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Muita gente tem o pé atrás com a ideia de comprar um carro usado, já que há muitos fatores em jogo. Mas nada precisa ser tão complicado assim! Antes de mais nada, faça uma boa inspeção no exterior, no interior e debaixo do capô para saber se há algum problema grave. Depois, faça um test drive e veja o que acha. Por último (mas não menos importante), descubra informações sobre o histórico do veículo e negocie o preço com o vendedor!

Método 1
Método 1 de 5:

Dando uma olhada no exterior do veículo

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  1. Dessa forma, você vai conseguir enxergar se houver algo desalinhado no chassi do veículo, além de ter uma visão melhor do estado dos pneus. [1]
    • Puxe o freio de mão e gire as rodas dianteiras para a esquerda para imobilizar o carro de vez.
  2. O carro tem que estar limpo para você enxergar bem o estado da tinta. Dê uma olhada nas laterais, na parte da frente e atrás em busca de detalhes e riscos. Passe o dedo pelas extremidades dos painéis e tente achar resíduos de fita adesiva ou algo do tipo. [2]
    • Ferrugem, riscos e afins na pintura e na lataria do carro não afetam o desempenho do motor, mas podem reduzir o preço de venda.
  3. O certo é que não haja nenhum indício de ferrugem ou danos por água. Tente encontrar rachaduras, buracos e outros sinais de desgaste dentro do porta-malas. [3]
    • Veja ainda se o porta-malas abre com facilidade e fecha com segurança.
    • Certos danos de ferrugem e riscos podem ser apenas cosméticos, mas problemas mais sérios acabam afetando o desempenho do veículo e a integridade do carro como um todo.
  4. Os pneus têm que ter o mesmo nível de desgaste (ou melhor, preservação). Dê uma olhada na superfície de cada um em busca de pontos carecas e afins, que indiquem um mau alinhamento — o qual, por sua vez, é causado pelo uso de componentes de direção e suspensão velhos e afeta todo o desempenho do motor. [4]
    • Para piorar, certos problemas nos pneus também aumentam o risco de acidente nas pistas.
  5. Veja se há marcas pretas no escapamento, que podem indicar vazamentos. Inspecione também a plataforma do veículo. [5]
    • Você não precisa desistir de comprar o carro só porque há pontos enferrujados, mas eles indicam certo desgaste que podem reduzir o preço de venda.
    • Se houver muitos pontos enferrujados, incluindo rachaduras e buracos pequenos, as chances de o escapamento precisar ser trocado são bem maiores.
    • Fique bastante desconfiado se houver muitos pontos danificados no escapamento do carro. Não compre o veículo nesse caso, a menos que você esteja disposto a arcar com despesas de conserto.

    Dica: Sinta o escapamento com o dedo quando o motor estiver frio. Se ele soltar muita graxa, pode ser que haja um problema sério e caro de consertar.

  6. Esses danos reduzem bastante a vida útil de um carro usado, mesmo depois de serem consertados. Dê uma olhada em toda a estrutura externa do veículo, principalmente no para-lama dianteiro e em cima do radiador. Pode ser que ela esteja soldada ou até presa com parafusos no local. Nesse caso, há um sério risco de toda a estrutura falhar em questão de pouco tempo. [6]
    • Veja se há marcas de arranhados, que indicam que o para-lama foi trocado ou realinhado (depois de um acidente, por exemplo).
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Método 2
Método 2 de 5:

