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Abrir uma loja de bebidas pode ser uma ótima forma de garantir uma renda fixa, já que as pessoas recorrem ao álcool nos momentos bons e ruins. No entanto, essa mesma demanda inflexível gera baixas margens de lucro, o que significa que é difícil enriquecer com uma única loja. Além disso, a venda de álcool no varejo é extremamente regulada, tornando o início do empreendimento um pouco complicado. Porém, com orientações corretas e estratégias inteligentes para aumentar a clientela, a loja pode se tornar uma fonte de lucro estável por muito tempo.

Parte 1
Parte 1 de 2:

Preparando-se para abrir sua loja

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  1. As margens de lucro de lojas de bebidas são baixas e a demanda é inelástica, o que significa que ela não muda muito com o tempo ou condições. Assim, o sucesso do seu empreendimento estará totalmente ligado à sua localização. Se você abrir a loja em uma área já saturada, não só as vendas provavelmente irão mal, como também prejudicarão a lucratividade de um concorrente local. [1]
    • As lojas de bebida são um tipo de comércio de bairro. O que vende em um lugar não necessariamente dará certo em outro. Mantenha isso em mente quando estiver procurando um ponto para o seu negócio. Um dos fatores da saturação de mercado é a proximidade à concorrência, mas também há outras coisas, como as características demográficas e culturais do bairro em si.
  2. Quando definir uma localidade adequada, você precisará descobrir como, de fato, poderá operar a sua loja. Alguns tipos de lugares e comércios possuem certas restrições quanto a bebidas alcoólicas, e nem sempre é fácil cumprir todas as leis municipais, estaduais e federais. Na verdade, as exigências podem ser tão confusas que a melhor atitude é contratar um advogado para que ele o oriente sobre as regras comerciais e o conduza durante o processo. [2]
    • Por exemplo, no estado de São Paulo, as conveniências de postos de gasolina possuem permissão para venda de bebidas alcoólicas, mas o consumo no local é proibido. [3]
    • Caso esteja pensando em abrir um bar, as leis que regulamentam os horários de funcionamento desse tipo de estabelecimento são rígidas e variam entre as cidades do país. É importante estar ciente da regra válida para a sua região, pois o não cumprimento pode envolver a cassação do alvará de abertura.
    • Quando as legislações relacionadas à venda de bebidas não são respeitadas, as multas costumam ser bem altas. Por isso, vale mais a pena investir na ajuda de um advogado com antecedência e abrir seu negócio dentro da lei, do que já começar do jeito errado, perder dinheiro com infrações e precisar recorrer a um profissional mais tarde.
  3. Quando tiver certeza de que é permitido vender bebidas alcoólicas no local definido, você precisará começar a criar o seu plano de negócio. O primeiro passo é conhecer o mercado da região escolhida. [4]
    • Os empórios de bebida são um tipo de loja de bairro. O que vende em uma área nem sempre venderá em outra, havendo fatores importantes como as características culturais e demográficas do local. Quanto mais detalhada for a análise de mercado do seu plano de negócio, mais precisa será a sua estimativa de custo.
    • Leve em conta detalhes como etnia, idade, estado civil e classe social quando for conduzir sua análise comercial, porque tudo isso influencia como o indivíduo bebe.
  4. A análise mercadológica serve para conhecer o seu público. Tendo uma ideia de quem são os seus clientes, você poderá fazer projeções de vendas e custos, considerando os hábitos de compras deles e os preços mais rentáveis da região. [5]
    • Por exemplo, se houver muitos consumidores jovens e solteiros na área, você já poderá prever que venderá muita cerveja e shots de bebidas como tequila. Converse com distribuidores de atacado sobre os preços dos engradados e compare com o preço médio local das marcas populares. Com esta informação associada a estimativas de clientela e custos fixos (incluindo aluguel e salários), você poderá projetar renda e despesa.
    • Não subestime o impacto da concorrência nas suas vendas.
  5. No geral, o novo empreendedor deve usar a menor quantidade de empréstimos possível. Isso também se aplica a empórios de bebida; porém, como a demanda por álcool é mais ou menos constante, muitas instituições financeiras consideram este um investimento excepcionalmente seguro. [6]
    • Quando for conversar com o banco ou instituição, leve seu plano de negócio e demonstrativos financeiros de renda, bens e passivos, além de declarações de impostos recentes. Embora o próprio plano já seja bem detalhado, é importante apresentar as outras análises que você tenha feito, como o estudo de mercado e projeções de renda. Se tiver dificuldade com alguma dessas etapas, busque um tutorial na internet ou contrate um profissional da área.
  6. No Brasil, a abertura de qualquer negócio, por menor que seja, envolve o cadastro e aprovação junto a diversas entidades; infelizmente, este processo pode ser complicado e demorado. Contudo, sem regulamentação, seu empório de bebidas não poderá funcionar de forma legal.
    • No site do eGestor , você encontra o passo a passo detalhado de como resolver esta etapa burocrática.
  7. Essa será a sua maior despesa. As lojas grandes terão várias opções exóticas de bebidas nas prateleiras, e você ficará tentado a competir com isso. No entanto, resista; inicialmente, dê prioridade a itens que serão facilmente vendidos. Quanto mais você vender, mais lucro terá e mais diverso o seu estoque poderá se tornar.
    • O preço de compra para revenda é geralmente dado por um ou dois distribuidores que formam o oligopólio daquela marca específica (e é por isso que ele não flutua muito); assim, se você quiser tequila José Cuervo, por exemplo, não é muito eficaz pesquisar e comparar, como se faz no varejo. Além disso, é improvável que você consiga grandes descontos, a menos que compre volumes expressivos.
  8. Quase todos os donos de empório trabalham em suas lojas em tempo integral, principalmente no começo. No entanto, contratar um ou dois funcionários poderia ajudar você a operar o negócio de forma mais eficiente do que faria sozinho. [7]
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Parte 2
Parte 2 de 2:

