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As infecções fúngicas no ouvido, também chamadas de otomicose ou "ouvido de nadador", afetam primariamente o canal do órgão. A otomicose é responsável por cerca de 7% dos diagnósticos de otite externa ou inflamação e infecção do canal do ouvido, sendo geralmente causadas pelas espécies fúngicas candida albicans e aspergillus . Elas muitas vezes são confundidas com infecções bacterianas no mesmo local, o que leva muitos médicos a realizarem tratamentos com antibióticos, que não têm efeito contra fungos. Posteriormente, o médico receitará vários tipos de remédios e recomendará alguns métodos caseiros para combatê-los. [1]

O que você precisa saber

  • Coloque de 2 a 3 gotas de peróxido de hidrogênio no ouvido infeccionado para amolecer o acúmulo de cera e fungos. Espere 10 minutos e vire a cabeça de forma que o líquido escorra para fora.
  • Coloque uma compressa quente sobre o ouvido infeccionado para aliviar a dor e aumentar a circulação.
  • Para lidar com infecções graves (com dor ou febre), que não saram após 2-3 dias, consulte um médico.
Método 1
Método 1 de 3:

Utilizando medicamentos

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  1. Sempre que uma infecção de ouvido surgir, é importante ir a um otorrinolaringologista para que ele diagnostique e descubra o melhor método de tratamento. Caso ocorram dores fortes, perda parcial da audição ou qualquer outro sintoma incomum, procure tratamento o mais rápido possível.
    • O médico pode fazer uma limpeza profissional no seu ouvido e oferecer medicamentos para tratar a infecção.
    • O médico também pode oferecer receita para medicamentos mais fortes para combater a dor e a infecção.
  2. Clotrimazol 1% é o remédio mais conhecido no tratamento de fungos em ouvidos, matando tanto o tipo candida albicans quanto o aspergillus . Ele age inibindo a enzima utilizada para converter o ergosterol, que é um esterol utilizado pelo fungo para manter a integridade da própria membrana. Com o clotrimazol, o crescimento dos fungos é interrompido ao diminuir os níveis de ergosterol. [2] Alguns efeitos colaterais do medicamento são irritações, queimações ou desconfortos no ouvido. [3]
    • Para aplicar o clotrimazol, lave as mãos com água corrente e sabão neutro. Limpe o ouvido com água quente até que todas as secreções visíveis sejam retiradas. Pegue uma toalha macia e limpa e seque cuidadosamente o local, sem esfregar o líquido remanescente, pois isso poderá piorar a infecção. [4]
    • Deite-se ou incline a cabeça para um lado, expondo o canal do ouvido. Deixe-o reto puxando o lóbulo da orelha para baixo e depois para trás. Aplique duas ou três gotas do clotrimazol no ouvido e mantenha-o inclinado para que a solução alcance o local infectado. Depois, incline a cabeça para o lado oposto, de forma que a solução seja despejada em um guardanapo. [5]
    • Recoloque a tampa do frasco e guarde o medicamento fora do alcance de crianças. Ele deve ser armazenado em um local seco e fresco, sem contato direto da luz do sol ou de uma fonte de calor. [6]
    • Se o clomitrazol não funcionar, o médico pode prescrever um medicamento diferente, como miconazol.
  3. Se a infecção fúngica no ouvido for grave, o médico poderá receitar um medicamento com fluconazol – como o Diflucan – para o tratamento. Ele funciona da mesma maneira que o clotrimazol, com alguns efeitos adversos, como dor de cabeça, náuseas, dores abdominais, alergia de pele e aumento de enzimas produzidas pelo fígado. [7]
    • Geralmente, o fluconazol é administrado através de comprimidos. O médico deverá receitar uma dose de 200 mg por um dia e depois a ingestão de 100 mg diariamente, por três a cinco dias. [8]
  4. Eles têm eficácia apenas no tratamento de infecções bacterianas, logo, não surtirão efeito contra fungos. Os antibióticos podem acabar piorando as infecções fúngicas, já que existe a possibilidade de atacarem bactérias benéficas ao organismo, que residem no ouvido ou em outras partes do corpo. Inclusive, elas podem estar combatendo os fungos. [9]
  5. Você precisará ver o médico novamente após uma semana ou mais para ver se o tratamento vem funcionando. Se o tratamento não funcionar, seu médico pode tentar uma opção diferente.
    • Lembre-se também de entrar em contato com seu médico se os sintomas piorarem ou não melhorarem.
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Método 2
Método 2 de 3:

Adotando tratamentos caseiros

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  1. Pingue duas ou três gotas no ouvido infeccionado através de um conta-gotas, e deixe que elas sejam absorvidas pelo canal do ouvido por cinco a dez minutos, inclinando a cabeça para o lado oposto. Isso permitirá que partículas e sujeiras sejam amolecidas, além de atingir as colônias de fungos presentes no local. [10]
    • Consulte um médico antes de usar peróxido de hidrogênio para tratar a infecção.
  2. Ligue-o na menor intensidade possível e coloque a ponta a cerca de 25 cm de distância do ouvido infeccionado. Esse método seca o canal, retirando a umidade que incentiva o crescimento dos fungos. [11]
    • Cuidado para não se queimar durante o processo. Desligue o secador se sentir desconforto.
  3. Pegue uma toalha limpa e mergulhe-a em água quente (sem deixá-la pelando). Posicione-a sobre o ouvido dolorido e espere até que a toalha esfrie. A dor será aliviada sem a necessidade de tomar anti-inflamatórios, além de aumentar a circulação sanguínea no local infectado, resultando em uma recuperação mais rápida.
    • Alterne entre compressas quentes e frias a cada 10 minutos para diminuir ainda mais a dor.
  4. Misture ambos em quantidades iguais e, através de um conta-gotas, pingue algumas gotas no ouvido. Deixe-as no canal por cerca de dez minutos e incline a cabeça para o lado oposto, retirando-as. Essa solução pode ser utilizada a cada quatro horas por até duas semanas.
    • O álcool isopropílico é um agente secante, que combate o excesso de umidade no canal do ouvido com fungos, além de desinfetar a pele. A acidez do vinagre desacelera o crescimento dos fungos, já que tanto o candida albicanis quanto o aspergillus se reproduzem em ambientes "básicos". [12]
  5. A vitamina C é necessária para o crescimento e reparo de tecidos danificados por infecções fúngicas no ouvido devido ao colágeno, uma proteína fundamental no revestimento de tecidos, como a pele, os vasos sanguíneos e cartilagens. Os médicos recomendam a ingestão de suplementos de 500 a 1.000 mg de vitamina C por dia, sempre acompanhados de alimentos.
    • Algumas das melhores fontes de vitamina são: frutas cítricas (laranjas e limões), frutos (mirtilos, morangos, framboesas e cranberries), abacaxi, melancia, papaia, brócolis, espinafre, repolho, couve-flor e couve de Bruxelas. [13]
  6. Pegue uma cápsula de óleo de alho, perfure-a e despeje sobre o ouvido infectado. Deixe-o por cerca de dez minutos e incline a cabeça para retirar o conteúdo. Esse método pode ser utilizado todos os dias por até duas semanas. Estudos comprovaram o efeito antifúngico do alho no aspergillus (um dos principais responsáveis por contaminações fúngicas em ouvidos).
    • Além disso, também é sabido que o óleo de alho tem efeito similar ou até melhor do que os remédios receitados para tratamento de infecções fúngicas no ouvido. [14]
  7. Secreções amareladas ou esbranquiçadas escorrem do ouvido durante infecções por fungos, além da superprodução de cera. Use o azeite – que amolece a cera – na limpeza, evitando o bloqueio da tuba auditiva. Através de um conta-gotas, pingue três gotas no ouvido contaminado. Deixe o produto no canal por cinco a dez minutos e incline a cabeça para o lado oposto, retirando o azeite.
    • A cera, junto com outras substâncias sólidas, ficará mais mole, facilitando a remoção (de forma parecida com o peróxido de hidrogênio).
    • O azeite também contém propriedades anti-inflamatórias, que diminuem a dor associada com as infecções fúngicas no ouvido devido aos altos níveis de polifenóis presentes no óleo. [15]
    • Acrescente 2-3 gotas de óleo de melaleuca ao azeite de oliva e deixe descansar por 3 minutos para potencializar a capacidade de combate aos fungos. A melaleuca é um fungicida natural e será muito útil.
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Método 3
Método 3 de 3:

Reconhecendo os sintomas de uma infecção fúngica no ouvido

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  1. Sentir coceira no ouvido é normal, já que os pelos no local – e na orelha também – são facilmente irritados. Caso o canal esteja constantemente com prurido e esfregar ou coçar não alivie a situação, pode haver uma contaminação por fungos. Esse é o principal sinal de manifestação desses microrganismos no ouvido.
  2. Quase sempre, a dor será localizada em apenas um dos ouvidos e não em ambos, pois a infecção fúngica é local. Em certos casos, pacientes se queixam de uma "pressão", com dor leve ou forte, que se intensifica à medida que o indivíduo cutuca o local. [16]
  3. Em grande parte dos casos, o corrimento é grosso e de coloração clara, branca ou amarela, com presença de sangue e de odor desagradável. Não confunda essa situação com o acúmulo de cera, que é normal. Pegue um cotonete e esfregue-o no ouvido. Provavelmente, um pouco de cera vai ser coletada, mas se a quantidade ou cor aparentarem ser anormais, pode ser um sinal de infecção fúngica no ouvido. [17]
  4. As infecções fúngicas no ouvido podem dificultar a compreensão de certos sons ou falas, bem como a capacidade de entender palavras e consoantes. Em casos raros, as pessoas identificam tal problema apenas pela mudança de comportamento que apresentam. Devido à dificuldade de ouvir e entender o que as pessoas estão falando, o indivíduo se sente frustrado e acaba distanciando-se de interações sociais. [18]
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  1. http://www.epainassist.com/earache-or-ear-pain/what-is-ear-fungus-or-otomycosis-or-singapore-ear-know-its-causes-symptoms-treatment-and-home-remedies
  2. http://www.epainassist.com/earache-or-ear-pain/what-is-ear-fungus-or-otomycosis-or-singapore-ear-know-its-causes-symptoms-treatment-and-home-remedies
  3. http://www.epainassist.com/earache-or-ear-pain/what-is-ear-fungus-or-otomycosis-or-singapore-ear-know-its-causes-symptoms-treatment-and-home-remedies
  4. http://umm.edu/health/medical/altmed/supplement/vitamin-c-ascorbic-acid
  5. Pai ST, Platt MW. Antifungal effects of Allium sativum (garlic) extract against the Aspergillus species involved in otomycosis. Lett Appl Micro. 1995 Jan; 20 (1): 14-18.
  6. http://www.whfoods.com/genpage.php?tname=foodspice&dbid=132
  7. Khurshid A, Muhammad SG. Otomycosis: clinical features, predisposing factors, and treatment implications. Pak J Med Sci. 2014 May-Jun; 30 (3): 564-567.
  8. Khurshid A, Muhammad SG. Otomycosis: clinical features, predisposing factors, and treatment implications. Pak J Med Sci. 2014 May-Jun; 30 (3): 564-567.
  9. http://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/hearing-loss/basics/symptoms/con-20027684

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