Dando uma olhada debaixo do capô

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  1. Abra o capô quando o motor estiver frio e veja se há amassados, rachaduras, pontos enferrujados ou outros sinais óbvios de danos. Isso tudo pode indicar que o dono atual do veículo não faz a devida manutenção dele, o que aumenta a chance de acidentes. Além disso, veja se o capô fica bem apoiado ao ser aberto. [7]
    • Abra e feche o capô e veja se há algum problema nesse movimento.
  2. Essas peças não devem ter rachaduras ou sinais de desgaste e descoloração. Preste atenção à condição da correia dentada, que pode sair cara se precisar ser trocada. Além disso, as mangueiras do radiador não devem estar macias. [8]
    • Trocar correias danificadas sai caro.
  3. Tente encontrar manchas escuras de óleo no bloco do motor. Isso indica que há vazamentos na vedação da peça, o que também sai caro. Por último, veja também se todos os fluidos estão nos níveis corretos. [9]
    • Se algum dos tanques estiver vazio, pergunte ao vendedor o que aconteceu. Pode ser sinal de vazamento. Nesse caso, não compre o carro (a menos que esteja disposto a pagar pelo conserto).
  4. Essa tampa fica em cima do motor e traz o ícone de uma lata de óleo. Se houver resíduos de espuma dentro, é porque há um vazamento na vedação — o que, para variar, também gera altos gastos de conserto. Não compre o carro se for o caso. [10]
    • Enrosque bem a tampa até o final.
  5. Você pode verificar o medidor do fluido de transmissão puxando o anel na ponta dele. Ele deve estar cor-de-rosa ou vermelho e cheio, mesmo com o motor ligado. [11]
    • Se o fluido não tiver a cor certa ou estiver cheirando a queimado, pode ser que haja um vazamento ou outro dano na transmissão. Não compre o veículo nessas circunstâncias ou pelo menos leve-o a um mecânico de confiança antes de fechar negócio.
    • O fluido de transmissão de carros mais antigos pode ser mais escuro, mas ainda não deve ter cheiro de queimado.
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Método 3
Método 3 de 5:

Dando uma olhada no interior do carro

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  1. Veja se fica confortável no veículo e se há rasgos ou danos no estofamento. [12]
    • Tente ajustar os assentos.
  2. [13]
  3. O freon é um tipo de líquido refrigerante que faz o ar condicionado lançar ar frio no carro. No geral, esse líquido tem que ser trocado a cada dois ou três anos — e, como você quer comprar um veículo usado, pode ser que ele esteja quase acabando. Pergunte ao dono qual foi a última vez que ele fez a troca para saber se é preciso repetir o processo. [14]
    • Pergunte também se o carro tem ou já teve algum problema de vazamento do líquido de refrigeração.
    • Se o dono do carro tiver algum histórico ou documento que liste os consertos do passado, veja qual foi a última vez que ele trocou ou repôs o líquido.
  4. O número de quilômetros rodados pelo carro sempre vem no painel e indica a idade do veículo. Em média, um motorista comum dirige de 16 mil a 24 mil km por ano, o que também influencia a qualidade do carro. [15]
    • Não é porque um carro tem dez anos mas uma baixa quilometragem que ele necessariamente está em boas condições.
    • Pergunte ao vendedor como ele usou o carro desde que o comprou (ainda mais se ele é mais antigo ou tem baixa quilometragem). Por exemplo: se a dona atual é uma idosa que só dirigia para ir ao supermercado duas vezes por mês, o veículo provavelmente vai estar mais conservado do que se ela fosse uma mulher mais jovem que ia ao trabalho todos os dias.
  5. Você pode usar um scanner automotivo para encontrar erros. Conecte-o à entrada que fica no lado do painel ou debaixo do volante. [16]
    • Compre um bom scanner em qualquer loja de peças automotivas.
    • Se o carro tiver computador de bordo, preste atenção aos avisos à direita na hora de ligar o motor ou quando girar a chave ou apertar o botão de ativação.
  6. Veja se os sensores, os alertas de erro, as setas e as luzes de emergência estão operacionais. Caso o carro tenha câmera traseira ou aparelho de som com tela digital, veja também como esse equipamento está. [17]
    • Peça para o vendedor ligar tudo para você ver se os equipamentos estão funcionando de fora do veículo.
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Método 4
Método 4 de 5:

Fazendo um test drive

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  1. Essa é uma das formas mais importantes de detectar o estado real do carro antes de decidir se você quer ou não fechar negócio. [18]
    • Peça para o vendedor dar algumas voltas com você ao volante. Nesse teste, tire todas as suas dúvidas sobre o veículo.
    DICA DE ESPECIALISTA

