [3]
    • Verifique se há perda de sensação ou de enchimento capilar. O enchimento capilar é o retorno do sangue ao dedo após a aplicação de pressão.
  2. Há chance de existir feridas ou fragmentos do osso que romperam a pele e estão expostos. Isso indica que há, em termos médicos, uma fratura exposta. Ao apresentar tais condições, procure um médico imediatamente. [4]
    • Se também houver muito sangue saindo da ferida aberta no dedo, vá ao pronto-socorro o mais rápido possível.
  3. Quando uma parte do dedo estiver virada para outra direção, é provável que o osso esteja quebrado ou deslocado. Isso ocorre quando ele sai do lugar e fica com um aspecto deformado na articulação, como na junção dos dedos. [5] Essa lesão precisa ser analisada por um profissional médico.
    • Existem três ossos em cada um dos dedos, todos organizados de uma mesma maneira. O primeiro é a falange proximal, o segundo é a falange média e o terceiro, a falange distal, que fica mais longe da mão. Como o polegar é o dedo mais curto, ele não possui a falange média. As articulações (ou junções) dos dedos são formadas pelos ossos dos dedos; em muitos casos, é nesses locais em que há a fratura. [6]
    • Quando a fratura ocorre na base do dedo (a falange proximal), o tratamento é mais simples do que quando as articulações ou junções são quebradas. [7]
  4. Se o dedo não estiver deformado ou com hematomas e a dor e o inchaço diminuírem após algumas horas, pode ter havido apenas uma torção. Isso significa que os ligamentos — que são tecidos que sustentam o dedo junto à articulação — foram esticados demais. [8]
    • Caso ache que houve apenas uma torção, evite usar e forçar o dedo. A dor e o inchaço devem melhorar no dia seguinte ou dois dias após a contusão. Se isso não acontecer, procure tratamento médico para confirmar que é apenas uma torção no dedo, e não uma fratura. Um exame físico e um de raios-X determinarão o diagnóstico.
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Parte 2
Parte 2 de 4:

Tratando o dedo no caminho para o hospital

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  1. Enrole-o em uma toalha e aplique-o sobre o local fraturado enquanto estiver indo para o pronto-socorro. O inchaço e o hematoma diminuirão. Nunca aplique gelo diretamente à pele. [9]
    • Mantenha o dedo elevado durante a aplicação, de preferência acima do nível do coração. Assim, a gravidade ajudará a tratar o inchaço e o sangramento.
  2. A tala ajudará a manter o dedo erguido e no lugar. Para fazer uma tala improvisada:
    • Pegue um objeto comprido e fino (do tamanho do dedo quebrado), como um lápis ou palito de picolé.
    • Coloque-o ao lado do dedo quebrado. Se preferir, peça para um amigo ou parente ajudar a segurá-lo no lugar.
    • Use fita médica para prender o palito ou lápis junto ao dedo. Não prenda com muita força; a fita não pode espremer ou pressionar o dedo, pois o inchaço e a interrupção da circulação podem ocorrer. [10]
  3. Se possível, deslize o objeto e retire-o antes do surgimento de qualquer inchaço. É muito mais difícil remover as joias depois que o dedo estiver inchado e dolorido. [11]
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Parte 3
Parte 3 de 4:

Obtendo tratamento médico

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  1. O profissional pedirá o histórico médico e realizará um exame físico no local lesionado, obtendo mais informações em relação à causa da contusão. Ele também verificará a deformidade, a integridade neovascular, a rotação do dedo e se há lacerações ou feridas na pele.
  2. Dessa forma, ele poderá confirmar se existe uma fratura no osso do dedo. Existem dois tipos de fraturas: a simples e a complexa. Isso determinará a forma de tratamento. [12]
    • Fraturas simples são rachaduras ou fendas no osso que não rompem a pele. [13]
    • As complexas ocorrem quando existem quebras que fazem com que o osso rompa a pele, constituindo uma fratura exposta. [14]
  3. Quando a lesão não for complexa (se o dedo estiver estável e não existirem ferimentos expostos ou pele com lacerações), os sintomas provavelmente não vão piorar ou causar complicações na capacidade de movimentação do dedo após a total recuperação. [15]
    • Em alguns casos, o médico poderá atar o dedo lesionado ao dedo ao lado. A tala deixará o dedo na posição correta à medida que há a recuperação. [16]
    • O médico também poderá recolocar o osso de volta no lugar. Esse procedimento é conhecido como redução. Um anestésico local será aplicado para deixar a área dormente, permitindo que o profissional realinhe o osso.
  4. Medicamentos de venda livre podem ser consumidos para reduzir o inchaço e a dor, mas ainda assim é necessário conversar com o médico para saber quais as melhores opções de remédios para que o desconforto seja aliviado mais rapidamente, além da dose adequada. [17]
    • É possível que o médico também prescreva alguns remédios mais fortes para combater a dor, dependendo da gravidade da lesão.
    • Se a fratura for exposta, talvez seja necessário tomar antibióticos ou uma vacina antitetânica. Tais medicamentos evitarão que infecções causadas por bactérias entrem no organismo através da ferida.
  5. O procedimento estabilizará o osso quebrado.
    • O médico poderá recomendar a cirurgia de redução aberta. O cirurgião fará um pequeno corte no dedo de maneira que seja possível observar a fratura e mover o osso. Em certos casos, o médico utilizará parafusos, placas ou arame cirúrgico para manter o osso parado no lugar, permitindo que ele cicatrize adequadamente. [18]
    • Os parafusos serão removidos posteriormente, após a recuperação total do dedo.
  6. Quando há uma fratura exposta, grave, lesão em um nervo ou comprometimento vascular, o médico poderá recomendar um cirurgião ortopédico (especialista em ossos e articulações) ou de mão. [19]
    • Esses especialistas examinarão a fratura e determinarão se a intervenção cirúrgica é necessária.
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Parte 4
Parte 4 de 4:

Cuidando da contusão

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  1. Isso evitará infecções, principalmente se a ferida estiver aberta ou existirem cortes no dedo. A elevação também auxilia a deixar o dedo na posição adequada, permitindo que o osso cicatrize corretamente. [20]
  2. Para tarefas diárias — como tomar banho, pegar objetos e comer —, use a outra mão, pois é importante não movimentar a tala. Isso acelerará o processo de recuperação da fratura. [21]
    • A consulta de retorno com o ortopedista deve ocorrer cerca de uma semana após o tratamento. Nela, o médico examinará a fratura para verificar se os fragmentos ósseos continuam alinhados e se recuperando adequadamente. [22]
    • Em grande parte das fraturas, será necessário esperar cerca de seis semanas (com repouso total) para retornar às atividades esportivas ou ao trabalho.
  3. Logo que o médico confirmar que o dedo está recuperado, é importante começar a mexê-lo. Mantê-lo com uma tala ou imóvel por muito tempo deixará a articulação rígida, dificultando a movimentação e o uso. [23]
  4. Esse profissional dará dicas e realizará tratamentos para que o paciente recupere os movimentos normais do dedo. Exercícios leves para manter a boa movimentação do dedo e garantir a volta da mobilidade também poderão ser feitos. [24]
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