Fazendo o negócio lucrar

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  1. Os consumidores estão cada vez mais exigentes. Eles gostam de saber as nuances da receita de um drinque bem feito ou de ouvir sobre uma pequena vinícola exótica. Use o cliente instruído a seu favor.
    • É claro que você deve verificar se oferecer essas pequenas aulas estaria dentro da legalidade, mas seria uma ótima maneira de manter a clientela constante na loja.
    • Se não puder fazer degustações de vinho ou cursos de mixologia no local, use a criatividade para atingir o mesmo objetivo. Você poderia, por exemplo, fazer parcerias com restaurantes próximos ou alugar espaços alternativos.
  2. Como dizem os especialistas: “Tudo que for do mesmo lugar dá para comer junto!”. A sugestão de acompanhamentos para cerveja, vinho e drinks cria um ar de maestria, o que chama a atenção de clientes mais exigentes. [8]
    • Você pode até ir além com a estratégia e vender algumas dessas comidas (como frutas ou carnes e queijos curados) para acompanharem suas bebidas. Seus consumidores com certeza aceitarão pagar pela conveniência.
  3. Faça um site profissional e de alta qualidade, crie uma lista de e-mails e peça aos seus clientes que façam avaliações da loja na internet. Use bastante as redes sociais e faça promoções chamarizes (vender alguns produtos abaixo do preço de mercado por um curto período de tempo, de modo a atrair mais consumidores). Faça tudo que puder para aumentar sua visibilidade e reconhecimento dentro do seu público. [9]
  4. Uma ótima forma de melhorar a sua reputação na comunidade é patrocinando eventos locais, como festivais e shows. Não só é uma oportunidade de vender bastante na data, mas também de criar e fidelizar clientes com promoções especiais. [10]
  5. Os fornecedores geralmente já oferecem placas, brindes e sinalização atualizada. Mantenha tudo isso em dia, pois fará com que a sua loja pareça mais moderna. [11]
  6. Vender bebidas para menores de idade, mesmo que por engano, pode gerar milhares de reais em multas, além de detenção de 2 a 4 anos. Sempre solicite o RG dos clientes e peça orientação às autoridades locais sobre como comprovar a veracidade do documento.
    • Também tome cuidado com criminosos, pois empórios de bebida costumam ser alvo deste tipo de atividade. Embora o roubo de lojas de bebida e conveniência tenham diminuído junto com o uso do dinheiro em espécie, ainda vale se precaver.
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