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A elevação crônica dos níveis de potássio (hipercalemia) geralmente indica insuficiência renal, mas também pode ocorrer devido a certos medicamentos, lesões agudas ou crises diabéticas graves (cetoacidose diabética), além de outras condições. A elevação de potássio pode ser um problema sério e até fatal quando os níveis são extremamente altos; por isso, procurar atenção médica é sempre fundamental.

Parte 1
Parte 1 de 2:

Tratando os altos níveis de potássio

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  1. Entenda que os problemas associados com a alta de potássio no organismo estão geralmente ligados a doenças renais ou uso de medicamentos. [1] Existem outras causas, mas essas duas são as mais comuns. O tratamento do excesso de potássio induz a perda do mineral através de excreção pela urina. [2]
    • Comece realizando um exame de sangue (a partir do pedido médico) para confirmar se há mesmo uma elevação nos níveis de potássio. Esse diagnóstico é difícil de ser confirmado apenas por sintomas, o que transforma o hemograma em um exame imprescindível antes de iniciar qualquer tratamento. [3]
    • Outras causas menos comuns da elevação de potássio, mas igualmente importantes, são certos “estados de alta glicose” (como a cetoacidose diabética), que pode ocorrer no corpo em casos graves de diabete e após lesões severas no corpo, como depois de um acidente. [4]
  2. [5] Como a elevada taxa de potássio pode ser perigosa ao coração (e sintomas cardíacos são algumas das maneiras mais simples de realizar o diagnóstico), o médico pedirá um eletrocardiograma. Esse exame avalia a frequência e o ritmo cardíaco e deverá ser feito o mais rápido possível se o potássio estiver alto.
    • Caso os índices de potássio ultrapassem levemente os níveis limítrofes, os médicos poderão adotar uma abordagem mais conservadora, pedindo que o exame seja repetido em alguns dias.
    • O resultado do eletrocardiograma dará ao médico várias informações importantes em relação ao estado atual do coração do paciente. [6] Isso é fundamental não apenas para auxiliar no diagnóstico de altos níveis de potássio, mas também para determinar a urgência do tratamento, já que o estado do coração (e dele estar possivelmente em perigo devido ao excesso do mineral) ditará a estratégia que os profissionais usarão para reduzir a taxa de potássio.
  3. Em certos casos, um remédio pode estar causando a hipercalemia ou a elevação de potássio no sangue, e o médico sugerirá a mudança para outro medicamento ou apenas uma redução de dose, bem como a interrupção de uso de suplementos ou multivitamínicos que contêm potássio. [7]
    • Ao apresentar índices muito altos de potássio, o médico interromperá o uso de qualquer remédio que contribuir para a elevação das taxas do mineral. Dessa forma, ele poderá auxiliar na recuperação do paciente em curto prazo. [8]
    • No entanto, descontinuar a medicação não é suficiente para tratar casos graves de hipercalemia, necessitando de métodos mais agressivos.
  4. [9] Levando em conta que o nível de potássio seja alto o suficiente para que tratamentos médicos mais agressivos sejam utilizados, os medicamentos poderão ser administrados pela veia, permitindo que cheguem à circulação sanguínea de modo mais eficaz.
    • Provavelmente, o médico pedirá a administração de cálcio intravenoso, com cerca de 500 a 3000 mg (10 a 20 mL) por vez e de 0,2 a 2 mL por minuto.
    • Outra possível sugestão do médico é o consumo de resina, que auxilia na eliminação de potássio pelas fezes. A dose normal é de 50 g, administradas via oral ou em 30 mL de Sorbitol.
    • Caso o médico considere necessário, ele receitará insulina ou glicose para fazer com que o potássio chegue às células (o local onde devem ficar). A dose normal de insulina é de 10 unidades por meio intravenoso, enquanto a de glicose é 50% (D50W) 50 mL (25 g). Geralmente, a administração se dá através de uma ampola (meio intravenoso) durante cinco minutos, com novas aplicações de 15 a 30 minutos durante duas a seis horas, em caso de uma nova crise.
  5. Os diuréticos podem, em certos casos, remover o excesso de potássio através da urina, sendo tomados via oral. A dose é de 0,5 a 2 mg, uma ou duas vezes por dia ou de 0,5 a 1 mg por meio intravenoso. O médico poderá repetir a aplicação de duas doses em duas ou três horas, se necessário.
    • Saiba que esse tratamento não é suficiente em casos graves, mas é bastante útil em elevações leves de potássio.
  6. Se houver insuficiência renal ou elevação exagerada de potássio, a hemodiálise — um processo pelo qual uma máquina realiza a remoção dos dejetos do corpo, incluindo potássio do sangue — é a melhor opção de tratamento. [10]
  7. Depois da administração dos cuidados médicos para controlar a alta de potássio no sangue, é extremamente importante manter a monitoração dos níveis do nutriente para garantir que fiquem em índices normais. Normalmente, os pacientes ficam internados por mais alguns dias, onde são acompanhados por monitores cardíacos e médicos, que determinarão o momento certo de dar alta. [11]
    • O nível elevado de potássio no sangue é uma condição possivelmente fatal, principalmente devido ao efeito que ele pode causar no coração. [12] Por isso, a monitoração adequada junto ao médico e após o tratamento é fundamental; em certas ocasiões, esse acompanhamento pode ser a diferença entre a vida e a morte. Essa é a tarefa dos médicos; detectar qualquer “relapso” em potencial da elevação de potássio.
  8. Para evitar possíveis recaídas, são recomendadas dietas com menos de 2 g de potássio por dia; no entanto, é importante notar que o consumo de alimentos ricos em potássio raramente é a causa da elevação do mineral no sangue. Como dito anteriormente, isso geralmente ocorre devido a uma condição renal ou como efeito adverso de medicamentos. [13]
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Parte 2
Parte 2 de 2:

Reconhecendo sintomas da hipercalemia

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  1. O excesso de potássio pode afetar o funcionamento do coração, causando arritmia (ritmo anormal), palpitações ou o “pulo” de uma batida, levando a uma parada cardíaca. Caso tenha razão para desconfiar de sintomas cardíacos, vá imediatamente ao pronto-socorro. [14]
  2. Altos níveis de potássio podem causar dores estomacais, náuseas e vômitos, que por sua vez, levam à desidratação.
  3. [15] O excesso ou a deficiência de potássio deixa o paciente fraco, cansado e letárgico, já que ele auxilia na função muscular. A sensação pode ser exacerbada por outros sintomas, em especial os vômitos.
  4. [16] Sentir dormência e formigamento são características da atividade muscular, surgindo primeiro nas extremidades (mãos e pés), na maioria dos casos. Depois, as sensações avançam à região em volta da boca, seguidas por espasmos musculares. Vá ao pronto-socorro ao apresentar tais sintomas.
  5. Vários indivíduos não manifestam nenhuma condição devido ao alto índice de potássio no sangue, descobrindo o problema apenas quando realizam exames de sangue. [17]
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