    Bryan Hamby

    Corretor de Automóveis
    Bryan Hamby é proprietário do Auto Broker Club, um serviço de corretagem de automóveis confiável em Los Angeles, Califórnia. Criou a empresa por sua paixão por carros e pelo seu talento único de customizar o processo de negociação de maneira a beneficiar o comprador. Com mais de 1.400 negócios fechados e uma taxa de aprovação de 90%, o foco de Bryan é democratizar a experiência de compra de veículos através de transparência, preços justos e um excelente atendimento.
    Bryan Hamby
    Corretor de Automóveis

    Faça esse test drive em velocidades diferentes para saber se não há nenhum problema de fato . Dirija de 25 a 32 km/h em uma pista plana, sempre mexendo as mãos de leve no volante. Se o carro ficar puxando para a esquerda ou direita, talvez esteja precisando de um alinhamento ou até tenha algum problema mais sério. Você também pode levar o veículo a uma autoestrada e acelerar até mais de 90 quilômetros por hora. Se notar qualquer problema, repense a sua decisão.

  2. Faça força suficiente para reduzir a velocidade bem rápido, mas não a ponto de deslizar na pista. O ideal é começar esse teste por volta de 45 km/h em uma área sem trânsito. Você não deve sentir vibrações no pedal e nem ouvir barulhos estranhos. [19]
    • Se o freio ficar pulsando, pode ser que os rotores tenham que ser ajustados ou trocados.
    • O carro também não deve ficar desviando ou saindo de rota quando você acionar o freio. Se acontecer, pode ser que o caliper ou outro componente esteja defeituoso.
  3. Essa trepidação em intervalos de velocidade pequenos pode indicar desgastes na direção das partes mecânicas do carro, o que sai bem caro. Além disso, o problema acaba surgindo junto com um desgaste irregular nos pneus dianteiros. [20]
    • Veja se há algum som, trepidação ou um estampido sempre que você for fazer uma curva de 90°.

    Dica: Teste o carro nas velocidades de 70, 90 105 e 120 quilômetros por hora.

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Método 5
Método 5 de 5:

Tomando a sua decisão final

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  1. Assim, você vai ficar mais a par dos problemas e consertos e do desempenho do carro. O ideal é que o dono atual tenha tudo isso registrado de alguma forma (e não se negue a mostrar, é claro). [21]
    • Você pode ter uma péssima experiência comprando um carro usado se não tomar o devido cuidado.
    • Nem todo dono de carro tem essas informações registradas, mas você pode conversar com um mecânico de confiança antes de fechar negócio para saber mais.
    • Peça todos os documentos do carro ao vendedor antes de fechar negócio.
  2. Leve um amigo ou parente de confiança e que tenha bom conhecimento de veículos automotivos com você na hora de fechar negócio. Caso não conheça ninguém assim, pague um mecânico para fazer essa inspeção. Ele deve trabalhar em uma empresa renomada para não tentar passar a perna na sua boa vontade. [22]
  3. Dependendo da qualidade do veículo, você tem todo o direito de oferecer um valor diferente do que o vendedor está pedindo. Só tenha bom senso e lembre-se de que vai ter que levar o carro à mecânica para uma boa inspeção no futuro, o que acaba reduzindo o valor com o tempo. [23]
    • Por exemplo: não ofereça R$ 10 mil se o vendedor está pedindo R$ 15 mil. Nesse caso, peça no máximo R$ 1.500 de desconto.
    • Siga dicas de profissionais na hora de estimar o preço que você está disposto a pagar pelo carro.

    Dica: Use certas características e partes do carro a seu favor. Por exemplo: se ele não tem a cor que você queria, diga algo como "Eu adorei o carro, mas não gosto da cor verde dele. É a única coisa que me impede de comprar". O vendedor vai pensar em algo que mude a sua ideia.

  4. Leve uma caneta, uma folha de papel e um celular na venda e anote todos os itens que estão danificados e que têm que ser trocados durante a inspeção. [24]
    • Alguns vendedores podem não gostar dessa atitude e desistir da venda, mas você tem o direito de se informar bem antes de tomar a decisão final.
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